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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Único


Capitulo 21

Ricardo me deu folga, sei lá ele tava tão bonzinho ultimamente comigo. Deza podia dar conta do serviço sozinha ele disse, ela ta devendo horas mesmo – completou. Andreza fechou a cara, mas logo depois sorriu, bipolaridade ao extremo.
Fui pra lanchonete, estudar né fazer o quê. Ficar em casa era muito chato, não tinha movimento, gosto de ver as pessoas andando pra lá e pra cá. O dia ontem não tava bom, o de hoje pior ainda, nada de movimento na lanchonete. Peguei meu notebook, junto com alguns cadernos e fui andar pelo shopping, sem mais nem menos, sem se quer perceber, de uma hora pra outra meus pés já estava colados na fina areia da praia, minha cabeça girava tão rápido que mal percebi que a direção que havia tomado era a mesma direção que tomei ontem com Lu... Não, não, não... A mesma direção que tomei sozinha ontem.
Sentei na areia, na verdade deitei estava exausta queria sossego, queria por um minuto que minha mente parasse e me deixasse em paz.
O tempo passava, minutos, horas, acho que tirei ate um cochilo deitada ali, o volume de meu fone de ouvido estava no máximo, a única coisa que dava pra ouvir era o som pesado que tocava Paramore – Decode.
O vento soprava meus cabelos quando levantei, estava um clima tão frio.
Viajei nos pensamentos olhado o mar ao longe, ate que senti que não estava sozinha, congelei, pelo rabo de olho vi quem ao meu lado estava fechei a cara, a raiva que já estava amenizada, as lembranças que já estavam sendo trancadas em meu subconsciente voltaram tudo a tona. Respirei fundo, tentando me acalmar. Não tirei os fones de ouvido. Voltei a olhar pra frente, pro mar.
O garoto insistia em ter atenção sentou-se ao meu lado. Este não tem amor na vida. O ignorei.
O cumulo do absurdo, sem medo, nem vergonha na cara Luan puxou meu fone de ouvido.
- Da pra você falar comigo, por favor?! – pediu o imbecil.
O fuzilei, estava com ódio demais pra ele falar daquele modo comigo e não sair pelo menos com uma praga jogada nas costas.
Respirei mais fundo, mostrando o meu ódio pela sua presença.
- Dani!– chamou, pedindo atenção.
- Que foi? – perguntei grossa.
- Eu não sabia que... – abaixei minha cabeça, mudei de música o ignorando por completo – Dá pra você me olhar quando to falando com você?
Agora mais enfezada ainda, arranquei os fones de meus ouvidos. Olhei Luan, cara de sínica é foda.
- O que você quer de mim agora garoto? Já não te dei o que você queria? Você já não conseguiu transar comigo... Agora some e vai atrás da Deza, vai ficar com minha amiga e me deixa em paz por favor – desabafei levantando-me da areia.
- Eu não sabia de nada. Juro!
Cafajeste...

