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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Em Pleno Rio de Janeiro - 2ª Edição

Capitulo 2 


Depois de ter colocado todas as minhas coisas no devido lugar, fui tomar um banho. Não sei o tempo que demorei, mas logo ouvi meu pai me chamar dizendo que a Pamela estava me esperando. Mas hein, ela veio mesmo. Respondi por pura educação e ela veio mesmo me levar pra andar na praia.

Ah a praia, um lugar que eu tanto quis conhecer, na verdade e ate conheço, mas não a do Rio de Janeiro. A famosa Praia de Ipanema entao? Nossa acho bom me apressar no banho, a menina ta esperando...

- To terminando de me arrumar pede a ela pra entrar pai. - pedi gritando banheiro terminando de lavar meu cabelo. Me apressei, eu costumo ser lerda debaixo do chuveiro.

         Em menos de cinco minutos Pamela entra no meu quarto, toda linda. Com uma saída de praia azul uma regata branca e um par de Havaianas.

- Vai nadar menina? - Perguntei curiosa olhando a saia dela.
- Não bobinha! Vamos só andar pela areia.
- Ta bom! -  disse sorrindo desistindo de me arrumar pra andar pela areia como disse Pamela, optei por um short branco e uma camiseta verde, e uma sandália rasteirinha mesmo e fomos andar pela praia.

         A noite naquele lugar era de arrepiar de tão lindo. Bem iluminado com pessoas caminhando pela orla, assim como eu que o estava fazendo,

- Ow mas esse lugar não para quieto nunca? – perguntei a pamela, me sentindo um pouco assustada. Ok eu não era do interior, mas agitada assim como Ipanema eu não estava acostumada uai.

 Passamos em frente a um quiosque e resolvemos parar e beber uma água de coco.

- Ops! - Disse sem graça. – Esqueci-me de trazer dinheiro. Como assim esqueceu a grana Deza? Ai que mico. Fiquei super com vergonha e vermelha igual camarão.
- Não esquenta eu pago. – Falou Pamela rindo da minha cara de camarão frito. Com o coco na mão fiquei olhando a praia e pensativa.
- Quem diria que estaria aqui nessa praia linda! - Pensei alto.
- Aqui é lindo! - disse Pamela bebendo sua água de coco.
- É... - Não continuei falando, minha atenção se voltou para um garoto lindo que tinha acabado de passar por mim. Ele ria de  alguma coisa que seu – acho que amigo – dizia a ele, e que sorriso lindo, não esquecerei mais aquela afeição. Olhei imediatamente pra Pamela que ria. Ela percebeu meu estado de choque.
- Bom acho que você já conheceu – disse fazendo aspas com os dedos – o garoto de Ipanema.  Este é o Luan, Andreza.
- Oi? - me assustei – garoto de Ipanema? Não entendi. - falei sorrindo.
- Ele mora aqui, perto da gente, umas quadras depois do nosso apê, vamos esbarrar muito nele, ele gosta de caminhar pela praia, mas só a noite, por isso ele é branquelo assim. Mas tem vezes que ele se aventura de dia, ai fica moreninho, mas depois volta a ser branquelo – ela riu, eu ainda o olhava caminhando, já longe, mas dava pra ver ainda seu cabelo arrepiado pro alto, e sua bermuda com detalhes verdes, prestei muita atenção ne? - Eu e minhas amigas o chamamos de garoto de Ipanema. – Pamela continuou.
- Ele é lindo...
- É... Ele é mesmo.
- ELE É SEU AMIGO? Perguntei a Pamela de supetão e ela se assustou.
- Não, mas eu já o conheço, de vista e já nos cruzamos em algumas baladas.
- E como sabe o nome?
- Amigos em comum, mas nós mesmo não nos falamos...
- Por que não??
- Não sei, apenas nos cumprimentamos, já ficamos na mesma roda de amigos, mas conversar mesmo, não o fizemos. – Pamela calou-se e voltou a tomar sua agua de coco e eu fiquei pensativa, eu gostei daquele garoto.

         Eu estava cansada da viajem e pedi pra irmos embora. Mas não consegui esquecer o Luan. Eu queria ver ele de novo, em casa tomei aquele banho gostoso de agua quente, tomei um lanche por insistência do papis, (meu pai ihihihi) mesmo eu dizendo que tomei  uma agua de coco na praia, mas ele insistiu, fazer o que... liguei o som do meu quarto, conectei um pen drive com minhas musicas preferidas e deixei tocando me deitei na cama pensando naquele garoto de Ipanema, será que se a gente se visse de novo ele viria falar comigo... af Andreza, ele nem te viu ainda, apenas eu o tinha visto. Ai eu viajo as vezes sabe, liga não.  Abaixei o volume do som, fechando meus olhos e me cobrindo com o edredom, o ar condicionado deixou bem gelado o meu quarto, agradável a temperatura, eu precisava dormir, tive um dia muito cheio, alias era o primeiro dia nessa cidade maravilhosa e eu estava louca pra que chegasse o segundo dia.

         Acordei com um sol forte na janela, que ótimo era domingo. Aooow domingueira, dia de ficar em casa descansando, errado, essa era a vida do meu pai, o meu ia ser diferente, liguei pra Pamela, e a chamei para dar umas voltas na praia, ver os gatos, leia tentar ver o Luan. Ela riu, mas concordou!

