Capitulo
19
Dia da viajem,
acordei sorridente, já haviam passado duas semanas desde o combinado. Esperei
tanto por esse dia. Eu e Pami ficamos encarregadas das comidas e roupas de cama
e banho. A casa, melhor a chácara alugada, era mobilhada, mas comida e roupas
de cama e banho eram por nossa conta. Os meninos ficaram com o aluguel. Eles
não quiseram deixar eu e Pami pagar. Tudo pronto pra viagem era só esperar os
meninos chegarem. Pami de tão ansiosa dormiu na minha casa. Quando eles chegaram meu coração parecia que ia sair pela
boca. Eu ainda não havia feito nenhuma viajem sozinha, nem mesmo em Minas, meu
pai sempre estava junto, mas dessa vez éramos só nós, os amigos. Alguém
ai já pode imaginar o que vai dar esse fim de semana?
Tudo dentro do
carro, e eu me pergunto aonde nós iríamos? Porque não tinha muito espaço
naquele carro. Juliano e Luan na frente, eu, Pami e Fernando atrás totalmente
espremidos. Fernando ficou entre mim e Pamela. Sorridente Fernando brincou com
os meninos.
- E ai rapazes, eu sou, ou não sou fodão?! Eu
tenho duas e vocês dois chupando o dedo ai na frente. – caímos os cinco na
gargalhada. Fernando como sempre o palhaço da turma. A viagem ia demorar umas
horas. Então coloquei meu fone de ouvido e a primeira música invadiu meus
ouvidos fazendo-me viajar em pensamentos. Como ainda era manhã e eu acordara
muito cedo, acabei adormecendo. Com uma hora de viagem acordei com Luan me
chamando para o café da manhã.
- Amor acorda, vem vamos tomar café, ir ao
banheiro, antes de subirmos a serra. – Luan me acordou enquanto me tirava do
carro pegando-me no colo. Colocou-me no chão e eu despertei um pouco mais,
sorrindo pra ele.
- O que seria da minha vida sem você Luan? –
Luan olhou para o céu parecendo pensar na resposta.
- Seria chata demais? Você ficaria dormindo no
carro e morreria de fome no caminho de Petrópolis? E a sua vida seria um saco
sem meus beijos e carinhos. – Luan disse a última frase vindo me beijar. Eu
sorri segurei seu rosto com minhas mãos e o beijei.
- É seria assim mesmo! – falei a Luan enquanto ele se enlaçava na
minha cintura.
– É. Mas vamos entrar na lanchonete, antes que
os outros venham reclamar. – E me soltou passando o dedo indicador no meu
nariz. Fazendo-me sorrir.
Fomos caminhando pra lanchonete, mas
precisamente pra mesa em que estavam nossos amigos. Eu pedi um cappuccino e um
queijo quente, Luan pediu pão com queijo e presunto, e um copo de café. Os meninos
só tomavam um chocolate quente acompanhando Pami. Acabamos o nosso café e damos
continuidade a longa e entediante viagem. Ao subir a serra, o clima foi
esfriando. Eu olhava pra Pami e ela olhava pela janela. Fernando olhava pro
nada e eu batucava o banco do Luan. Luan me olhou pelo retrovisor e sorriu pra
mim. Não resisti e sorri também. Meu tédio foi por água a baixo. Como ele
consegue me tirar de qualquer clima ruim com apenas um sorriso? Incrível. Mas
umas duas horas de viagem e finalmente chegamos a Petrópolis. É lindo o lugar.
O clima frio é ótimo pra namorar. Fernando logo fez uma piada.
- Preciso arrumar alguém aqui pra me
esquentar. Não vou aguentar ficar de vela de vocês não. – caímos na gargalhada.
Juliano e Luan deram um pedala juntos em Fernando que fez cara de dor.
– AAAAi! Caramba assim vocês arrancam meu
cérebro. – falou passando a mão em seus cabelos.
- Que cérebro Fernando? Não sabia nem que
tinha um! Pra mim era uma ervilha que estava nessa cabeça - disse Juliano indo
abrir o porta malas do carro de Luan.
– Me ajuda aqui pangaré! – falou Juliano
tirando nossas malas do carro.