Continua...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Único


Capitulo 20
Dani on:
De tanta raiva acabei adormecendo, acordei com o som de meu celular despertando. Pronto hora de trabalhar –pensei.
Decidi que não iria mais ligar pra aquilo, fingir que nunca vi Luan na minha vida, fingir que não encontrei Deza e Luan se agarrados no sofá. Fingir que não fui novamente traída.
Tomei um banho, coloquei uma roupa bem simplesinha. Troquei o curativo na perna, era difícil fazer sozinha mas sempre consegui me virar. Prendi o cabelo, não tava afim de suportar algo me incomodando, mesmo que isso fosse meu cabelo.
Mancando, fui a cozinha. Ninguém acordado, ninguém a vista. Assaltei a geladeira, tomei aquele café básico. Duda apareceu de fininho. Adivinha? Tive que novamente contar a trágica, quase morte.
E adivinha de novo? Não me deixaram ir de moto. Merda! Fui obrigada a ir de carro com Eduarda pra faculdade. Andreza foi com minha moto pro curso, deixei né.
Emburrada e plantada no banco da frente ouvindo musica chata, e melosa que Duda havia colocado, seguimos caminho a faculdade. Eu olhava pela janela e senti algo, um nó em minha garganta, queria falar...  Então comecei.
- Eu queria esquecer de tudo Duda, esquecer que ele é o namorado da Deza, que ele me enganou, já sofri demais... Eu jurei que não iria mais me envolver. Primeiro foi o Danilo depois o Luan. Confesso estava gostando dele, me envolvi demais, uma porra de amizade que não conseguiu ficar só nisso.
- Dani... Me explica, o que aconteceu to boiando aqui amiga!?
- Eu fui lá pra casa – meu cérebro relembrou de tudo, queria apagar da mente, mas já comecei a contar, agora já era – Resolvi sair mais cedo da faculdade, estava com dor de cabeça... 
- Hum...
- Ai eu entrei, foi ai que vi os dois lá deitados no sofá. Ai... Duda, eu nunca senti dor parecida, acredita eu consegui falar com eles, olhar pra Luan!  Luan me olhou assustado afinal ele nunca me esperava por lá, filho da mãe pensou que podia nos enganar assim, ele queria pegar as duas... Galinha.
- Dani, fica calma, acredito que o Luan tem uma explicação pra isso.
- Sabe Du, a gente tava começando a se entender. Somos amigos não tenho como “exigir” algo dele, so que acontecia algo entre a gente, tinha uma coisa a mais. Eu sei que ele sentia isso por mim, pois sentia isso nele. Como será que aquela coisa teve coragem de enganar não só a mim como a Deza que é completamente apaixonada por ele.
- Não sei Dani... Mas o que ela disse disso tudo?
- Não sei se ela ja sabe, eu fingi que não o conhecia, pois realmente não estava reconhecendo ele. Entrei, falei com eles e fui pro quarto.
- Então vocês estão escondendo isso da Deza?
- Não... Sim... Não sei. – abaixei minha cabeça, a consciência doeu, realmente estava escondendo isso dela.
- Vocês tem que conversar, voce e o Luan tem de se acertar, ele deve ter uma explicação, não é possível que não vá haver uma.
- Eu não sei Eduarda, tudo que eu queria agora era não ter saído mais cedo da faculdade.
- Talvez era pra acontecer.
            Respirei fundo. Já havíamos cegado a faculdade. E não xei porque. Pensei em Luan, será que não irá mais falar comigo? Apesar de sermos só amigos, eu precisava de uma explicação. Não podia ficar só nisso.

Continua...

domingo, 24 de junho de 2012

Único


Capitulo 19
Andreza e Luan perceberam minha presença.
- Dani!– disse Deza espantada abaixando sua blusa.
- Oi...– falei seca, só neste momento depois de muito implorar ao meu corpo. Consegui andar, pisei forte no chão não ligava mais pra dor.
- O que aconteceu com sua perna! – Deza tentou me parar se levantando do sofá.
- Acidente– sussurrei sem olhar pra trás.
- Acidente?– alterou a voz – Acidente? Como assim... Acidente?
Entrei em meu quarto Andreza me seguiu.
Sentada na cama de cabeça baixa, tive que contar tudo que aconteceu a Deza. Tentei fazer isso de uma forma mais fácil, mais calma, não queria demonstrar a tristeza e o ódio pelo ficante dela na sala.
Pedi a Andreza que me deixasse sozinha, a presença dela ali iria so piorar as coisas. Não estava com raiva de minha amiga, estava com ódio de Luan, ele me enganou e a enganou também, a não ser que Andreza soubesse de tudo. Mas, duvido muito...conheço minha amiga, ela não seria capaz.
Andreza voltou pra sala. Fiquei tão sozinha, tava tão triste por dentro, tão machucada. Mais um homem na minha vida me enganou, mais um me traiu com minha melhor amiga, mais um... Mais um.
Não contive as lágrimas que logo já encharcaram minha blusa. Tudo ao meu redor rodeava, fiquei tonta, fiquei desesperada. Aproximei da janela, lá embaixo Andreza e Luan se despediam, fechei a cortina.
- Cala a boca Dani... Para de choro, ele foi só um ficante, vocês ficaram só uma vez... pára com isso – tentei me convencer, mas nada adiantava. Andei perdida pelo meu quarto, voltas e voltas. Sem rumo, sem motivo.
Minha perna doía mais e mais, a raiva e o nervoso só fizeram as coisas piorarem. Estava com vontade de arrancar aquele pedaço de faixa incomodando, aquilo já coçava, não sei se era meu psicológico ou se tava coçando mesmo.
- Ah que raiva – Peguei o controle do som. O liguei.
Tranquei a porta, joguei-me na cama queria sossego.
Deza on:
Não sei o que houve com a Dani, será que é por isso que não foi trabaçhar?, poxa eu fiquei preocupada! Ela me contou como aconteceu seu acidente, me parecia contar com certa pressa, parecia não me querer ali, perto dela. Me pediu pra ficar sozinha, obedeci, afinal Luan estava na sala me esperando... encontrei Luan de pé, parecia nervoso.
- Ah, desculpa te abandonar. Mas poxa é minha amiga. E mals ae pelo jeito que se conheceram, nem os apresentei. – despejei nervosa.
- Tudo bem, eu já ta indo embora, tenho umas coisas pra fazer com meu pai.
- Não parecia estar com pressa ainda agora. – ri pra ele.
- É que meu pai ligou agora pedindo ajuda... – abaixou a cabeça... me pareceu uma desculpa.
- Ok, se você tem que ir... eu te levo ate lá embaixo.
- Ok, vamos entao...