         Meia hora depois estávamos caminhando pela areia. Pamela acabou tomando café na minha casa, por pura insistência do meu pai, ele tem essa mania de oferecer comidas as pessoas que nos visitam... Enfim dessa vez levei dinheiro. E comprei um picolé pra nos duas, um pra cada ok? Não sou pao dura não... No caminho torcia pra encontrar com o Luan novamente. Meus olhos estavam atentos observando cada conto da praia, mas não o encontrei. Realmente parecia que ele só andava por ali a noite.

- Pamela! Me fala mais sobre esse Luan. - Quando vi já tinha perguntado. Droga de impulso.
- Ah, não sei muito sobre ele não. Sei que é daqui de Ipanema, tem 21 anos, e é mulherengo. Os pais dele tem dinheiro, uma situação agradável, o pai trabalha com banco... Ah sei la uma coisa assim, hum deixa eu ver o que mais... Mulherengo, dizem que ele é bom viu! – Pami riu sem graça - Também tem uma menina a Mariana que vive no pé dele. Essa ai já foi minha amiga, mas ela afora uma fofoca, mentira sabe. Invejosa, achei melhor cortar laços, não gosto dessas coisas não.  Mas ele não dá bola pra ela. - falou chupando seu picolé e rindo das lembranças que se passavam em sua cabeça. Eu não fazia ideia do que era, mas com certeza era algo muito engraçado.
- Hum... - Respondi triste. Mais um cafajeste na minha vida não dá. Já não me bastava o Fê... Não quero me lembrar dele. Mas eu sentia que o Luan era diferente, não sei bem o porquê, mas eu sentia isso. Mas preferi não arriscar.. Ou arriscaria?

- Ei! Vamos pra balada hoje? – Pami falou comigo assim do nada, como se estivesse apenas respirando, ou estivéssemos tendo uma conversa longa e ela viesse com a ideia. Kkkk louquinha essa menina.
- Hoje? Eu acabei de chegar no Rio Pamela. Ainda to cansada e tal, não acho uma boa ideia.
- Ah que isso Deza, posso te chamar de Deza né? – já disse que a acho tagarela?? – Então vamos, eu falo com seu pai pra ele não achar que você mal chegou na cidade e já quer aprontar. – Pamela riu sozinha, e parando pra respirar.. como ela consegue?
- Ah Pam, vou te chamar assim ta? – ri pra ela – bom, não acho boa ideia... deixa pra semana que vem, quero conhecer aqui, ver se acho um curso pra fazer... queria ir dormir cedo. – eu e minhas desculpas. So não estava afim.
- O Luan provavelmente vai, sempre ouço meus amigos falando das mulheres que ele pega. Sempre as melhores da balada.
- Ótimo, não precisa apelar, e eu não precisava saber desse detalhe Pam. Muito obrigada mesmo. Agora mesmo que não vou. – fechei a cara.
- Ah meu Deus, você não ouviu  dizer que ele pega as melhores da balada? Você com certeza vai ser a melhor, vou te deixar mais linda! Vamos, eu sei que você se encantou por ele, eu peço meus amigos pra chamar ele.
- Tá maluca, vai dar uma de cupido? Não. Ele vai acabar sabendo que tem alguém afim dele e ele vai ficar se achando...
- Não se preocupe Deza eu sei fazer isso. Vou dizer que tenho uma amiga nova e que quer conhecer gente nova, e to te levando a balada justamente pra isso, conhecer gente nova, então com certeza vão chamar ele. Vai ser só uma desculpa pra eles saírem, qualquer motivo eles saem pra balada.
- Mesmo? – comecei a considerar a ideia, ai meu Deus, o que eu to fazendo? Não sou assim, mas ele mexeu tanto comigo... Vou arriscar. – Tá me convenceu, então vamos voltar pra casa, quero escolher uma roupa pra hoje a noite e você tem que falar com papis.

Voltamos rindo pra casa, a noite seria só uma criança pra mim, e eu ia aproveitar e muito essa criança...

***

         À noite me produzi toda, coloquei um vestido preto (clássico) um salto, soltei meus cabelos, fiz escova, ele já e liso mas com escova fica bem melhor, Pami foi mesmo me ajudar e como eu estava com preguiça, ela foi quem passou a prancha no meu cabelo, ficou lindo. Maquiagem leve e um sorriso lindo no rosto. Não sabia muito bem o motivo daquele sorriso. Pelo amor de Deus é só uma balada, nada de mais. Tá o Luan podia estar lá, mas e dai? É so um garoto, que poderia no fim ser só o meu amigo e nada mais. Eu sou muito ansiosa mesmo, afff.
Pami também estava linda, um vestido coladíssimo no corpo, e um salto de matar qualquer um, cabelos em uma trança embutida para o lado, deixando seu rosto mais visível, ela é linda.

         Saímos do prédio, confiantes que a noite seria boa.
Afinal podia acontecer algo de bom ne? Caso Luan não fosse e poderia muito bem me divertir com um dos amigos da Pam, ou ate com outra pessoa e ate mesmo com Pamela. Dançar com a amiga também é uma delicia.


