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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Em Pleno Rio de Janeiro - 2ª Edição



Capitulo 19

Dia da viajem, acordei sorridente, já haviam passado duas semanas desde o combinado. Esperei tanto por esse dia. Eu e Pami ficamos encarregadas das comidas e roupas de cama e banho. A casa, melhor a chácara alugada, era mobilhada, mas comida e roupas de cama e banho eram por nossa conta. Os meninos ficaram com o aluguel. Eles não quiseram deixar eu e Pami pagar. Tudo pronto pra viagem era só esperar os meninos chegarem. Pami de tão ansiosa dormiu na minha casa. Quando eles chegaram meu coração parecia que ia sair pela boca. Eu ainda não havia feito nenhuma viajem sozinha, nem mesmo em Minas, meu pai sempre estava junto, mas dessa vez éramos só nós, os amigos. Alguém ai já pode imaginar o que vai dar esse fim de semana?

Tudo dentro do carro, e eu me pergunto aonde nós iríamos? Porque não tinha muito espaço naquele carro. Juliano e Luan na frente, eu, Pami e Fernando atrás totalmente espremidos. Fernando ficou entre mim e Pamela. Sorridente Fernando brincou com os meninos.
- E ai rapazes, eu sou, ou não sou fodão?! Eu tenho duas e vocês dois chupando o dedo ai na frente. – caímos os cinco na gargalhada. Fernando como sempre o palhaço da turma. A viagem ia demorar umas horas. Então coloquei meu fone de ouvido e a primeira música invadiu meus ouvidos fazendo-me viajar em pensamentos. Como ainda era manhã e eu acordara muito cedo, acabei adormecendo. Com uma hora de viagem acordei com Luan me chamando para o café da manhã.

- Amor acorda, vem vamos tomar café, ir ao banheiro, antes de subirmos a serra. – Luan me acordou enquanto me tirava do carro pegando-me no colo. Colocou-me no chão e eu despertei um pouco mais, sorrindo pra ele.
- O que seria da minha vida sem você Luan? – Luan olhou para o céu parecendo pensar na resposta.
- Seria chata demais? Você ficaria dormindo no carro e morreria de fome no caminho de Petrópolis? E a sua vida seria um saco sem meus beijos e carinhos. – Luan disse a última frase vindo me beijar. Eu sorri segurei seu rosto com minhas mãos e o beijei.
- É seria assim mesmo!  – falei a Luan enquanto ele se enlaçava na minha cintura.
– É. Mas vamos entrar na lanchonete, antes que os outros venham reclamar. – E me soltou passando o dedo indicador no meu nariz. Fazendo-me sorrir.

Fomos caminhando pra lanchonete, mas precisamente pra mesa em que estavam nossos amigos. Eu pedi um cappuccino e um queijo quente, Luan pediu pão com queijo e presunto, e um copo de café. Os meninos só tomavam um chocolate quente acompanhando Pami. Acabamos o nosso café e damos continuidade a longa e entediante viagem. Ao subir a serra, o clima foi esfriando. Eu olhava pra Pami e ela olhava pela janela. Fernando olhava pro nada e eu batucava o banco do Luan. Luan me olhou pelo retrovisor e sorriu pra mim. Não resisti e sorri também. Meu tédio foi por água a baixo. Como ele consegue me tirar de qualquer clima ruim com apenas um sorriso? Incrível. Mas umas duas horas de viagem e finalmente chegamos a Petrópolis. É lindo o lugar. O clima frio é ótimo pra namorar. Fernando logo fez uma piada.

- Preciso arrumar alguém aqui pra me esquentar. Não vou aguentar ficar de vela de vocês não. – caímos na gargalhada. Juliano e Luan deram um pedala juntos em Fernando que fez cara de dor.
– AAAAi! Caramba assim vocês arrancam meu cérebro. – falou passando a mão em seus cabelos.
- Que cérebro Fernando? Não sabia nem que tinha um! Pra mim era uma ervilha que estava nessa cabeça - disse Juliano indo abrir o porta malas do carro de Luan.
– Me ajuda aqui pangaré! – falou Juliano tirando nossas malas do carro.
- Quando você me disser o que é pangaré eu vou ai te ajudar. – Luan falou rindo.
- Anda Luan, esta pesado! Essas meninas trouxeram a casa com elas.
- Engraçadinho! – resmunguei indo também ajudar.