Continua..

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Único


Capitulo 18
O sol batia forte em meu braço que envolvia Luan, o olhei dormindo tão tranquilamente. Mas já estava tarde, o sol tava muito forte sem relógio sem nada, completamente perdida no tempo. Sai de perto de Luan, vesti minhas roupas ainda jogadas pela areia.
Deixei Luan sozinho naquele lugar, pensei em chamá-lo e dar um “xauzinho”, mas não tive coragem, deixa ele perceber minha ausência.
Sai com pressa. Cheguei em casa tomei um banho, pra minha surpresa estava cedo. Não vi Andreza nem Eduarda quando sai, Duda devia estar na casa de Marcelo, já Andreza aquela com certeza estava com seu “amiguinho”, na verdade não sei – a porta do quarto estava fechada, ela poderia estar dormindo ainda.
Vesti uma roupa segui caminho á faculdade.
Fiquei lembrando dos beijos de Luan– preciso tirar aquele garoto da minha cabeça – Não quero relacionamento agora, não quero!
Pensando assim, com as cabeças nas nuvens, mal percebi a ultrapassagem de um carro, ele veio em minha direção com tanta rapidez que tombei a moto, seu peso caiu todo sob minha perna. Fiquei tonta.
O motorista logo parou o carro ainda bem, ajudou a tirar a moto que né nada maneira de minha perna direita.
- Ah... Obrigada – agradeci pelo seu gesto apesar de quase ter me matado, mas a culpa não foi dele, eu que estava pensando longe.
Tentei levantar, o moço não deixou.
- Fica calma vou chamar uma ambulância, espera, vou chamar alguém... – nervoso e tremendo o moço que já tinha um pouco de idade pegou seu telefone.
- Tudo bem – apoiei minha mão arranhada no chão – Eu estou viva, ta tudo bem, não precisa ligar pra ninguém não, eu consigo ate me levantar – com grande dificuldade e muita dor no quadril e na perna. – Eu vou no hospital consigo chegar lá.
- Então espera eu levo você.
- Não tudo bem, eu posso ir sozinha. Pega minha moto ali moço por favor.
- Tem certeza?
- Tenho sim, olha vai pra casa beba um pouco de água com açúcar, ou para em qualquer padaria e beba alguma coisa, fica calmo eu to bem...
Tirei o capacete certificando que não havia quebrado ou machucado nenhuma parte da minha cabecinha. Mas tava tudo bem.
Minha moto um pouco arranhada quase cortou meu coração de tanta dó, ela era minha xodó.
O hospital não estava longe, alguns quarteirões de distancia, pertim.
Sentada na fila de espera pra ser atendida, com uma baita dor de cabeça, bati as chaves da moto em meu capacete, uma criança que ao meu lado estava não parava de chorar. Tadinha, suas bochechas muito avermelhadas sinal de febre.
O tempo passava de nada do Dr. me atender. Ô vida, assim perco minha faculdade.
Liguei pra Ricardo, avisando o que tinha acontecido, e pedi pra me dispensar não conseguiria trabalhar hoje. Pensei em ligar pra Deza mas não queria atazanar a vida dela, pensei na Duda mas aquela não larga a faculdade por nada. Luan? Não, Luan já me deu muito problema hoje. Aff! Se não parar de pensar naquele garoto acabo morrendo.
- Danielle Gonçalves – chamou a Enfermeira.
Levantei com dificuldade, meu corpo já frio a dor aumentou. Depois de vários exames, pedidos pra RX, mexidinha ali, mexidinha aqui, fui dispensada com varias receitas de remédios. Aff, odeio tomar remédio – reclamei pro Dr.