         Chegamos à boate. Estava lotada! Muita gente ainda do lado de fora, era cedo. Uma música contagiante animava até quem estava passando na rua. Tunts, Tunts... Era impossível não me mexer com aquele som.
- Vamos entrar? - Perguntou a Pamela. Eu não respondi apenas  sorri, confirmando.

Entrei olhando as pessoas, na esperança de achar Luan, aquele cabelo arrepiado, ou o sorriso dele, de preferencia sorrindo pra mim. De longe eu avistei o Luan, não é que ele veio? Ele estava no meio de um monte de garoto, mentira tinha só uns cinco com ele, e ele sorria de alguma coisa que um dele disse em seu ouvido por causa da musica alta, quando percebi ele estava olhando pra uma mulher que dançava na pista, mas sinceridade? Não vi brilho nos olhos dele não. Depois o vi negar com a cabeça e apontar pra uma menina que estava no bar. Ai sim os olhos brilharam, ele se interessou por ela, aposto. Apertei a mão da Pami.  Ela me olhou sorrindo sem entender nada, quando seus olhos se voltaram na direção que os meus estavam vidrados, ela fechou a boca prendendo a gargalhada.

- Vem! – foi apenas isso que ela disse antes de sair me carregando pra perto dele.

Comecei a tremer, mas consegui disfarçar. Pam me apresentou um a um, mas não consegui guardar o nome de nenhum deles, na verdade acho que nem ouvi. De repente chegou uma loira perto da gente, e passando a mão pela cintura do Luan, foi ai que acordei do meu estado de babaquice que eu achei que estava por causa de Luan e ouvi o ultimo nome de seu amigo.
- E esse é o Juliano. – Pami dizia. –

 Deduzi que a  menina que havia chegado só podia ser a que Pamela havia me falado na noite passada. Intuição sabe?

- Oi! Andreza, essa é a Mariana. – E pelo jeito que ela disse, com certeza era a “chicletinho”. Acho que a Pami não gostava mesmo dela.
 – Mariana, essa é a Andreza. Ela é nova por aqui. – ela nem respondeu, nem por educação, pelo contrario os olhos dela me fuzilaram, credo! Além de feia, e chiclete ela era psicopata?

 Olhei pra Pami e sorri, ela riu também. Luan apenas me olhava enquanto mexia no cabelo dele, o arrepiando mais ainda, parecia me avaliar, eu fingi que não vi ele me olhar, enquanto alguns dos meninos que eu nem sabia o nome se aproximara pra puxar assunto.

- Você veio de onde? Me perguntou.
- Sou de Minas, BH.
- Ah que legal e você tem sotaque mineiro? Eu adoro uma mineirinha... – avá, seu eu sou de minas meu sotaque tem que ser mineiro. Quase respondi isso a ele, mas como disse sou uma menina educada.
- É tenho sim – ri pra não o deixar sem graça. – Qual o seu nome mesmo? Sou fraca pra guardar nomes.
- Fernando, meu nome é Fernando.
- Ah sim, Fernando. – disse balançando a cabeça confirmando e registrando seu nome em minha memoria.
- Então, você não deve conhecer nada aqui ne? Se precisar de um guia...
- Ah obrigada Fernando, mas eu já tenho uma. – disse apontando pra Pam, que falava acho que com o Juliano, toda derretida.

Quando tentei voltar olhar pra Luan, vi Mariana ainda me olhando e de cara feia. Ela tava com fome? Porque cara feia pra mim é isso, fome. Não dei à mínima. Estava apreciando a beleza de Luan. Tao branquinho, um pescoço liso, ai como eu gosto de pescoço, tá sou estranha, mas eu gosto uai. Estava começando a me imaginar beijando aquele pescoço lindo enquanto ele me segurava pela cintura quando Pami me tirou dos meus pensamentos.

- Vamos beber? Vem comigo? – me arrastou pro bar e advinha? Aquela menina que vi Luan olhando ainda estava por ali.

De onde estávamos dava pra ver a pista de dança e eu vi Luan dançando com a Mariana e a cara dele não era muito legal não, parecia que o fazia por obrigação. Pami assim que pegou sua bebida foi dançar também, me chamou, mas preferi ficar sentada, apenas observando... O Luan claro, ali dava pra disfarçar muito bem.
Todos dançavam juntos, sorridentes, olhava Pamela junto dos meninos, bem a vontade, Juliano volta e meia falava algo em seu ouvido, ela ria, mas parecia se lembrar de algo e o evitava, tava começado a ficar engraçado, era a bebida, só pode.
Quando fui olhar pra Luan, vi que ele também me olhava, ficou sem jeito pelo flagra e mexeu em seu cabelo, tao lindo. Então tomei coragem e fui em sua direção.


- Vamos dançar? – Chamei a Pami. É ela mesma, a Pamela. Ela tava do lado do Luan e eu muito nervosa pra chamar ele. Também assim de cara? Não. Essa não sou eu. 

Continua....

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Em Pleno Rio de Janeiro - 2ª Edição



Poxa pai tem certeza que temos que nos mudar? – perguntei triste.
- Sim minha filha. É o meu trabalho você sabe. – Disse meu pai um pouco chateado, pois via em meu rosto a tristeza de me tirar de Minas Gerais e me levar para o Rio de Janeiro.

