Capitulo 5
Enquanto Luan
escolhia um filme pra vermos, eu me perdia em meus pensamentos deitada no sofá.
Ainda não acreditava que tinha transado com o Luan. Ainda
mais porque havia poucos dias em
que o conhecia e ainda por cima era o nosso primeiro
encontro oficial. Nunca me imaginei fazendo isso, com o Felipe eu
demorei bem mais.
- Esse Luan me enlouquece. – pensei alto.
- Eu te enlouqueço? – disse sentando ao meu
lado. Eu me assustei e ri sem graça.
Ele me abraçou
pela cintura beijando-me. Ia dar vazão ao nosso desejo, quando ouvi um barulho
na porta da casa, e por instinto soltei-me de Luan.
- Crianças! – brincou meu pai olhando para nos
dois.
- Pai esse é o Luan, Luan esse é o meu pai,
Pedro. – falei apresentando um ao outro. – Pai ele é meu amigo e da Pami.
- Ah, Boa Noite Luan, filha já ta na
hora de jantar, não esta não? – meu pai, sempre indireto. Olhei pra Luan, rindo
sem graça e ele me retribuiu com um sorriso lindo, e acariciou meu cabelo.
- Ta sim pai, e eu já entendi. –
disse me levantando o olhando de cara feia o repreendendo pela vergonha que
acabara de passar.
- Ok, vou tomar um banho, tem algo pra comer?
– Perguntou-me.
- Hum... Sanduíche serve?
- Não, não. Vamos jantar fora Andreza. – falou
meu pai saindo da sala e indo pro seu quarto. Eu ri pro Luan.
- Então vou indo Andreza.
- Deza. – o corrigi.
- Ok, to indo Deza, você vai se ocupar e não
quero te atrapalhar. E, bem... Seu pai já me expulsou
mesmo... – riu sem graça. Eu dei um selinho em sua boca. Ele me segurou pela
cintura e me beijou mais profundamente.
- Amei a nossa tarde. E eu tava aqui pensando... E se a gente repetir? –
falou sorrindo.
- Vou pensar. – rimos.
O Levei até a porta. Ele se despediu com um
selinho e foi pra casa.
Meia hora depois
meu pai me chama pra irmos jantar.
- To terminando pai, espera só um pouquinho? –
gritei do quarto. Cinco minutos depois apareço na sala.
- Esta linda minha filha! – sorri e fomos
jantar.
Foi divertido
como sempre. Mais divertido ainda ele fazendo um
interrogatório sobre Luan. Quis saber o que ele queria lá em casa, e eu disse
que ele me levou pra conhecer um ponto turístico da cidade, e que eu o convidei
pra ver um filme como agradecimento. Meu pai riu, sabia que a intenção do Luan não
era essa e quis me alertar sobre isso. Eu agradeci sua preocupação e disse que
estava tudo sobre controle. Meu pai não pode nem sonhar com o que aconteceu
naquele apartamento, ele é ciumento demais, com um beijo ele surta, imagina com
o resto. Mas eu amo meu pai mesmo assim.
O restaurante era
próximo a praia. Passam artistas por ali. Jantamos tranquilamente, rimos,
conversamos mais um pouco. Era bom ter tempo com
meu pai. Ainda mais em momentos como esse.
***
Quando chegamos
em casa eu logo liguei pra Pami.
- Alô? – disse ela do outro lado da linha.
- Pami! Sou eu Deza.
- Oi minha linda! Como foi seu dia?
- Pami por acaso você deu o número do meu
celular pro Luan? – perguntei indo direto ao assunto.
- Sim fui eu. Fiz besteira? – disse em um tom de medo.
- Claro que não amiga! É que eu não esperava pela ligação sabe, eu
fiquei de dar meu numero a ele, mas não deu tempo na balada, e me assustei
quando me ligou. Mas tá tudo bem uai.
- E como foi amiga? – Pami perguntou
curiosa.
- Ah ele me ligou, eu estava na rua caçando um curso pra fazer, nos encontramos
no posto sete, ele lembrou que me viu ali, no dia que eu cheguei e a gente foi
tomar agua de coco.
- E o que mais amiga me fala!! –
pame já estava desesperada a essa altura do telefonema,
- Uai, a gente se encontrou, já
falei isso ne? Então ele me levou ao Pão de açúcar, e acabou rolando um beijo!
- UM BEIJO?
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA COMO ASSIM AMIGA? – Pam já gritava ao telefone.
- Uai amiga, beijo, uma boca encosta
na outra e rola língua... beijo.
- Ah que lindo! Eu sabia que ele
tava afim de você.
- Ah boba, e você descobre isso só
com um beijo? – você viaja Pam... – não quis contar além disso pra ela ao
telefone. Quis manter o suspense.
