Poxa pai tem certeza que temos que nos mudar?
– perguntei triste.
- Sim minha filha. É o meu trabalho você sabe.
– Disse meu pai um pouco chateado, pois via em meu rosto a tristeza de me tirar
de Minas Gerais e me levar para o Rio de Janeiro.
Ok. Confesso que
gostei da ideia de ir para o Rio. Lá o lugar é lindo e têm PRAIAS e várias
outras coisas que aqui em Minas não tem. Mas deixar meus amigos, principalmente
minha amiga Ana, é um preço muito alto, não compensa deixar as pessoas que amo
pra morar em um lugar melhor, mas eu não tenho escolha.
Mas eu estava
feliz, eu iria ficar longe de certa pessoa. Felipe. O meu ex-namorado. Eu ainda
gostava dele, mas o que ele fez comigo não tinha como perdoar. Trair-me e com a
pessoa que eu mais odiava. Camila aquela vaca! (desculpa, mas a raiva me
consumiu agora). Lembro-me como se fosse hoje aquela traição me machucou
profundamente.
FLASHBACK ON
Estava passando
perto da casa de Felipe, resolvi então fazer uma visitinha sabe como é aquela historia, “tava passando por aqui e resolvi entrar”. Sua mãe me
atendeu. Sem cerimônias me convidou a entrar. Coitada nem ela e muito menos eu
saberíamos da surpresa que seu filho estava preparando para nós. Fui direto pro quarto de Felipe, caminho que eu conhecia
muito bem.
Abri a porta do
quarto dele sem fazer barulho. Quando vi aquela cena não pude acreditar. Era de
mais pra mim. Felipe totalmente nu e a Vaca (desculpa de novo) da Camila em
seus braços. O safado, ficava com tanto calor depois de
uma transa que não conseguia se cobrir. Eu o conhecia, não havia como negar,
tinha rolado entre eles.
- Felipe! - Só tive força pra falar seu nome.
Ele me olhou assustado. Camila acordou assustada.
- Amor não é...
- Ele se cobriu e saiu da cama.
- Não fala nada Felipe! Eu já vi tudo, não precisa tentar se explicar mentir pra mim, eu já entendi
tudo. Você não me quer mais, não é isso? Então não olhe mais pra minha
cara. ACABOU.
- Não! Isso é um mal entendido. –
ele tentou se explicar.
- Mal entendido? Você tá sem roupa
Felipe, não tem como negar, não piore as coisas, por favor. Não tenho nada pra
falar com você. - E sai correndo dali, sem olhar para trás.
Meu mundo havia
desabado. Como ele foi capaz de fazer isso comigo? E logo com aquela, aquela...
Ah vocês sabem quem. Eu odiava a Camila. Ela sempre tentou ficar com o Felipe e
pelo jeito conseguiu. Aff nem respirava de tanta raiva. Meus olhos estavam
repletos de água. Eu queria esquecer aquela cena, mas ela insistia em ficar na
minha memória.
Mas eu odiava e
amava o Felipe o que me deixava com mais raiva ainda. À tarde depois daquele
fraga ele me ligou, mas não atendi. Alguns dias depois resolvi ir conversar com
ele e dizer que não o queria mais, que havia me magoado muito. Disse que o
esqueceria. Podia ate ser difícil, mas eu ia conseguir,
eu faria todo o esforço possível.
FLASHBACK OFF
Passei a tarde, em casa, mas precisamente no
quarto, pensando nessa viagem do meu pai, que me incluía também, como seria
minha vida em outra cidade, pessoas novas, lugar novo.
- Deza, minha filha, já esta na hora de irmos. –
meu pai me tirou de meus pensamentos me trazendo a minha triste realidade. Já estava na hora de irmos pro aeroporto.
A viagem não foi longa, quando percebi estávamos pisando em solo
Carioca. Meu pai era só sorriso. Eu amava vê-lo assim. Depois que minha mãe
morreu quase não o via sorrindo, ele sempre ficava triste ou muito preocupado
comigo. Seus olhos pensativos estavam em mim, esperando alguma reação. Segurei
em sua mão e devolvi o sorriso que ele havia me dado segundos
atrás.