Realmente as nossas malas foram as mais pesadas. Mas não havia só roupas, ele tinha que nos dar um desconto. Fernando logo pegou as bebidas. Pami foi abrindo a casa pra que entrássemos. A chácara ficava próxima a uma mata, fazendo o clima ser bem aconchegante. A chácara era linda não muito grande, mas com espaço o suficiente pra cinco pessoas, com três quartos, uma copa para seis pessoas. Uma cozinha espaçosa, balcão. Na sala havia uma lareira, um tapete muito fofo, queria dormir ali alguma noite.

 Entrei espantada com a casa, era linda. Subi as escadas e escolhi um dos quartos e me acomodei. Peguei o último. Pami ficou com o do meio e Fernando ficou como primeiro. Ele disse que não queria passar em frente ao nosso quarto e ouvir coisas. Com coisa que ele também não arrastaria alguém pro quarto dele. Eu me acomodei no meu e arrumei as minhas coisas e as do Luan. Um final de semana com meus amigos e com meu amor. Fim de semana perfeito. Será?

Próximo a casa havia uma casa que pertencia ao caseiro, o Jorge. Ele tem uma filha. Não gostei. Que se chama Bianca, loira, bonita, diga-se de passagem. Um perigo na verdade. Espero que Fernando não se engrace pro lado dela. Não a quero perto do Luan. Eu sei Luan me ama. Mas sabe como é, é sempre bom evitar. E eu tenho ciúmes dele sim poxa.

Hora do almoço, eu e Pami fomos pra cozinha nos aventurar por lá. Fizemos uma macarronada. Todos em volta da mesa, prontos pra atacar. Pareciam cachorros famintos esperando por um pedaço de carne. Em minutos já havíamos devorado todo o macarrão. Fomos pra sala onde a lareira já havia sido acessa. Por incrível que parece Petrópolis estava frio naquela sexta. Deitamo-nos pelo chão da sala, naquele tapete maravilhoso. Acabamos adormecendo. Todos.

À tarde após o cochilo, resolvemos dar um passeio pela cidade. Vinte minutos de carro chegamos à cidade. Linda e aconchegante parecia estarmos na época de Dom Pedro. Resolvemos que iríamos visitar o Museu Imperial no sábado. Em Petrópolis também tem uma rua, a Rua Teresa, que é um dos polos de venda de roupas, eu e Pami fizemos a festa pra desgosto dos meninos. Que só não ficaram tão chateados porque os presenteamos também.

- A gente veio pra cá pra se divertir e não comprarmos a cidade toda! – exclamou Juliano.
- Ai cala a boca Juliano e vai caçar uma mulher vai... – eu reclamei.
- Eu já tenho mulher. A Pami. A mulher da minha vida. – Pami ficou sem graça mas logo sorriu quando seu namorado a abraçou.
 – Amor segura essa sacola pra mim? Tá pesada.
- Claro você quis levar a loja toda. – Luan resmungou.
- Fica quieto ai que tem coisa pra você dentro dessa sacola tá?
- Ui não quero nem saber o que é. Já sei que a noite desses dois vai ser quente. – Juliano fez piada
- CALA A BOCA JULIANO!  - eu e Luan gritamos juntos, eu claro estava cheia de vergonha, não precisavam saber das minhas intenções.

Aconchegamo-nos na sala exaustos das compras, Fernando que não foi com a gente adentrou a sala com uma cerveja na mão. Se sentando ao meu lado, dando um pedala em Luan.