Ok. Confesso que gostei da ideia de ir para o Rio. Lá o lugar é lindo e têm PRAIAS e várias outras coisas que aqui em Minas não tem. Mas deixar meus amigos, principalmente minha amiga Ana, é um preço muito alto, não compensa deixar as pessoas que amo pra morar em um lugar melhor, mas eu não tenho escolha.

Mas eu estava feliz, eu iria ficar longe de certa pessoa. Felipe. O meu ex-namorado. Eu ainda gostava dele, mas o que ele fez comigo não tinha como perdoar. Trair-me e com a pessoa que eu mais odiava. Camila aquela vaca! (desculpa, mas a raiva me consumiu agora). Lembro-me como se fosse hoje aquela traição me machucou profundamente.

FLASHBACK ON

Estava passando perto da casa de Felipe, resolvi então fazer uma visitinha sabe como é aquela historia, “tava passando por aqui e resolvi entrar”. Sua mãe me atendeu. Sem cerimônias me convidou a entrar. Coitada nem ela e muito menos eu saberíamos da surpresa que seu filho estava preparando para nós. Fui direto pro quarto de Felipe, caminho que eu conhecia muito bem.
Abri a porta do quarto dele sem fazer barulho. Quando vi aquela cena não pude acreditar. Era de mais pra mim. Felipe totalmente nu e a Vaca (desculpa de novo) da Camila em seus braços. O safado, ficava com tanto calor depois de uma transa que não conseguia se cobrir. Eu o conhecia, não havia como negar, tinha rolado entre eles.
- Felipe! - Só tive força pra falar seu nome. Ele me olhou assustado. Camila acordou assustada.
- Amor não é... - Ele se cobriu e saiu da cama.
- Não fala nada Felipe! Eu já vi tudo, não precisa tentar se explicar mentir pra mim, eu já entendi tudo. Você não me quer mais, não é isso? Então não olhe mais pra minha cara. ACABOU.
- Não! Isso é um mal entendido. – ele tentou se explicar.
- Mal entendido? Você tá sem roupa Felipe, não tem como negar, não piore as coisas, por favor. Não tenho nada pra falar com você. - E sai correndo dali, sem olhar para trás.

Meu mundo havia desabado. Como ele foi capaz de fazer isso comigo? E logo com aquela, aquela... Ah vocês sabem quem. Eu odiava a Camila. Ela sempre tentou ficar com o Felipe e pelo jeito conseguiu. Aff nem respirava de tanta raiva. Meus olhos estavam repletos de água. Eu queria esquecer aquela cena, mas ela insistia em ficar na minha memória.
Mas eu odiava e amava o Felipe o que me deixava com mais raiva ainda. À tarde depois daquele fraga ele me ligou, mas não atendi. Alguns dias depois resolvi ir conversar com ele e dizer que não o queria mais, que havia me magoado muito. Disse que o esqueceria. Podia ate ser difícil, mas eu ia conseguir, eu faria todo o esforço possível.
FLASHBACK OFF

Passei a tarde, em casa, mas precisamente no quarto, pensando nessa viagem do meu pai, que me incluía também, como seria minha vida em outra cidade, pessoas novas, lugar novo.

- Deza, minha filha, já esta na hora de irmos. – meu pai me tirou de meus pensamentos me trazendo a minha triste realidade. Já estava na hora de irmos pro aeroporto.

A viagem não foi longa, quando percebi estávamos pisando em solo Carioca. Meu pai era só sorriso. Eu amava vê-lo assim. Depois que minha mãe morreu quase não o via sorrindo, ele sempre ficava triste ou muito preocupado comigo. Seus olhos pensativos estavam em mim, esperando alguma reação. Segurei em sua mão e devolvi o sorriso que ele havia me dado segundos atrás.
Saímos do Aeroporto, quer era bem grande, não que em BH não tivesse aeroporto, mas esse com certeza era maior que o de lá. Pegamos um taxi e seguimos rumo a Ipanema. É aquela mesma da música do Tom Jobim, linda por sinal. Pessoas caminhando pela orla, todos com pouca roupa, vai ver é o calor da cidade. Chegamos ao nosso próximo lar, era um prédio super alto localizado perto da praia, me virei e vi o imenso azul do mar, fiquei chocada. Nunca imaginei que isso fosse tão lindo.

Meu pai me alertou:

- Filha ajuda aqui!
- Claro pai. – estendi meus braços e o ajudei a tirar nossas malas do táxi.

Como sempre muito atrapalhada me enrolei toda, escutei umas risadinhas que vinha do outro lado da rua. Olhei a menina que ficou meio sem graça.

- Quer ajuda? – perguntou ela, se aproximando de mim.
- Quero sim. Obrigada. – não podia ser mal educada, e acima de tudo eu realmente estava precisando de uma ajuda. Urgente.
- Você é nova por aqui né? - perguntou a menina com curiosidade. Dã que pergunta, trouxe as malas por que eu gosto de andar por elas por ai. - pensei
- Sim. – foi o que realmente respondi - Eu e meu pai estamos nos mudando de Minas Gerais.
- Nossa! É acho que reparei pelo sotaque, mas seja bem vindos ao Rio. Meu nome é Pamela e o seu?
- Andreza. - Respondi.