Saímos do Aeroporto, quer era bem grande, não
que em BH não tivesse aeroporto, mas esse com certeza era maior que o de lá.
Pegamos um taxi e seguimos rumo a Ipanema. É aquela mesma da música do
Tom Jobim, linda por sinal. Pessoas caminhando pela
orla, todos com pouca roupa, vai ver é o calor da cidade. Chegamos ao
nosso próximo lar, era um prédio super alto localizado perto da praia, me virei
e vi o imenso azul do mar, fiquei chocada. Nunca imaginei que isso fosse tão
lindo.
Meu pai me alertou:
- Filha ajuda aqui!
- Claro pai. –
estendi meus braços e o ajudei a tirar nossas malas do táxi.
Como sempre muito atrapalhada me enrolei toda, escutei umas risadinhas
que vinha do outro lado da rua. Olhei a menina que ficou meio sem graça.
- Quer ajuda? –
perguntou ela, se aproximando de mim.
- Quero sim.
Obrigada. – não podia ser mal educada, e acima de tudo eu realmente estava
precisando de uma ajuda. Urgente.
- Você é nova por
aqui né? - perguntou a menina com curiosidade. Dã que
pergunta, trouxe as malas por que eu gosto de andar por elas por ai. - pensei
- Sim. – foi o que realmente respondi - Eu e meu pai estamos
nos mudando de Minas Gerais.
- Nossa! É acho que reparei pelo sotaque, mas seja bem vindos
ao Rio. Meu nome é Pamela e o seu?
- Andreza. -
Respondi.
Subimos no elevador. Vazio.
- Chegamos! -
berrou meu pai todo feliz, tentando me animar, não
conseguiu, apenas me arrancou um sorriso desanimado.
- Então! Nos vemos
a noite Andreza? Quero te mostrar a praia, eu soube que em Minas não tem mar.
Você vai adorar andar por Ipanema a noite. – disse a
menina falante, fala pra caramba pra uma pessoa que se acaba de conhecer, mas o
que ela me ofereceu me pareceu uma boa ideia.
- Claro! -
Respondi. – Passa aqui mais tarde. – nossa como sou educada
quando eu quero! Eu me surpreendo a cada dia.
- Tudo bem! - Nos
despedimos e entrei finalmente na minha nova casa. No meu novo refugio
Nosso apartamento não era muito grande.
Uma sala com um sofá de... Quantos lugares? Ai, nem sei,
mas cabem mais de três com certeza, vou me esparramar nele em dias de tedio,
uma tv tela plana de 20 polegadas, estava nos planos do pai comprar uma maior,
mas não agora, dois quartos, o meu tinha
banheiro. Que ótimo não vou precisar sair acendendo as luzes da casa inteira só
pra ir ao banheiro. Banheiros, claro, visitas também iam ao banheiro, cozinha e uma pequena copa.
Entrei em meu quarto decorado em tons rosa ou lilás sei lá, não queria
identifica-las. Uma cama box, meu pai ta me induzindo a trazer alguém aqui só
pode. Deitei-me sobre ela e o colchão...
noooooossa! O que era aquilo? Eu realmente precisava levar alguém ali,
ashuashua brincadeira. Graças ao trabalho do meu pai o apartamento já
estava mobilhado e ate que eles não erraram muito não
viu. Estava de bom agrado.
Ali pude pensar melhor em tudo que
acontecera na minha vida. Casa nova,
estado novo, amigos novos... amigos novos? Bom, esses ainda estavam por vir, e eu os
queria. O Felipe longe de mim. Bom, isso poderá me ajudar.
Tive uma impressão que minha vida
estava preste a ter uma mudança radical dali pra frente. Só me resta viver essa nova vida...
Continua...
Continua! =) @jufarias_LS
ResponderExcluircontinua!'
ResponderExcluirAaaaaah, Já Ameeei Essa 2ª Edição!
ResponderExcluirContinua..?! >.<