- E ai como foi o inferno das compras? – perguntou a Luan dando um gole em sua cerveja.
- Não tão ruim quanto ficar aqui com você. – Luan replicou se levantando pra pegar uma bebida.
- Amor traz um refrigerante pra mim. – Pedi a Luan que estava longe. – Amor não prefere uma ice? – Perguntou-me da cozinha. – Bebida alcoólica só mais tarde Luan. – e comecei a rir. Luan já queria me embebedar. No mínimo pra se aproveitar de mim. A campainha tocou, eu, Juliano, Pamela e Fernando, um atrás do outro parecendo um efeito dominó dissemos:

- É pra você Luan. – Caímos na gargalhada.
- Quanta preguiça! – Luan falou atravessando a sala e jogando minha bebida em minha direção. Eu pisquei pra ele que sorriu. Quando Luan abriu a porta era a Bianca, a filha do caseiro. Vestida de um short jeans curtíssimo. Uma camiseta xadrez. Luan a olhou de cima a baixo, eu vi.  Maldita hora que eu não quis atender essa porta. Meu ciúme logo deu sinal de vida. Mas o mandei calar a boca.

- Oi! – Bianca disse com um largo sorriso no rosto.
- Oi! Precisa de algo? – Luan a perguntou mexendo em seu cabelo na nuca. Estava nervoso.
- Na verdade preciso. – E sorriu – Preciso de um homem. – Eu na mesma hora que ouvi engasguei com o refrigerante. Que ousadia! Luan tossiu e olhou pra mim assustado.
– Preciso de um homem pra me ajudar a empurrar uns moveis na minha casa. Meu pai precisou sair e quero saber se alguns de vocês podem me ajudar. – a loira disse fazendo cara de pidona. Luan me olhou sem graça! Eu cerrei meus olhos, dizendo mentalmente que se ele fosse ele morreria. Ele entendeu porque logo disse:

- Fernando, vai você porque é o único que não tem nada pra fazer.
- A não Luan to tão bem aqui! – Fernando falou se ajeitando ainda mais no sofá. Eu dei um pedala nele.
- Vai ajudar a garota, o preguiça! – Aproximei-me de Fernando e disse em seu ouvido. – De quebra você ainda ganha ponto com ela bobo. – Fernando riu safado e se levantou indo ajudar a menina. Luan fechou a porta e se sentou ao meu lado.
- Já disse que te amo, hoje? – Falou sorrindo pra mim e me abraçando. Parei pra pensar.
- Hum! Hoje não. Mas agora não adianta mais, eu vi o jeito que você olhou pra aquela loira azeda.
- Ciumes essa hora do dia Deza?
- Pensasse antes de olhar pra ela Luan. – me afastei indo para meu quarto tomar um banho, eu estava exausta da viajem, das compras e essa cena que presenciei realmente não me fez muito bem, um banho ajudaria com certeza.

Liguei o chuveiro na temperatura inverno, o lugar estava frio, um banho quente me animaria com certeza. Quando o espelho já estava embaçado, abri o box e me joguei debaixo do chuveiro relaxando e tentando não lembrar do Luan olhando aquela garota, ela não ia estragar a minha viajem com os meu amigos.

Ouvi o barulho da porta e me amaldiçoei por não ter fechado antes de entrar no banho. Luan estava no quarto e de repente veio uma vontade de provoca-lo.

Demorei mais um pouco no banho pra ver se ele saia do quarto, mas acho que foi em vão, então eu ia colocar meu plano em pratica. Sai só de toalha do banheiro, com cabelos molhados e quando entrei no quarto o vento frio que entrava pela janela me fez bater o queixo.

- Vem cá que eu te esquento. – disse deitado na nossa cama.
- Vai lá ajudar a Bianca. – disse fingindo ainda estar com raiva.
- Você ainda tá com raiva?
- O que você acha?
- Deixa de ser boba Deza, você sabe que eu só tenho olhos pra você!
- Eu vi muito bem o seus olhos comendo ela Luan, agora me deixa que eu quero me trocar.
- Eu não vou sair. – disse com raiva.
- Que seja então.

Era a hora de provoca-lo, deixei minha toalha cair no chão, ficando completamente nua na frente dele que fingia mexer em seu celular. Fiquei de costas enquanto procurava uma roupa pra usar, abaixei-me bem em sua frente, e dei um pequeno gemido por causa da dificuldade em pegar minha calcinha que caiu no chão. Consegui pegar e comecei a me vesti, percebi Luan um pouco atordoado e reparando no tamanho da mesma, sabia que isso ia mexer com ele. Continuei a me vestir, agora era o sutiã.
Não demorou muito e senti Luan atrás de mim me abraçando pela cintura e beijando meu pescoço.