         Subimos no elevador. Vazio.

- Chegamos! - berrou meu pai todo feliz, tentando me animar, não conseguiu, apenas me arrancou um sorriso desanimado.
- Então! Nos vemos a noite Andreza? Quero te mostrar a praia, eu soube que em Minas não tem mar. Você vai adorar andar por Ipanema a noite. – disse a menina falante, fala pra caramba pra uma pessoa que se acaba de conhecer, mas o que ela me ofereceu me pareceu uma boa ideia.
- Claro! - Respondi. – Passa aqui mais tarde. – nossa como sou educada quando eu quero! Eu me surpreendo a cada dia.
- Tudo bem! - Nos despedimos e entrei finalmente na minha nova casa. No meu novo refugio

         Nosso apartamento não era muito grande. Uma sala com um sofá de... Quantos lugares? Ai, nem sei, mas cabem mais de três com certeza, vou me esparramar nele em dias de tedio, uma tv tela plana de 20 polegadas, estava nos planos do pai comprar uma maior, mas não agora, dois quartos, o meu tinha banheiro. Que ótimo não vou precisar sair acendendo as luzes da casa inteira só pra ir ao banheiro. Banheiros, claro, visitas também iam ao banheiro, cozinha e uma pequena copa.

         Entrei em meu quarto decorado em tons rosa ou lilás sei lá, não queria identifica-las. Uma cama box, meu pai ta me induzindo a trazer alguém aqui só pode. Deitei-me sobre ela e o colchão... noooooossa! O que era aquilo? Eu realmente precisava levar alguém ali, ashuashua brincadeira. Graças ao trabalho do meu pai o apartamento já estava mobilhado e ate que eles não erraram muito não viu. Estava de bom agrado.

         Ali pude pensar melhor em tudo que acontecera na minha vida.  Casa nova, estado novo, amigos novos...  amigos novos? Bom, esses ainda estavam por vir, e eu os queria. O Felipe longe de mim. Bom, isso poderá me ajudar.
         Tive uma impressão que minha vida estava preste a ter uma mudança radical dali pra frente. Só me resta viver essa nova vida...


Continua...

sábado, 8 de setembro de 2012

Vem ai a Nova Fanfic

Amores, 


Quem ai tá ansiosa pra ler ou reler a Em Pleno Rio de Janeiro? Eu to muito ansiosa pra ler os comentários de vocês.

E eu vim aqui pra dar uma boa noticia, já temos a data pra começarmos a postar e vai ser no dia.....

19 de Setembro! 


Isso mesmo, uma quarta-feira,como eu disse ai no post de baixo. Leia aqui 
Espero de coração que vocês gostem e digo mais (não aguento guardar só pra mim, tenho que contar ihihih) vamos mudar todo o design do Blog fiquem atentas e logo verão a diferença.

Beijos se cuidem e nos vemos dia 19.


Beijos, Deza


Mudança nos dias de Postagem.

Amores minhas lindas,


Como vocês acompanham aqui, vocês sabem que as vezes, eu e a Dani não damos conta de postar os 3 capítulos por semana quando tem uma Fic no ar.
Então pensamos e decidimos que na nova ( Em Pleno Rio de Janeiro - Edição Re-editada) vamos postar uma vez por semana. Que vai ser TODA QUARTA-FEIRA.

Então não se esqueça TODA QUARTA a partir da nova historia as postagens vão ser as QUARTAS, ok? 


Agradecemos a Compreensão e esperamos a presença de vocês, no nosso blog, nos acompanhando em mais uma nova historia.

Beijos, Deza.