A enfermeira enfaixou o local machucado pra não ter perigo de entrar em contato com nada e acaba infeccionando.
Já era tarde, quando cheguei na portaria de meu prédio. Por volta das 22 horas, nunca vi fiquei o dia todo na rua. O acidente fez ficar um tempão plantada no pronto socorro, e ainda achar o bendito remédio nas farmácias que parecia ter os engolido.
Os números do elevador estavam lentos... Mais uma coisa pra atrasar a vida da gente, queria tanto um banho, colocar minha cabeça na minha cama e definitivamente, APAGAR.
Deza on:
Dani não veio trabalhar, Ricardo não quis me dizer o porque dela faltar, eu confesso que liguei varias vezes, mas ela não quis me atender..
Fim de noite e eu já saia do curso de musica, quando vi Luan ao longe, totalmente distraído.
- Oi! – disse toda animada, mas ele parecia não estar.
- Oi, tudo bem. – No me convenceu.
- Não parece. Quer conversar?
- Tem cerveja na sua casa? – Luan perguntou parecendo que ia aceitar meu convite.
- Bem gelada, e uma loira quente, bem na sua frente. - Não resisti a piada.
- Ahaushuas você é muito boba Andreza, mas eu vou sim, afinal to precisando de uma loira gelada e uma boa conversa.
- Só isso? – perguntei com segundas intenções.
- Ai já não posso garanti.
Luan me deu uma carona em seu carro, liguei pra Dani, pra saber dela, mas nada de atender, to ficando preocupada. E queria saber também se podia levar Luan e quem sabe deixar ele dormir por la.
- Não consigo falar com a minha amiga. A duda ta na facul, mas a.... – Luan interrompeu.
- Chegamos!
Fomos ate o apartamento e estava vazio, como esperava.
- Vou buscar a cerveja e uns amendoins pra gente ok?
- Ok, vou ver se tem algum filme novo aqui pra gente ver.
Voltei com, mas cervejas e pacotes de amendoim, mas não queria so beber, eu queria ele. Ok estou só um pouquinho atirada hoje. Kkkk Luan também nem pra colaborar ne? Quando voltei ele já estava sem camisa. Meu calor só aumentou.
- Tá calor ne? – brinquei com ele.
- ahuhsuahus um pouco, quer que eu coloque a camisa?
- Não, não... acho que ate vou tirar a minha kkkkkk
- Vem cá que eu tiro. – riu safado.
- Deixa de ser safado Luan!
Entreguei sua cerveja e assistíamos a tv.
- Você não disse que queria conversar? To esperando você começar...
- Não quero mais conversar, já passou. To meio confuso ai, mas não quero pensar nisso.
- E o que você quer agora?
- Você. – Luan me puxou pela cintura e me beijou, minhas mãos acariciava seu peitoral nu, e eu o senti arrepiar, Luan tirou minha blusa com certa agilidade, ouvi a porta sendo destrancada, deve ser a Duda... ela não liga.

Dani on:
Dificuldade de achar a chave, mais essa. Tudo na minha vida ta dando errado, o Jesus me ajuda.
Pensei que estava sozinha, a TV da sala estava ligada, dava pra ouvir o barulho de longe. Andreza! – supus. Mas para minha surpresa era Deza, e para o meu desgosto ela não estava sozinha. Aos beijos com aquele que me fez feliz a noite passada, com aquele que dormiu em meus braços jogados na areia da praia. Aquele que quase provocou minha morte por tanto ficar em meus pensamentos. LUAN, Luan e Andreza. JUNTOS! J-U-N-T-O-S deitados no sofá da minha sala, do meu apê, e ele com minha amiga. Fiquei paralisada na porta sem reação, minha perna enfaixada não se movia, meu cérebro tentava, e tentava implorá-la pra se mexer mas não consegui.