- Quando você me disser o que é pangaré eu vou
ai te ajudar. – Luan falou rindo.
- Anda Luan, esta pesado! Essas meninas
trouxeram a casa com elas.
- Engraçadinho! – resmunguei indo também
ajudar.
Realmente as nossas malas foram as mais
pesadas. Mas não havia só roupas, ele tinha que nos dar um desconto. Fernando
logo pegou as bebidas. Pami foi abrindo a casa pra que entrássemos. A chácara
ficava próxima a uma mata, fazendo o clima ser bem aconchegante. A chácara era
linda não muito grande, mas com espaço o suficiente pra cinco pessoas, com três
quartos, uma copa para seis pessoas. Uma cozinha espaçosa, balcão. Na sala
havia uma lareira, um tapete muito fofo, queria dormir ali alguma noite.
Entrei
espantada com a casa, era linda. Subi as escadas e escolhi um dos quartos e me acomodei. Peguei o último. Pami
ficou com o do meio e Fernando ficou como primeiro. Ele disse que não queria
passar em frente ao nosso quarto e ouvir coisas. Com coisa que ele também não
arrastaria alguém pro quarto dele. Eu me acomodei no meu e arrumei as minhas
coisas e as do Luan. Um final de semana com meus amigos e com meu amor. Fim de
semana perfeito. Será?
Próximo a casa havia uma casa que pertencia ao caseiro, o
Jorge. Ele tem uma filha. Não gostei. Que se chama Bianca, loira, bonita,
diga-se de passagem. Um perigo na verdade. Espero que Fernando não se engrace
pro lado dela. Não a quero perto do Luan. Eu sei Luan me ama. Mas sabe como é,
é sempre bom evitar. E eu tenho ciúmes dele sim poxa.
Hora do almoço, eu e Pami fomos pra cozinha nos aventurar
por lá. Fizemos uma macarronada. Todos em volta da mesa, prontos pra atacar. Pareciam
cachorros famintos esperando por um pedaço de carne. Em minutos já havíamos
devorado todo o macarrão. Fomos pra sala onde a lareira já havia sido acessa.
Por incrível que parece Petrópolis estava frio naquela sexta. Deitamo-nos pelo
chão da sala, naquele tapete maravilhoso. Acabamos adormecendo. Todos.
À tarde após o cochilo, resolvemos dar um passeio pela
cidade. Vinte minutos de carro chegamos à cidade. Linda e aconchegante parecia
estarmos na época de Dom Pedro. Resolvemos que iríamos visitar o Museu Imperial
no sábado. Em Petrópolis também tem uma rua, a Rua Teresa, que é um dos polos
de venda de roupas, eu e Pami fizemos a festa pra desgosto dos meninos. Que só
não ficaram tão chateados porque os presenteamos também.
- A gente veio pra cá pra se divertir e não comprarmos a
cidade toda! – exclamou Juliano.
- Ai
cala a boca Juliano e vai caçar uma mulher vai... – eu reclamei.
- Eu já
tenho mulher. A Pami. A mulher da minha vida. – Pami ficou sem graça mas logo
sorriu quando seu namorado a abraçou.
– Amor segura essa sacola pra mim? Tá pesada.
- Claro
você quis levar a loja toda. – Luan resmungou.
- Fica
quieto ai que tem coisa pra você dentro dessa sacola tá?
- Ui
não quero nem saber o que é. Já sei que a noite desses dois vai ser quente. –
Juliano fez piada
- CALA
A BOCA JULIANO! - eu e Luan gritamos
juntos, eu claro estava cheia de vergonha, não precisavam saber das minhas
intenções.
Aconchegamo-nos na sala exaustos das compras, Fernando
que não foi com a gente adentrou a sala com uma cerveja na mão. Se sentando ao
meu lado, dando um pedala em Luan.
- E ai como
foi o inferno das compras? – perguntou a Luan dando um gole em sua cerveja.
- Não tão
ruim quanto ficar aqui com você. – Luan replicou se levantando pra pegar uma
bebida.
- Amor traz um
refrigerante pra mim. – Pedi a Luan que estava longe. – Amor não prefere
uma ice? – Perguntou-me da cozinha. – Bebida alcoólica só mais tarde Luan. – e
comecei a rir. Luan já queria me embebedar. No mínimo pra se aproveitar de mim.