terça-feira, 4 de setembro de 2012

Único


Capitulo 40


Um ano depois
Deza on:
Quem diria, que quase dois anos depois eu, Andreza iria encontrar o Luan de novo. Pois é, e como eu sei disso? É que trabalhando com uma produtora de eventos, algum dia eles iam contratar o Luan, ainda mais agora que, com o segundo DVD ele é um dos artistas mais vendeu CD´s, ganhou todos os prêmios que concorreu, enfim, o cara é o orgulho do pais,  e pelo o que eu vejo em suas entrevistas e ouço pelos bastidores ele é muito humilde. É ele ainda é o mesmo Luan que eu conheci. E o dia que eu iria reencontra-lo finalmente chegou.
Minha função na empresa é justamente cuidar dos artistas, e adivinhem? Vou ter que levar Luan do local do show ate seu hotel, saber se precisa de algo e tal. O bom é que meu contato não precisa ser necessariamente direto com ele. Mas vai ser impossível não falar com ele. É eu to nervosa. Já faz tempo, muitas já passaram por ele, muitas mulheres já o conheceram, não sei se ele vai lembrar de mim, fui só uma aventura no passado adolescente dele.
Era o grande dia, eu contei a Dani, que eu o veria, e provavelmente falaria com ele, ofereci ingressos a ela, pra ela ir comigo, mas ela não quis.
- Ai amiga, vamos vai. Eu to nervosa, to parecendo uma fã ansiosa pra entrar em seu camarim. – Disse enquanto me preparava pra ir trabalhar.
- Não dá, não quero contato Deza, e Tony pode não gostar.
- E desde quando Tony tem ciúmes de você com o Luan... Vai.. Por mim??
- Melhor não Deza, vocês vão acabar se vendo e quem sabe se acertarem? – eu cai na gargalhada
- Ta zoando ne Dani, faz dois anos e você acha que ele lembra de mim? Você já viu as reportagens? Sempre saindo com uma mulher por ai?
- E você já viu o quanto ele ta gostoso? Você acha que se ele insistir você vai resistir? Você não resistiu naquela época, não vai resistir agora.
- Eu gostava dele Dani é diferente. – disse enquanto eu começava me maquiar.
- Mas Deza, vestida desse jeito ai, duvido que ele não te veja no meio daquele povo todo. Você ta linda!
 - Você é muito otimista, ele vai me ver, você entendeu, mas com tanta mulher gostosa...
- A para! E anda logo antes que você se atrase.
- É verdade. Tenho que ir. Acho que eu vou ter que ir ao aeroporto o buscar.
- Huuum, boa sorte amiga! E se cuida, não caia nas garras do Luan Santana. – Dani riu.
- Já CAIMOS uma vez, não vou cair de novo. – disse evidenciando o caímos e ri pra Dani que me jogou uma almofada, me repreendendo.
A caminho do aeroporto, meu chefe ligou dizendo que precisava de mim no local do show e que havia mandado outra pessoa pra buscar Luan. Era de certa forma um alivio e uma tensão pra mim, pois meu encontro só estava sendo adiado.
No local do show, aprontei tudo em seu camarim, comida, bebidas uma imagem da Nossa Senhora Aparecida em um canto a pedido do prorio Luan. Sempre religioso. Enfim, a equipe dele já estavam todos por ali, palco pronto. Quase na hora do show, só faltava ele chegar. Ai meu coração não aguenta, dois anos, ele mudou muito. Fisicamente eu digo, sinceramente não sei se vou resistir. Eu ainda gosto dele.
Bem, chega de pensar nessas coisas, pelo alvoroço lá fora, ele ta chegando. Vê-lo chegar sorridente falando com todos, meu coração disparou, ele me olhou, eu gelei, mas ele veio sorrindo eu sorri também, sou educada uai.
- Oi, tudo bom? – Ele veio até mim
- Oi Luan, tudo ótimo e você? – disse enquanto ele me dava dois beijos em meu rosto, é acho que ele não me reconheceu.
- Eu to bem ué – Luan me olhou de cima a baixo me deixando sem graça.
Ele foi cumprimentar os outros que estavam no camarim, e logo depois pediu pra que chamasse suas fãs pra ir falar com ele. Eu via seu sorriso quando via as meninas entrando pra falar com ele, quando alguma entrava chorando a preocupação dele em as fazer parar de chorar, o carinho entre eles era lindo. Eu fiquei o olhando e confesso que parecia que ele me dava umas olhadas mas ai eu disfarçava fingindo falar no radio com a minha equipe.
Fim do atendimento aos fãs, e logo seria o atendimento a imprensa, era hora de eu cuidar dele, não deixar que chegassem muito perto, organizar os repórteres. Luan continuava me olhar e eu já não sabia mais o que fazer já estava visível que ele me olhava. Afinal eu controlava o tempo de cada tv, radio, site...
Fim de todos os atendimentos, hora de respirar fundo e descansar, pois ele iria fazer o show, depois era só fazer com que ele chegasse bem ao hotel. Fui com ele ate o palco, ele estava ansioso pra mais um show e eu finalmente eu veria um show dele, antes dele entrar no palco, quando seus funcionários, o deixaram só ele veio ate mim, achei que faria algum pedido referente ao show, mas o pedido era outro.
- Depois do show quero falar com você, espera aqui.
E entrou pra fazer o show.
E eu fiquei como? Com o coração na mão né. Ai esse menino sempre me surpreendendo. O show foi lindo, cheio de efeitos especiais, Luan sempre provocando as fãs e rebola o show todo, o que me fez ficar mais atraída nele ne. Teve uma hora que entrou uma fã no palco pra dançar com ele e confesso que queria estar no lugar dela. Quando a menina foi voltar pro seu lugar ele veio a seguindo ameaçando pegar em sua bunda, e depois olhou pra mim, sorrindo piscou.
O show acabou, ele saiu depois de agradecer a todos, os fã-clubes, foi um espetáculo, tudo o que ele fez.
Na saída, antes de chegar na van Luan me segurou em meu braço, olhando bem o meu rosto.
- Acho que eu te conheço. – Af se ele não me conhecesse mesmo, diria que era a pior cantada que ele poderia ter me dado, mas tadinho era so uma pergunta.
- Você acha que me conhece? – Respondi o olhando desafiadora.
- Acho, mas não me lembro de onde – riu sem graça. Ow riso gostoso.
- É acho que me conhece sim.
- Você não quer me dizer seu nome? Eu posso me lembrar... – pediu
- Acho melhor não. Não agora. – respondi resolvendo fazer mistério, e já estávamos quase chegando na van, senti Luan suar, ele queria ficar comigo, de novo e não sabia.  Eu estava me divertindo...
- Ah, poxa, então o numero do seu telefone?
- Ah isso eu posso fazer. Mas como vai salvar o numero se  não sabe me nome? – perguntei enquanto digitava meu numero no Iphone dele.
- Ah isso é fácil. Vai ser “A garota mais linda” – disse enquanto pegava o telefone da minha mão e sorriu entrando na van. O segurança fechou a porta e a van saiu.
Eu fiquei sem ação, sem saber o que fazer, na verdade eu sabia sim o que fazer. Voltar ao trabalho. Afinal ele não vai ligar mesmo.... Ate que eu sobrevivi a tudo, achei que iria cair nos braços dele na primeira oportunidade, vai ver o que ele disse no nosso ultimo encontro seja verdade. um dia ainda vou rir de toda essa situação. É né, quem sabe?