Continua... 

terça-feira, 19 de junho de 2012

Único


Capitulo 17
            O beijo foi ficando mais intenso. Fiquei sem respiração, sem fôlego. Me soltei. Olhei Luan um pouco com vergonha, ele riu mais uma vez, to começando a me encantar por esse sorriso... me puxou outra vez, mais um beijo, dessa vez  abençoado por deus através da chuva, que ficou mais forte. Nos soltamos, o frio nos atacou, rimos igual um casal apaixonado.
Luan avistou algo e me puxou pela mão. Era uma cabana, mais parecia um quiosque abandonado, na verdade, alguns pingos de chuva nos incomodavam, mas o olhar profundo de Luan em meu olhos, me faziam pensar em nada, ligar pra nada. Eu queria seus beijos, seus labios colados aos meus.
Luan pareia ler meus pensamentos, pois colou sua boca a minha, suas mãos envolviam minha cintura, sua língua já brincavam com a minha. O que eu to fazendo, Deus! Não quero saber, eu quero o mesmo que ele e agora.
Luan foi levantando minha blusa enquanto beijava meu pescoço, enquanto minhas mãos abriam sua bermuda, ele se livrou da minha blusa, tendo que pausar os beijos que agora voltara a minha boca. Encostou-me em uma espécie de poste que  sustentava o teto de palha, suas mãos me acariciavam com mais vontade, de repente senti Luan puxando minha perna pra sua cintura e ele encostou sua intimidade na minha, pude sentir sua excitação, o queria mais.
Joguei sua bermuda no chão e coloquei a mão em seu membro, já ereto e Luan deu um leve gemido, me beijando com voracidade, suas mãos tocavam meus seios, me deixando mais excitada, não falávamos nada, queríamos um ao outro. Luan abaixou minha calça junto com ela a minha calcinha, eu estava nua. Luan me olhou me admirando, mas logo voltou a me beijar, eu não aguentava mais tanta provocação de Luan. Segurei seu membro o direcionando a minha intimidade, ele me penetrou, minha vez de gemer, senti-lo em mim foi uma sensação maravilhosa.
Luan olhou em meus olhos e pude ver o prazer que ele sentia, cravei minhas pequenas unhas em suas costas, ele aumentou a velocidade, se ele continuasse assim eu chegaria ao ápice. Luan me pegou no colo se sentou em um banco do quiosque, pra que eu comandasse. Não resisti, investi com vontade, eu precisava do prazer que ele me dava.
- Ahhh! – gemi me controlando, sussurrando em seu ouvido.
Luan me puxou pra mais perto dele, me apertando o corpo, me avisou que gozaria e em segundos foi a vez dele se deliciar nas ondas do prazer. Eu relaxei em seu colo ainda ofegante, e Luan beijava meu colo enquanto sua respiração voltava ao normal.
Logo me dei conta que eu havia acabado de transar com a pessoa que eu mais... mais... odeio? Já não sei mais o que sinto por Luan, mas já era tarde, tudo já havia sido feito. Agi por impulso, outra vez.
- Tudo bem? Ele perguntou
- To, mas é que é tudo novo pra mim, ate ontem eu te odiava e agora... olha o que a gente fez. – disse enquanto me vestia.
- Ta arrependida?
- Não! – falei mais rápido do que pude imaginar. – Só que não esperava, só isso. – Luan se aproximou, me entregando minha blusa.
- Já ta tarde, não quer ficar por aqui comigo, curtindo o fim da madrugada?
- Mas aqui ao relento?
 - Não é você que gosta de dormir na praia? – ri sem graça.
- Eu tenho uma manta na mala do carro. Vou buscar.
Luan chegou com duas mantas na verdade, uma ele esticou no chão do quiosque que não estava molhada e com a outra ele nos cobriu. Dormimos ali juntos.