A campainha tocou, eu, Juliano, Pamela e Fernando, um atrás do outro parecendo
um efeito dominó dissemos:
- É pra você Luan. – Caímos na gargalhada.
- Quanta preguiça! – Luan falou atravessando a
sala e jogando minha bebida em minha direção. Eu pisquei pra ele que sorriu.
Quando Luan abriu a porta era a Bianca, a filha do caseiro. Vestida de um short
jeans curtíssimo. Uma camiseta xadrez. Luan a olhou de cima a baixo, eu vi. Maldita hora que eu não quis atender essa
porta. Meu ciúme logo deu sinal de vida. Mas o mandei calar a boca.
- Oi! – Bianca disse com um largo sorriso no
rosto.
- Oi! Precisa de algo? – Luan a perguntou
mexendo em seu cabelo na nuca. Estava nervoso.
- Na verdade preciso. – E sorriu – Preciso de
um homem. – Eu na mesma hora que ouvi engasguei com o refrigerante. Que
ousadia! Luan tossiu e olhou pra mim assustado.
– Preciso de um homem pra me ajudar a empurrar
uns moveis na minha casa. Meu pai precisou sair e quero saber se alguns de
vocês podem me ajudar. – a loira disse fazendo cara de pidona. Luan me olhou
sem graça! Eu cerrei meus olhos, dizendo mentalmente que se ele fosse ele
morreria. Ele entendeu porque logo disse:
- Fernando, vai você porque é o único que não
tem nada pra fazer.
- A não Luan to tão bem aqui! – Fernando falou
se ajeitando ainda mais no sofá. Eu dei um pedala nele.
- Vai ajudar a garota, o preguiça! – Aproximei-me
de Fernando e disse em seu ouvido. – De quebra você ainda ganha ponto com ela
bobo. – Fernando riu safado e se levantou indo ajudar a menina. Luan fechou a
porta e se sentou ao meu lado.
- Já disse que te amo, hoje? – Falou sorrindo
pra mim e me abraçando. Parei pra pensar.
- Hum! Hoje não. Mas
agora não adianta mais, eu vi o jeito que você olhou pra aquela loira azeda.
- Ciumes essa hora do dia Deza?
- Pensasse antes de olhar pra ela Luan.
– me afastei indo para meu quarto tomar um banho, eu estava exausta da viajem,
das compras e essa cena que presenciei realmente não me fez muito bem, um banho
ajudaria com certeza.
Liguei o chuveiro na temperatura
inverno, o lugar estava frio, um banho quente me animaria com certeza. Quando o
espelho já estava embaçado, abri o box e me joguei debaixo do chuveiro
relaxando e tentando não lembrar do Luan olhando aquela garota, ela não ia
estragar a minha viajem com os meu amigos.
Ouvi o barulho da porta e me
amaldiçoei por não ter fechado antes de entrar no banho. Luan estava no quarto
e de repente veio uma vontade de provoca-lo.
Demorei mais um pouco no banho pra
ver se ele saia do quarto, mas acho que foi em vão, então eu ia colocar meu
plano em pratica. Sai só de toalha do banheiro, com cabelos molhados e quando
entrei no quarto o vento frio que entrava pela janela me fez bater o queixo.
- Vem cá que eu te esquento. – disse
deitado na nossa cama.
- Vai lá ajudar a Bianca. – disse fingindo
ainda estar com raiva.
- Você ainda tá com raiva?
- O que você acha?
- Deixa de ser boba Deza, você sabe
que eu só tenho olhos pra você!
- Eu vi muito bem o seus olhos
comendo ela Luan, agora me deixa que eu quero me trocar.
- Eu não vou sair. – disse com raiva.
- Que seja então.
Era a hora de provoca-lo, deixei
minha toalha cair no chão, ficando completamente nua na frente dele que fingia
mexer em seu celular. Fiquei de costas enquanto procurava uma roupa pra usar,
abaixei-me bem em sua frente, e dei um pequeno gemido por causa da dificuldade
em pegar minha calcinha que caiu no chão. Consegui pegar e comecei a me vesti,
percebi Luan um pouco atordoado e reparando no tamanho da mesma, sabia que isso
ia mexer com ele. Continuei a me vestir, agora era o sutiã.
