Capitulo 22
A
claridade de um novo dia, me despertou, sorri ao ver que ele ainda estava ao
meu lado, dormindo, parecendo um anjo. O meu anjo, que me faz me sentir uma
boba, ter um ciúme mais bobo ainda, com tantos detalhes que me fazem me sentir
amada por ele e eu ainda acho tempo pra ciúmes dele, sou mesmo uma boba. Mas é
o que dizem, quando nos apaixonamos ficamos parecendo idiotas.
Eu ainda estava nua, e ainda
sentia meu corpo quente, por causa do contato com o corpo do Luan, me deixando
com preguiça de levantar da cama, mas era preciso, era o ultimo dia da nossa
viagem a Petrópolis, eu precisava curtir. Enrolei-me em um lençol e ainda com
preguiça me sentei em um sofá que havia no canto do quarto e fiquei admirando o ser que eu começava a acreditar ser o
homem da minha vida. Ele se
mexeu, e eu não querendo que ele acordasse torci para que seus olhos não se
abrissem. Ele só se virou para o outro lado. Respirei fundo e decidi me levantar e ir tomar meu banho e
depois ir a cozinha ver o que tinha pra comer.
Preparei
o café da manha para todos que ainda dormiam, me achei estranha por acordar
aquela hora, mas estava me sentindo feliz demais pra dormir. Decidi dar uma
volta pela casa e ver se estavam todos bem. No quarto de Pami tudo ótimo, pelo menos
parecia estar calmo. O casal dormia tranquilamente e agradeci aos céus por não
encontrar coisa mais indecente... Sorri os imaginado. Cheguei à sala vendo a
bagunça que deixamos na noite anterior e cheguei a conclusão que teríamos que arrumar
tudo antes de sair. Reparei bem e percebi um casal dormindo muito lindamente,
não pude conter o riso. Fernando e Daniele dormiam sobre o tapete um de frente
ao outro. Certo! Com esses eu não me atreveria a ter pensamentos libidinosos.
Afinal nem sei se eles ficaram. Mas estavam tão graciosos juntos que até torci
pra que namorassem.
Todos
reunidos na mesa e olhando bem era um belo café da manha: torradas, geleias,
frutas, biscoitos, café, iogurte, leite. E um bombom. Tudo encontrado naquela
cozinha que eu jurava não ter nada pra comer.
- A
noite deve ter sido ótima, né dona Andreza, pra você fazer esse banquete todo
pra gente. – Juliano disse desconfiado.
- Ah
que sem graça você hein. Eu aqui querendo agradar os meus amigos, pelo
maravilhoso fim de semana e você ai, desconfiando de mim Juliano?
- Ah é
que eu ouvi um barulhos lá em cima de noite, e agora de manha tudo isso..
- Não
tinha só eu de casal lá em cima, e mesmo que tenha sido ótimo, não é o motivo
desse banquete. É um agradecimento por vocês estarem comigo. – olhei pra Pami e
em seu olhos continham lagrimas.
- Ei
bobona, não chora, esse café da manha é motivo de alegria, estou feliz por ter
vocês como amigos.
- E eu
como namorado é claro! – Luan se gabou e eu dei um tapa em sua testa. – Vai dizer
que é mentira? – ele perguntou.
- Não,
não é. Estou feliz por ter você como namorado também. – Dei um selinho nele e
pude ouvir todos fazendo um som de huuuum, zoando com a nossa cara.
- Não
sei o porquê desse coral todo ai, vocês também tiveram uma ótima noite.
Inclusive você Fernando.
- Ah
para Deza. – Fernando ficou sem graça.
Depois
de tomarmos café, Pamela e Juliano foram dar uma volta pela cidade, Daniele e
Fernando foram pra sala assistir a um filme e Luan me pediu pra ir para o
quarto assim que eu terminasse de lavar a louça, ele precisava de ajuda.
Quando
cheguei ao quarto ouvi o barulho do chuveiro e deduzir que ele
estava no banho. Deu-me uma vontade louca de invadir aquele banheiro.
Mas achei melhor não ir. Sentei-me na cama e fiquei o esperando. Depois de alguns
longos minutos ele sai do banheiro enrolado numa toalha branca escondendo
seu tesouro mais precioso. Gotas de água escorriam de seus cabelos fazendo
caminhos sobre seu corpo, levando-me ao delírio. Seu sorriso encantador, com
pequenas porções de perversidade, me fez querer rir pra ele também. A cada dia
eu estava mais encantada com ele e a cada detalhe de seu corpo me fazia
acreditar em perfeição. Porque se perfeição existe só podia existir nele. E
aquele perfume? Nossa me fazia morrer com aquele cheiro marcante. Fazia-me
perder horas em meus pensamentos e quando ele estava próximo de mim, fazia-me
respirar fundo só pra envolver cada vez mais em seu perfume.
Sabia que eu adoro quando você me olha assim?
– Seu hálito de menta me fez desejar sua boca.