Continua...

domingo, 17 de junho de 2012

Único


Capitulo 16
Seus olhos fixaram minha boca, esqueci como se respira. Luan se juntou mais em mim, era agora, fechei meus olhos automaticamente esperando o beijo.
            Um pingo de chuva caiu sobre meu rosto, no susto afastei. Olhei o céu nuvens escuras tamparam as estrelas, mau sinal.
Não olhei Luan, sentei na areia.
- Vai chover – tentei puxar assunto, o clima de repente ficou muito estranho.
            Ouvi Luan sorrir, abaixei minha cabeça com vergonha.
- É vai sim! – ele se sentou ao meu lado.
            Respirei fundo sem o olhar..
- E ai você já foi ao México? – perguntei.
- Não, ainda não... Pretendo ir um dia – sorriu.
- Eu quero voltar, estou numa saudade da minha família, é tão ruim ficar sozinha aqui... Ficar sem eles. – cruzei as pernas abraçando-as.
- Eu não posso me imaginar viver sem a minha família, mas se Deus quiser vou conseguir seguir com carreira de cantor e viajar por esse mundo a fora vou ter que acostumar com a distancia.
            Sorri, olhando o brilho no olhar de Luan ao me contar seu sonho.
- Você acha que é impossível? Impossível viver um sonho tão alto?
- Não – respirei fundo – Na verdade eu acredito que se você acredita em seu sonho, não há nada que possa te impedir de realizá-lo. Apenas, se você cantar mal. – gargalhei.
- Eu não canto mal.
- Deixa eu ver. – sentei direito – Canta pra mim? – pedi sorrindo olhando Luan.
- Qual música?
- Qualquer uma que você quiser, quero ver se você tem bom gosto!
“Difícil demais
Te amar assim
Minha timidez
Tem que ter um fim
Preciso perder
O medo de falar
Prá não te perder
Vou me declarar
...”

            Meus olhos se encheram de lágrimas, Luan as limpou com suas mãos acariciando levemente meu rosto, fechei automaticamente os olhos.
            Ao abrir deparei com seu rosto tão perto do meu que fiquei sem reação, o único foco foi sua boca que não parava de me chamar, mordi os lábios com vontade, eu precisava tocar os lábios dele. Mas, era muito cedo... Muito cedo pra ter algo com alguém, não queria me envolver de novo. Pela força de minha consciência persistente. Desviei.
            Ficamos sem jeito novamente e voltamos a nos posicionar um pouco mais longe um do outro. Observei o mar tentando recuperar o fôlego. Tentando respirar direito. Por que aquele garoto mexe tanto comigo?
- Você me deixa muito confuso Dani... Desculpa! – pediu.
- Eu acho que... Acho melhor eu ir.
- Espere eu levo você!
- Não precisa, o shopping está perto. Preciso ficar sozinha.
            Sorri, levantei e deixei Luan sentando sozinho na areia.
- Dani – gritou. Olhei pra trás.
            Luan se levantou e veio caminhando devagar ate a mim. Olhei pros lados, os pingos de chuva já estavam mais forte e maiores, voltei a encarar Luan que agora estava mais perto. Ele pegou minha mão, fiquei tremula.
- Desculpa tentar beijar você aquela hora eu...
- Tudo bem Luan, acho que não to preparada pra ficar com ninguém – abaixei meu rosto – Ta tudo muito recente ainda.
            Suas mãos pegaram meu queixo forçando meus olhos fixarem nos seus. Os desviei para sua boca, ela me chamava ela pedia pra tocá-la. Garoto persistente, pensei.  Luan sorriu, e o inevitável aconteceu. Nossas bocas se juntaram por fim. A mão de Luan me puxava pra mais perto, entrelacei seu cabelo em meus dedos, sua língua brincava com a minha, mordi seus lábios. Luan sorriu...


Continua...