Não demorou muito e senti Luan atrás
de mim me abraçando pela cintura e beijando meu pescoço.
- Me solta Luan! – pedi com
dificuldade.
- Não faz isso comigo Deza. Eu não olhei
por maldade.
- Eu vi de outra forma. – disse já
com um sorriso no rosto, eu consegui o que queria. Luan me virou de frente pra
ele, olhando todo o meu corpo quase nu.
- Você sabe que eu só tenho olhos
pra você, mas eu sou homem, foi inevitável. Mas quer saber? Eu prefiro você minha
Deza.
- Mesmo?
- Você ainda duvida sua tonta?
- Duvido sim.
Luan não disse mais nada, apenas me
beijou com calma, me abraçou mais forte pela cintura e eu já perdia todo o meu
ar com aquele beijo. Luan pedia passagem com a língua e sorria com a minha resistência,
eu já fazia tudo aquilo por puro charme, mas não podia deixar barato, não sou
boba. Dei passagem para sua língua, aprofundando nosso beijo, Luan me encostou
no guarda roupas e começou a mordiscar meu pescoço.
- Você me perdoa? – disse quando
parou de me beijar.
- E eu consigo ficar com raiva de você
por muito tempo? Tá perdoado. – dei outro beijo nele e comecei a rir sem graça.
– Agora posso terminar de me vestir?
- Você sabe que eu prefiro você sem
nada disso. Mas vou deixar sim, vou lá pra baixo e te espero no sofá, ok?
- Tá bom.
Luan desceu me deixando sozinha
rindo feito uma boba apaixonada, continuando a me vestir.
Na sala, Luan estava deitado no sofá
e dormia feito um anjo, não aguentei e fui despertar o lado diabólico dele. Me deitei
ao seu lado no sofá quase caindo, mas o acordei com beijos em seu pescoço.
- Demorei tanto assim é? – disse me
achegando mais a ele.
- Que nada! Eu que to cansado mesmo.
- É a viajem foi mesmo cansativa.
- Vamos sair hoje a noite? – Luan perguntou
se afundando em meu pescoço, respirando e me arrepiando com o seu hálito quente
batendo em meu pescoço.
- Não sei os meninos não disseram
nada.
- Eu prefiro ficar aqui com você – Luan
disse safado.
- Deixa de ser safado Luan. – disse sorrindo
Luan aproveitou que não havia ninguém
na sala, pois todos estavam em seus respectivos quartos, provavelmente se
arrumando pra sairmos a noite, e voltou a me beijar. Sua mão me apertou a minha
coxa a apertando, me deixando sem ar. Seus beijos me arrepiavam e aumentava meu
desejo, apagando toda a raiva que eu sentia por ele minutos atrás, eu sabia que
ele só tinha olhos pra mim, que só me queria. Agora eu percebia mais ainda com
sua ereção roçando em mim.
- Para de me enlouquecer Luan.
- Quero te convencer a ficar comigo
aqui essa noite.
- Desse jeito eu vou acabar
aceitando... – Luan voltou a me beijar me enlouquecendo cada vez mais.
- Opa! Casalzinho quer se multiplicar? Vá para
o quarto. – falou Juliano rindo e empurrando Pamela em direção as escadas.
- Vão vocês pro quarto. Não estou em condições
de sair desse sofá. – Falou Luan logo afundando seu rosto no meu pescoço
respirando fundo me arrepiando outra vez. Ele se deitou sobre meu corpo
depositando todo seu peso sobre mim. Eu sorria um pouco envergonhada em ser
pega no flagra. Acariciei os cabelos de Luan. E o clima foi esfriando.
- Luan estou com fome! – disse beijando sua
testa.
- Hum o que tem pra comer? – Perguntou-me Luan
se ajeitando no sofá de forma que ficamos os dois deitados um de frente ao
outro.
- Não sei. – Respondi.
- Vou ver o que tem pra comer e trago pra você
ok? – disse saindo do sofá indo pra cozinha. Eu amo esse garoto.
Continua...
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