Epílogo

Enfim em casa, eu so queria saber de dormir, fim de show pra mim é sempre mais cansativo. Tomar conta daquelas pessoas era a parte mais complicada, mas enfim eu me saira bem e por incrível que pareça eu não desgrudava do meu telefone. Ansiedade por uma ligação? Ah ele não ligaria pra mim, ele só não queria desistir de me levar pra cama, como não cedi, ele pediu o numero do telefone.
Dani entrou em meu quarto, aquela garota quando quer saber alguma coisa, nossa... sai de baixo.
- Deza, acorda! Vai me conta como foi lá com o Luan.
- Foi lindo o show foi lindo, ele ta lindo, eu trabalhei pra caramba e.. ah me deixa dormir Dani!
- Ah que isso! E ele não te viu? Não falou com você? Não te reconheceu? – Af, quantas perguntas.
- Ah Dani você venceu... ei pessoinha chata hein, promete me deixar dormir se eu te contar?
- Prometo. – disse se sentando em minha cama, me fazendo me sentar também.
- Ah então ele falou comigo quando chegou, foi educado e nossa como ele é cheiroso, quase morri com aquele cheiro. Quase pulei no colo dele  - comecei a rir, Dani me deu uns tapas pedindo pra que eu continuasse. – e durante o atendimento ao camarim? Nooooossa ele não parava de me olhar Dani, fiquei sem graça.
- Eu falei que ele ia te ver, e ele pediu seu telefone?
- Ei deixa eu contar a historia? – briguei com ela. – Bom, na hora de leva-lo ao palco ele pediu pra eu o esperar, mas era meu trabalho esperar ele – ri da cara da Dani assustada com o que eu contava.
- E o que mais? – perguntou curiosa.
- No fim do show, ele perguntou se a gente já tinha se visto e tal eu o deixei na incerteza, ele perguntou meu nome e eu não disse.
- ANDREZA SUA BURRA! – Dani gritou comigo.  – Era pra ter falado.
- Caaaaaaaaaaalma, ele pediu o numero do meu celular, eu passei. Ele disse que ia salvar como “A garota mais linda” mas acho que ele não vai ligar.
- Ah que besta você, Deza. Devia ter falado, ai sim ele ia pedir pra ficar com você.
- Ah Dani, não sei o que houve, na hora achei melhor não dizer quem eu era. Se ele me ligar eu digo e veremos o que vai ser.
- Ai você é uma boba, já te disse isso hoje? – Dani disse emburrada.
- Ai Dani, menos drama por favor.
Nesse instante meu celular tocou, um numero restrito. Meu coração acelerou, no mesmo momento eu olhei pra Dani, assustada. Mostrei a ela o celular tocando e ela abriu a boca.
- Atende!
Eu atendi seu pedido, com medo.
- Alo?
- Alo, é a garota mais linda?
Fim...
Bom amores, eu sei que não foi um fim que vocês esperaram, mas foi o que conseguimos escrever, espero não ter decepcionado. Fizemos de todo coração e com o máximo de dedicação. Sei que demos muitas voltas por um tempo foi confuso, porem não queríamos deixar vocês na mão. Esse blog é nossa vida e somos fieis a vocês.
Muito obrigada por nos acompanhar nessa Fanfic louca que criamos e aguardem a próxima que está vindo por ai. Muito obrigada por tudo, pelos comentários e além de tudo pelas opiniões, elas sempre são importante.
Ate a próxima,
Andreza e Dani.