- Quero saber os detalhes amiga. – Pamela falou
sorrido.
- Nãããããão. – gritei. – Castigo amiga por não
me contar que passou meu telefone pra ele.
- Ah não Deza, me
conta vai? Não vou consegui dormir.
- Vai sim porque eu quero você
amanha aqui antes de você ir a faculdade pra eu te contar.
- Promete?
- Prometo. – ri sozinha com o
suspense que fazia com ela, que estava muito curiosa.
- Ok, ok. – Pamela se rendeu. - amanhã eu
passo aí e você me conta. Ok?
- Ok. Tchau amiga.
- Tchau, Deza. – Pami se despediu e desligou o
telefone.
Tomei
um banho relaxante, pensando em tudo o que acontecera durante o meu dia, eu mal
o conhecia e já tinha acontecido tudo isso, não quero pensar como será os
próximos encontros, acho que vou ficar sem graça. Sai do banho enrolada na
minha toalha, busquei minha camisola mais surradinha, me vesti e deitando na
cama, logo apaguei.
No dia seguinte
fui acordada com gritos. Era a Pami pulando em cima da minha cama.
- Deza minha linda acorda, vamos já está
tarde.
- Sai!! Deixe-me dormir. – Reclamei.
- Não. Eu quero saber como foi sua tarde com
Luan, anda acorda! – Pami puxou meu edredom e eu a olhei com raiva me
entregando ao seu pedido.
- Ai Pami. Como você
entrou aqui? Foi meu pai ne? Ai nem pra me deixar dormir.
- Ah para de conversa
fiada que foi você que disse pra vir aqui de manha. – fingiu estar chateada.
- Eu pedi de manha e não de
madrugada Pamela. – me cobri com o edredom.
- Deixa de ser chata
porque já são onze da manha, e eu logo me atraso pra primeira aula. Anda
levanta Deza! – Pami implorou.
- Ai! O que quer saber? – perguntei mal humorada.
Não gosto de ser acordada.
- Ai, amiga. Que mau humor!
- Desculpa. Mas não gosto de ser acordada.
Mas... – despreguicei – já que me acordou e me lembrou
da tarde de ontem o que me faz até melhorar meu humor, eu vou te contar
o que aconteceu. – com calma fui contando os detalhes e ria conforme as
expressões de Pamela. Era engraçada sua cara de espanto. Mas eu segui firme até
o fim da conversa. – E foi isso.
- Como foi só isso? – Pamela falou assustada.
– Amiga você teve uma tarde maravilhosa e diz que foi só isso?
- Pamela, eu não disse
só isso eu disse “foi isso” o que quer que diga? Que estou apaixonada por ele?
- Sim. – Pami foi sincera.
-Não estou, eu acho,
eu gostei dele, ele me atrai, acho que o atraio também... Ok. Ele mexe
comigo, eu tenho ciúmes dele, mas acho que não é paixão sabe! Ai... - suspirei
– foi uma delicia Pami. E pra piorar eu quero de novo e ele também. – comecei
a sorrir me lembrando do que aconteceu. A cada cena que vinha em minha cabeça,
meu corpo arrepiava.
- Como piorar? – Pami perguntou.
- Pami eu que sou do
interior que tinha que ser mais inocente ne? É que eu tenho certeza que se a
gente continuar, vai acabar dando alguma coisa errada.
- Ta com medo de se apaixonar? –
Pami disse.
- Tô.
- Então já era, você ta gostando
dele.
- Pami não complica!
- To vendo nos seu olhos Deza.
- Não, foi so uma ficada, que se
rolar outra vez, porque não? Foi tão bom.
Realmente
foi ótimo o que tive com o Luan, mas não posso dizer
que rolou sentimento, não esses de amor, paixão. A gente se deu bem, gostamos
um do outro, rolou um clima e pronto, nada dessas paixonites que a Pami ta
insistindo em dizer que eu vou ficar. Acho que é só uma atração sexual
mesmo!
Mas se era só isso porque sentia ciúmes de
Luan com Mariana? Só de lembrar o nome dela eu sentia nojo. Ela não largava do
Luan. Queria porque queria ficar com ele. Dava pra ver no rosto dele que ele
não gostava de estar perto dela. Mas ela fazia parte da nossa roda de amigos.
Nossa não porque não faço questão da amizade dela, mas roda de amigos dele e ele
a aturava.
- Amiga!
- Voltei à realidade vendo Pami se mexer na minha frente, tentando
chamar minha atenção.
- Oi meu amor. Desculpa. Vai me fala e você e
o Juliano?
- O que tem eu e o
Juliano?
- Para vai eu sei que rola alguma
coisa entre vocês, vai me conta...