- Impossível não te olhar desse jeito quando
você esta tão provocante assim. – me aproximei dele. – ele me beijou, seu beijo
pela manhã parecia ser mais quente. Minha língua lutava com a dele. Mas logo
dei um fim no beijo, pois já sabem onde terminamos quando nos beijamos assim.
- Nossa amor assim já pela manhã? Assim você
me mata sabia? Esse perfume, esse beijo... Ai meu que coração não aguenta. –
falei sorrindo enquanto Luan procurava algo pra vestir.
- Aguenta sim, minha linda. – disse-me
sorrindo.
- Luan para de ser lindo só um pouquinho? Eu
preciso sobreviver a esse fim de semana. – Mais uma gargalhada. Não resisti e o
beijei, porem não tive tempo de aprofunda-lo, ouvimos alguém bater na porta,
era Fernando nos chamando pra arrumar a casa.
- Temos que arrumar toda a chácara antes do
almoço. Pra mais tarde não dá preguiça.
- Eu fico com os quartos! – Luan falou.
- MILAGRE! – eu gritei.
- Eu fico com a sala. – falou Juliano.
- Banheiros comigo! – Voz da Pami.
- Eu cuido do quintal – Fernando disse indo
pra sua área de arrumação.
- Eu fico com o almoço e arrumo a cozinha no
fim. – Todos devidamente atarefados. Começamos a trabalhar.
A manhã foi rápida e a com tanto trabalho, a
fome nos denunciou que já estava chegando a hora do almoço. Mesmo com as
compras que foram feitas, os meninos devoraram quase tudo e eu acabei fazendo um
milagre naquela cozinha. Mas consegui fazer um almoço digno de um domingo.
Frango assado, salada, arroz e tinha uma Coca-Cola na geladeira. Perfeito.
Todos à mesa e comemos calmamente, sem brigas ou coisa parecida. O silêncio
confesso estava me incomodando, suspirei.
- Não queria que acabasse essa
viajem, tá tão bom aqui.
- A gente pode morar aqui quando a
gente se casar amor. – disse Luan enquanto me servia mais um copo de Coca-Cola.
- Ei que o casal, já esta pensando
em casar? – Juliano debochou.
- Eu não disse nada! – tentei me
inocentar, apesar de gostar da ideia de saber que Luan nos imaginava casados.
Confesso que já me peguei imaginando isso também.
- Cala boca boi, capaz de casa
primeiro que eu.
- Eu não vou casar, nunca! –
Levantou a mão, certo do que falava.
- Mas eu quero casar Juliano! – Pami
entrou na conversa.
- Ei gente sem briga! Vamos casar
quando tiver que casar e quem sabe vamos ter uma casinha na montanha pra curtir
o fim de semana. Vamos parar de conversa fiada e aproveitar o restante do dia. –
coloquei fim no assunto.
- Eu vou curtir o dia, e você a
louça do almoço Deza.
- Tinha que lembrar né amiga?
Enquanto eu
lavava a louça e me perdia em pensamentos, os meninos jogavam na sala e Pami
estava em seu quarto arrumando as suas coisas e as do
Juliano. Era o que eu ia fazer depois que terminasse as tarefas na
cozinha, Luan chegou de mansinho, mas seu perfume denunciava sua presença.
Me abraçou por
trás me segurando com força. Apoiou suas mãos na pia me fazendo ficar presa
entre ele e a pia.
- E você estava pensando em que? Que não me
percebeu aqui? – em nada meu amor, em nada! Sorri. Luan milagrosamente se
contentou com minha resposta e ficou me olhando terminar a louça. Faltavam
apenas alguns pratos.
- Terminei. – Falei dando um longo suspiro no
fim da tarefa. Luan me olhava atentamente. Seus olhos encontraram com os meus.
E eu me perdi neles. Sempre me perco!
- Eu já disse que você é linda?
- Hum... Hoje não! – respondi sorrindo e
olhando seus lábios que se aproximavam dos meus.
O encontro de
nossos lábios, em minha opinião demorou um século pra acontecer. Ele sabia
fazer isso comigo! Fazer-me desejar cada parte do seu corpo. Nossos lábios se
encontraram. Minhas mãos acariciavam sua nuca. Suas mãos me apertaram e ele me
empurrou um pouco mais pra pia e nosso beijo se tornou mais intenso. Eu o puxei
pra mais perto de mim. Eu o queria, mas me dei conta que a cozinha não tinha
parede divisória.
- Você não cansa? – perguntei sorrindo.
- Não, e eu sei que você gosta de mim assim, incansável.
- Gosto, mas nossos amigos estão na sala, Luan!
- Se eles quiserem, vão para o quarto. – riu voltando
a me beijar.
- Não posso agora, tenho que arrumar nossas
coisas.
- Só um pouquinho Deza?
- Não dá.
- Vai ficar me devendo essa você sabe.
- Sei e para de ser tarado.
E finalmente fui
para o quarto arrumar minhas coisas e as coisas do Luan.
Continua...
PS: Amores tá difícil pra vir aqui postar, to muito sem tempo pra me dedicar a fic e não quero escrever qualquer coisa só pra ter atualização, então se eu demorar um pouco não me matem ok? É pro bem da fanfic.