domingo, 2 de setembro de 2012

Único


Capitulo 39

- Dani! – enfim, virei dando de cara com aquela menina novamente. Minha ex amiga, doida, chata, purgante e que me deixou preocupada por um longo tempo, devido seu sumiço repentino. Sempre um pouco a minha frente, sempre chegando de mansinho e enfiando a cara onde não é chamada.
         Estava sozinha, olhei para os lados tentando caçar sua companhia, mais não encontrei.
- Oi Deza – disse sorridente.
- Oi Dani – falei o mais seca possível. Mas não conseguia segurar a saudade de minha amiga.
- Nossa.... quanto tempo hein – suspirou olhando para os lados com vergonha.
- É bastante. – caminhei ao seu lado oposto. Queria me sentar, estava cansada de já ter perambulando com Duda pelas lojas.
         Dani me seguiu.
- Ai Deza... por favor vai, eu tava com tanta saudades suas minha amiga, anem... Não faz assim comigo, por favor, não tivemos culpa do que aconteceu. Me perdoa vai? – Ave, foi difícil fingir de dura, não  a ouvindo daquela forma.
- Dani. – respirei fundo. – Tem tempo que a gente não se ver, nem sei como se a gente mora na mesma cidade. Mas como eu pedi, você me deixou sozinha, me deu o tempo que pedi pra pensar. E decidi que. – parei pra pensar e vi a expressão de Dani apreensiva, querendo saber logo o que eu ia dizer. – Acho que a gente não deve mais continuar brigadas por causa de um cara que nem aqui esta. Que agora é sucesso pelo Brasil.
Dani respirou aliviada e me abraçou emocionada, acho que era isso que ela precisava ouvir e eu dizer, perdoar tudo o que houve, me deixou mais aliviada e acredito que a ela também, não havia realmente a necessidade de ficarmos brigadas por causa do Luan, pelo tempo, acho que nem lembrar da gente ele lembrava.
Não vou dizer que não procuro saber de Luan, pois é mentira. Me encantei por ele desde a primeira vez que o vi na escola de musica, e me apaixonei quando o ouvi cantar na praia. Vi nele que cantar era a vida e sonho dele, e ele correu atrás e lutou por isso. Posso contar um segredo? Eu tenho um dvd dele. (não me matem) mas gosto das musicas, ele canta muito, mesmo brincando comigo e com a Dani e vi sim, que no fundo ele também pôde não ter culpa também. As coisas apenas aconteceram pra nos encher a vida de experiências. E ele no fundo, no fundo foi uma experiência boa. E olha, já to até de bem com a Dani... 
Dani on:
         De volta a vida normal. Como é bom ser feliz com quem a gente ama do lado. Meus amigos, meu noivo. Ah... fí, meu noivo. Tony e eu fomos ao México visitar minha família, e aquele cafajeste me pediu em casamento na frente no meu pai e da minha mãe!
         Vish. Eu não sabia onde enfiar a cara, só sei que saiu um SIM, meio gaguejado. Nervosa, era pouco. Estava histérica.
         Agora estamos assim construindo nossa família. Eu e ele e nossa verdadeira paixão. A medicina. Estou quase me formando, faltam 2 anos ainda kkkkk. É ne mole não.
         Tony me levou para sua clinica, ele queria por que queria que eu ficasse junto dele lá. Mas eu não queria não. Queria meus doidos, sou completamente apaixonada pela área da psiquiatria. E nela que vou me formar se Deus quiser, e não me fazer apaixonar por outra coisa.
         Tony Neurológico, e eu Psiquiátrica. Tadinho dos nossos filhos, vão ter dois pais loucos.
         Ah sim, a Deza, então, voltamos as boas... é né não vivo sem aquela cachorra. Me chamaram pra voltar a morar com elas, mas Tony não deixou ¬¬’ eu nem achei ruim kkkk’.
         As visito toda hora, sempre saio com minha amiga acompanhada do Tony e do Marcelo. Andreza ta com seus rolinhos de sempre, mas nada de mais. Sua verdadeira paixão é o Luan e sempre vai ser. Agora ela trabalha em uma empresa de eventos musicais, contratando shows e musicais. Ela é quem cuida dos artistas, pra dar o conforto necessário, sempre me chama pra alguns eventos, mas nem vou, gosto do meu cantinho curtindo meu noivo lindo. Ai ai cada dia mais apaixonada. Qualquer dia, pelo sucesso do Luan é capaz dela esbarrar com ele por ai, ela agora viaja por causa do emprego. E ele também tá pelo Brasil todo fazendo show. Torço por eles.
         Ah e falando no Luan. O bixinho só ta crescendo, seu segundo DVD foi gravado no ano de 2010, ao Vivo no Rio. Obvio que fui na gravação ne? Fiquei bem de longe, Deza não quis ir, ela tenta de todas as formas se manter bem distante dele. Sorte a dela que quando foi gravado o DVD ela não trabalhava nessa produtora de eventos, já pensou ela produzindo o DVD dele? Ai ela morria. Ou pediria demissão... ela é dessas...
         Eu nunca mais falei com Luan, nunca mais quis falar com ele, minha vida agora é meu futuro marido e minha profissão. Deus faz o certo por linhas tortas, ele sempre faz isso. De certa forma foi bom, meu passado nunca mais foi revirado, nunca mais falei sobre Danilo, sobre Katherine, e sobre o álcool. É ate isso mudei, não bebo mais como antes, agora só pra acompanhar meus amigos e o Tony que não dispensa seu Wiskey ou seu Vinho, vai ser chato.
         Agente sempre pensa: aff, porque nada da certo na minha vida. Filha, olha só... você sempre tem que sofrer para teu futuro valer apena depois. Todo sofrimento é aprendizado. Todo choro, todas as lagrimas derramadas uma hora ou outra haverá alguém que as seque. Você nunca vai ficar sozinha, ao menos que queira isso.
         Deus não planeja o seu pior. Ele não te abandona. Por mais que tudo pareça perdido agora, tudo vai se acertar depois.
         Basta ter fé.

Continua...