- A amiga a gente tá se estranhando sabe? Eu o
quero, mas não confio nele. A gente já teve um rolo um ano atrás. Mas ele me
traiu e nunca mais eu quis nada com ele. A gente se fala, mas não é a mesma
coisa entende.
- Eu sei como é amiga! Aconteceu comigo e o
Felipe. Meu ex. ele me traiu com uma menina que eu não suporto. E foi demais
pra mim. – Abaixei a cabeça e me lembrei daquele momento. A angustia invadiu o
meu ser. E com força. Lembrar-me daqueles momentos não me fazia bem. Mas não me
deixei abater. Forcei um sorriso pra Pamela pra reconfortar seu coração e ela
sorriu. – Amiga, vamos esquecer esses
que nos fazem sofrer e vamos dar uma volta na praia? – Perguntei a Pamela
tentando animá-la.
Fomos caminhar
pela praia antes da Pam ir pra facul, ela já estava
atrasada, e estava na duvida se ia ou não, eu não podia deixar, mas gostaria
que passasse esse dia comigo, então deixei ela mesma decidir e pelo jeito não
iria a aula hoje. A brisa me confortava. Eu ia colocando meus
pensamentos em ordem. Aquele vento que agora chegava gelar minha pele me fez
lembrar o contraste que Luan me causou no dia anterior. Espera ai! Porque eu
estou pensando em Luan? E como vou agir com ele agora, depois do que aconteceu?
De repente parei e acabei assustando a Pamela.
- O que houve Andreza?
- Nada Pamela, só me lembrei que terei de
olhar pro Luan depois de ontem. – Disse a ela.
- E o que é que tem? Vocês são amigos,
aconteceu algo em que os dois queriam. Aí. Vocês complicam tudo!
- Eu complico tudo. – corrigi – E você com o Juliano?
Nossa! Está ai há um ano tentando e não fazem nada aff, Pami! Poupe-me. – fui
grossa. Não entendi o porque, mas eu realmente fiquei nervosa com aquilo, saber
que terei de olhar pra ele, sei lá fiquei com vergonha. Ela triste abaixou a
cabeça. – Ah, Pamela! Me perdoa? –
Tentei me redimir. – To confusa! Não sei o que houve. Eu não sei como agir
perto dele agora!
- Amiga, haja com calma. Espere por ele, veja
a sua reação. – Pami me aconselhou. - Obrigada Pamela. Sabe o que mais? Vou te
ajudar com o Juliano! Pronto. Quero te ver feliz também!
- Huuum então você tá
feliz???
- Sem essa Pam... - Ela riu.
Continuamos a caminhada pela orla.
Ela olhava os gatos
que passavam
pela gente e ria bastante. Era bom ver o sorriso no rosto de Pami. E decidi que iria ajudá-la com Juliano. A
praia pela manhã é bem movimentada. Pessoas fazendo caminhada, turistas
curtindo a praia.
Fomos andando até
o Arpoador. Onde havia alguns surfistas aproveitando as ondas altas e fortes.
Ficamos ali por algumas horas até que a fome nos invadisse. Assim, voltamos pra
casa. Despedi-me de Pamela e entrei no meu apê que é um andar acima do dela.
***
Dois meses já se
passaram desde a minha mudança. E muita coisa aconteceu. Pamela começou a estagiar
por causa da faculdade, perdi minhas manhas com ela. Juliano começou a
trabalhar e estudar guitarra. Ele dizia que queria formar uma banda com Luan
que toca violão, (isso não eu sabia) mas ele dizia também que senão encontrasse
mais pessoas pra banda seria dupla sertaneja. Ai... Esse Juliano, viu!
Continuando. Fernando entrou pra faculdade. E Luan... Ah! O Luan ele continua
garoto da praia, dourado do sol mas é ficar uns dias sem ir a praia, já que
costuma ir a noite que ele fica branquelo de novo. Esse é um grande mistério
pra mim, mas com o cabelo sempre impecável, corpo definido. Acho que de tanto
caminhar ou correr pela praia. Opa, opa! Já estou eu me perdendo no corpo do
Luan. É sempre assim! Tá. Continuando,
outra vez. O Luan garoto de praia. E eu fazendo nada né? Só cuidando da casa. Acreditam
que ainda não decidir que curso fazer?
Minha relação com
Luan era estranha. A gente ficava de vez em quando. Mas não íamos aos
“finalmente”. Não sei o que houve comigo, apenas não deixava
acontecer, eu gostava dos amassos, meu corpo sempre pedia mais, só que eu
simplesmente travava. Luan sofria, eu sei. Coitado! Tinha dias que saia
do prédio dolorido. Era engraçado quando ele me pedia parecendo um bebê sem
colo.