- Me solta Luan! – pedi com dificuldade.
- Não faz isso comigo Deza. Eu não olhei por maldade.
- Eu vi de outra forma. – disse já com um sorriso no rosto, eu consegui o que queria. Luan me virou de frente pra ele, olhando todo o meu corpo quase nu.
- Você sabe que eu só tenho olhos pra você, mas eu sou homem, foi inevitável. Mas quer saber? Eu prefiro você minha Deza.
- Mesmo?
- Você ainda duvida sua tonta?
- Duvido sim.

Luan não disse mais nada, apenas me beijou com calma, me abraçou mais forte pela cintura e eu já perdia todo o meu ar com aquele beijo. Luan pedia passagem com a língua e sorria com a minha resistência, eu já fazia tudo aquilo por puro charme, mas não podia deixar barato, não sou boba. Dei passagem para sua língua, aprofundando nosso beijo, Luan me encostou no guarda roupas e começou a mordiscar meu pescoço.

- Você me perdoa? – disse quando parou de me beijar.
- E eu consigo ficar com raiva de você por muito tempo? Tá perdoado. – dei outro beijo nele e comecei a rir sem graça. – Agora posso terminar de me vestir?
- Você sabe que eu prefiro você sem nada disso. Mas vou deixar sim, vou lá pra baixo e te espero no sofá, ok?
- Tá bom.

Luan desceu me deixando sozinha rindo feito uma boba apaixonada, continuando a me vestir.
Na sala, Luan estava deitado no sofá e dormia feito um anjo, não aguentei e fui despertar o lado diabólico dele. Me deitei ao seu lado no sofá quase caindo, mas o acordei com beijos em seu pescoço.

- Demorei tanto assim é? – disse me achegando mais a ele.
- Que nada! Eu que to cansado mesmo.
- É a viajem foi mesmo cansativa.
- Vamos sair hoje a noite? – Luan perguntou se afundando em meu pescoço, respirando e me arrepiando com o seu hálito quente batendo em meu pescoço.
- Não sei os meninos não disseram nada.
- Eu prefiro ficar aqui com você – Luan disse safado.
- Deixa de ser safado Luan. – disse sorrindo

Luan aproveitou que não havia ninguém na sala, pois todos estavam em seus respectivos quartos, provavelmente se arrumando pra sairmos a noite, e voltou a me beijar. Sua mão me apertou a minha coxa a apertando, me deixando sem ar. Seus beijos me arrepiavam e aumentava meu desejo, apagando toda a raiva que eu sentia por ele minutos atrás, eu sabia que ele só tinha olhos pra mim, que só me queria. Agora eu percebia mais ainda com sua ereção roçando em mim.

- Para de me enlouquecer Luan.
- Quero te convencer a ficar comigo aqui essa noite.
- Desse jeito eu vou acabar aceitando... – Luan voltou a me beijar me enlouquecendo cada vez mais.
- Opa! Casalzinho quer se multiplicar? Vá para o quarto. – falou Juliano rindo e empurrando Pamela em direção as escadas.
- Vão vocês pro quarto. Não estou em condições de sair desse sofá. – Falou Luan logo afundando seu rosto no meu pescoço respirando fundo me arrepiando outra vez. Ele se deitou sobre meu corpo depositando todo seu peso sobre mim. Eu sorria um pouco envergonhada em ser pega no flagra. Acariciei os cabelos de Luan. E o clima foi esfriando.
- Luan estou com fome! – disse beijando sua testa.
- Hum o que tem pra comer? – Perguntou-me Luan se ajeitando no sofá de forma que ficamos os dois deitados um de frente ao outro.
- Não sei. – Respondi.
- Vou ver o que tem pra comer e trago pra você ok? – disse saindo do sofá indo pra cozinha. Eu amo esse garoto.

Continua...


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