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Único


Capitulo 15
            Segui Luan, fomos no seu carro, deixei minha moto pra trás, não era muito longe, apesar de morar a alguns anos no Rio eu não conhecia muito bem os lugares. Mais quando vejo uma praia penso que estou no mesmo lugar de sempre, pra mim tudo é igual.
            Saímos do carro. Praia deserta, não havia sequer um ser humano. Lá longe somente a imensidão do mar, olhei Luan querendo uma explicação, sua mão intrelaçou com a minha.
- Vem! – e assim eu fiz, fui seguindo apenas aquela voz que parecia mais um monte de sinos. Luan estava me confundindo, já não me reconhecia mais, não conseguir dizer não uma vez se quer a ele.
            A areia macia envolvia o meu tênis, nos sentamos em meio as pedras, um pouco distante do limite da água, ninguém nos via, era perfeito tudo tão lindo. Tirei os sapatos, Luan só observava o mar. Respirou fundo.
- Isso aqui é lindo né?!
- Maravilhoso!
- Sempre venho aqui pra pensar, quando não tem nada pra fazer, gosto de ficar sozinho, o mar é meu refugio.
- Costuma trazer suas pretendentes aqui?
- Não! Na verdade nunca trouxe ninguém aqui.
- Nossa... hán... eu devo agradecer por isso? – perguntei sorrindo, Luan sorriu timidamente.
            Ficamos em silencio ambos observando a imensidão.
- Ele foi meu namorado a muito tempo – desabafei – Me traiu com minha amiga, os peguei no fraga...  – respirei fundo com imagens doloridas na mente – Queria matar cada um, cortar a cabeça e prender num prego, meu sangue pulsava tão quente que doía cada canto do meu corpo. Eu não estava com raiva por ele ta com minha amiga, mas tava com raiva pela traição, ele devia ter terminado comigo primeiro, eu nunca fiz nada pra ele sabe Luan, nunquinha pensei em traí-lo, tudo bem eu não tinha tempo pra gente, mas poxa custava entender? Eu sou uma futura medica, tenho compromisso com meus estudos. – Tagarelei sem parar.
- Moça...
- Danielle!
            Luan abaixou sua cabeça.
- Eu me chamo Danielle.
- Pensei que você nunca iria dizer seu nome.
            Sorri de lado.
- Isso é bom sabia!?
- Isso o quê? – perguntei curiosa.
- Você me contar essas coisas... Significa que ta começando a cofiar em mim.
- Você começou a demonstrar que posso cofiar.
             Sorrimos.
            Deitei na areia e fiquei olhando para o ceu estrelado, a brisa do mar, me confortava, na verdade, me acalmava, por um instante eu me senti feliz.
Sorri sozinha, achei graça da sensação, senti Luan se deitar ao meu lado, de barriga pra cima igual a mim, não desviei meu olhar do céu, mas sabia que ele me olhava.
- E como vai os estudos, você disse que estuda medicina. – perguntou Luan curioso.
- Ah, a vida é bem corrida, não tenho tempo pra mais quase nada, o meu dinheiro não da pra nada, se não fosse minhas amigas dividindo o apartamento não sei o que seria de mim.
Silencio, Luan parecia não estar mais ali me ouvindo.
- Luan? – disse sem olhar para o lado.
- Você é linda Danielle.
- Dani por favor, Danielle é muito formal. – Disse ignorando seu comentário, mesmo ficando sem graça. Ele é cego e maluco, so pode. Linda eu? Não...
Luan se aproximou mais de mim, eu senti sua respiração se aproximar, fixei mais ainda meus olhos nas estrelas, sua mão acariciou meu rosto, não resisti e o olhei, nos olhos, ele estava muito próximo, olhei sua boca. Voltei a olhar seus olhos, me afundei neles, senti seus lábios próximos aos meus, em menos de segundos nos beijaríamos.