Certo dia,
estávamos sentados no sofá da minha casa. É. Ele frequentava minha casa. Meu
pai já havia se acostumado com ele indo lá me
ver. As vezes era só conversa mesmo, já em outros... Neste dia estávamos
sozinhos, o que não é comum. Arrepios corriam pelo meu corpo.
- Andreza, porque você faz isso comigo, hein?
- Faço o que Luan?
- Isso! Me provoca, mas não vai até o fim.
Sempre me deixando com água na boca. - Respirei fundo e respondi.
- Ah, Luan eu não sei,
só não consigo ir mais longe. A gente tem que se envolver mais....
- Mais envolvido do
que a gente tá? E a gente já transou
antes sabia? O problema sou eu? Você não gostou
foi isso?
- Não Luan que isso!
- Então porque não rola mais Deza?
Já tem dois meses que a gente ta nesses amassos, eu to ficando louco muié! –
beijou meu pescoço e eu me arrepiei mais ainda.
- Desculpa Luan, não foi minha
intenção, mas não ta bom assim? Esse carinho, beijinhos, sem compromisso, sem
cobranças...
- Sem sexo... – Ele reclamou fazendo
bico.
- Ai Luan, eu não sei, meu pai
sempre na nossa cola, mesmo deixando você vir aqui, aquele dia foi uma
aventura, que eu amei, sério.
- Mas?
- Não tem mas. Mas – eu ri pela repetição de palavras – Se
você não tá feliz assim... A gente para por aqui, e continuamos só amigos.
- Não! Não quero acabar nada. Mas é complicado
pra mim você sabe. Mas quero continuar com assim com
você. Só nos beijinhos mesmo - começou a me beijar rindo do que fazia. -
Mesmo tendo que “sofrer”. – sua cara de sofrimento era tão linda que não
resisti e tive que beijá-lo.
- Palhaço. – rimos – Luan é serio. Desculpa por aquele
dia eu ter sido tão avançada. Mas é que você mexeu comigo de uma forma que eu
não me reconhecia, simplesmente me deixei levar pelos instintos.
- Não vou te obrigar a nada Deza, e
você não tem que se desculpar, mas é que só isso pra mim não é mais o
suficiente entende? Você não quer? Então eu aguento você não me deixa tão mal
assim não, ate que cuida bem de mim.
- Você é um anjo sabia? Eu vou
recompensar você ta?
- Mesmo?
- Sim.
Parei pra pensar no que estava fazendo com
ele, realmente, dois meses sem sexo pra um homem é complicado
ainda mais tendo alguém o provocando como eu faço com ele. Mas
sinceramente eu não sei bem o porque disso tudo, acho que foi por causa da
minha conversa com a Pami, sobre a paixonite, fiquei com medo de me entregar
novamente, quando percebia que ia acontecer, sempre cortava Luan, inventava uma
desculpa. Eu travava não podia o deixar perceber. Eu percebi que quando estava
com ele eu era eu mesma, uma caipira bobona, que ri de tudo, ainda mais de
Luan, um bobão, um crianção que sócresceu no corpo e pra algumas coisas, mas
sua essência era linda e me fazia bem, ainda me faz bem. É eu acho que Pami tem
razão eu posso sim estar gostando dele, e por medo o faço sofrer dessa forma, o
privando de certa forma do prazer.
- Luan Vou te fazer uma pergunta,
você responde?
- Claro. – ele me dá um selinho
descontraído.
- Nesse tempo que a gente, bem... Tá
junto, você ficou com alguém? – ê o ciúme falando alto em dona Andreza.
- Huuum... Não? Porque, eu posso? –
perguntou brincando.
- Pode. Só não me conte
ou me deixe ver ok? – Eu realmente disse isso a ele? Onde eu estava com a
cabeça? Não conseguia nem imaginar Luan com outra pessoa e eu faço isso? Burra, Burra! Me matei por dentro, mas
sorri por fora vendo o rosto confuso de Luan.
- Tem certeza?
– disse-me.
- É
acho que sim.
Continua...
Luan não pode ficar como utra pessoa. eles já estão juntos tem dois meses. Acho que já está na hora desse rolo virar algo mais sério.
ResponderExcluirYana
owwwn amiga sua web ta peeerfeita =')
ResponderExcluirMe deixou curiosa rum...Quero ler logo a continuação!
ResponderExcluirpuxa quanta imaginação,mas é bem assim mesmo kkk a história tá linda,quero ver a continuação!
ResponderExcluircontinuaçao pf pf pf pf,nao demora pra postar neo nega...
ResponderExcluirto esperando a continuaçao
Continua ai nega! Amando a fic. @jufarias_LS
ResponderExcluirNega to com saudade de ler tua fic,posta mais pf!
ResponderExcluirGrata