Continua.... 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Único


Capitulo 14
Sorrimos, mas por pouco tempo, aquele sorriso de felicidade que há muito tempo não estava mais estampado no meu rosto logo voltou a ser so uma recordação. Parei, Luan parou automaticamente junto a mim. Minhas pernas bambas não deixaram continuar o caminho. Ao longe, o vi. Ele parado com braços cruzados bem no meio do corredor olhando fixamente pra minha direção. Havia me esquecido que ele também circulava por ali.
- Dani – Luan cutucou-me. Acordei.
- É... Desculpa, lembrei-me de uma coisa! Vamos?
- Eita porra, que muié maluca... Nunca vi ficar em transe só pra lembrar-se de uma coisa!
- Não enche Luan. – sorri olhando pra ele, não queria olhar pra Danilo, tentei ao máximo desviar o olhar.
- Ah espera ai... Vem cá! – disse ele empurrando-me pra porta de uma loja, Luan estava vidrado em um violão da vitrine – Vou ter que ir ver quanto que é! – sem nem me esperar falar ele entrou na loja. Aff parecia uma mulher fazendo compras (ok, péssima comparação) o acompanhei mas parei na porta, Luan não estava muito longe.
            O tempo que fiquei ali parada dando sopa foi o suficiente pra pessoa menos querida no momento se aproximar.  
- Posso saber quem é ele? – perguntou curioso a minha frente. Fingi não ouvir. – Não se faça de surda Danielle.
            O olhei furiosa.
- O que você quer inferno? Cadê a Katherine? Já se cansou dela? – o fuzilei com os olhos, sem esperar que me responda, sai de perto, fui para dentro da loja. Lado oposto de Luan e bem longe de Danilo. Bom... Isso foi o que pensei.
- Eu não to mais com a Katherine, Dani. – disse seguindo-me – Eu amo é você... Não é ela, nunca vai ser ela. – parei, meus olhos de fúria com dor e lagrimas se voltaram a Danilo. Respirei fundo, não iria chorar, não iria me mostrar fraca – Você devia ter pensado nisso antes de se deitar com ela né. Eu ainda não entendo o motivo Danilo, poxa a gente tinha lá nossos problemas, nossas desavenças, mas no final das contas era no seu colo que eu dormia, era o seu cabelo que eu puxava, era pra você que eu ligava quando estava mal... Eu gostava de você, e você estragou tudo. Me poupe de ver sua cara de sínico por favor, não me procure mais não quero ficar com você. Não quero mais nada que esteja você incluindo.
            Virei de costas deixando Danilo parado sozinho, dei três passos ate que sinto puxar meu braço.
- Você é minha Dani.
- Que isso garoto, eu nunca fui sua... Tira as mãos de mim Danilo, me larga, eu vou gritar.
- Vai gritar? Eu não ligo, eu sei que você ainda gosta de mim, tanto quanto eu gosto de você. Vamos, vamos começar de novo, esquecer tudo que aconteceu.
- Eu vou dizer so mais uma vez, larga meu braço – disse num tom mais firme tentando me soltar.
- Não! Você vem co...
- Solta ela! – Danilo surpreso procurou quem o interrompera, por cima de seu ombro vi Luan logo atrás de Danilo parado firme com as mãos em punho. Fiquei sem reação, não sabia o que dizer olhei Danilo afim dele me soltar, mas ele nada fez.
- Danilo! – pedi – Me solta.
- Voce ta surdo? Solta ela! – senti raiva em suas palavras.
- E quem você pensa que é playboy? Eu sou o namorado dela ninguém te chamou nessa conversa não meu irmão!
- Meu namorado? – falei espantada – Meu namorado? Agora chega Danilo me solta...
            Ele continuou a me puxar. Tentei me soltar mas não havia mais forças. Luan não se conteve, furioso veio pra cima de Danilo, que só assim me soltou.
- Vem... Eu não tenho medo de você – implicou.
- Parem vocês dois – gritei enfiando-me no meio – vem Luan vamos embora daqui – segurei na mão de Luan, saímos deixando Danilo pra trás.
- Espera! – Luan se soltou de mim.
- Ei, cara! – Danilo se virou pra Luan e foi recebido por um soco, me assustei, mas no fundo eu gostei do que vi. Dannilo com a mão na boca, sangrando. Puxei Luan de volta que ria de satisfação.
- Eu precisava disso. Agora sim, vamos...
            Andamos em silencio pela rua, Luan seguia meus passos. Não havia tanto movimento, se ouvia apenas alguns carros com motores pesados e barulhentos ou pessoas conversando na calçada. O tempo não era mais de sol, de uma hora pra outra o clima mudou completamente, o sol se fora, as nuvens escura tomaram o seu lugar.
- Vai chover ! – resmungou Luan. Sorri de lado em resposta – Você não vai mais falar comigo? – perguntou um pouco tristonho.
 - Eu não tenho o que falar! Na verdade não sei bem como começar a falar.
            Luan parou, parei automaticamente, olhando pra ele sem entender nada.
- Vem comigo? – pegou em minha mão, não sei que diacho aconteceu comigo mas desta vez eu não queria soltar.

Continua...