Leia também

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Em Pleno Rio de Janeiro - 2ª Edição

Capitulo 2 


Depois de ter colocado todas as minhas coisas no devido lugar, fui tomar um banho. Não sei o tempo que demorei, mas logo ouvi meu pai me chamar dizendo que a Pamela estava me esperando. Mas hein, ela veio mesmo. Respondi por pura educação e ela veio mesmo me levar pra andar na praia.

Ah a praia, um lugar que eu tanto quis conhecer, na verdade e ate conheço, mas não a do Rio de Janeiro. A famosa Praia de Ipanema entao? Nossa acho bom me apressar no banho, a menina ta esperando...

- To terminando de me arrumar pede a ela pra entrar pai. - pedi gritando banheiro terminando de lavar meu cabelo. Me apressei, eu costumo ser lerda debaixo do chuveiro.

         Em menos de cinco minutos Pamela entra no meu quarto, toda linda. Com uma saída de praia azul uma regata branca e um par de Havaianas.

- Vai nadar menina? - Perguntei curiosa olhando a saia dela.
- Não bobinha! Vamos só andar pela areia.
- Ta bom! -  disse sorrindo desistindo de me arrumar pra andar pela areia como disse Pamela, optei por um short branco e uma camiseta verde, e uma sandália rasteirinha mesmo e fomos andar pela praia.

         A noite naquele lugar era de arrepiar de tão lindo. Bem iluminado com pessoas caminhando pela orla, assim como eu que o estava fazendo,

- Ow mas esse lugar não para quieto nunca? – perguntei a pamela, me sentindo um pouco assustada. Ok eu não era do interior, mas agitada assim como Ipanema eu não estava acostumada uai.

 Passamos em frente a um quiosque e resolvemos parar e beber uma água de coco.

- Ops! - Disse sem graça. – Esqueci-me de trazer dinheiro. Como assim esqueceu a grana Deza? Ai que mico. Fiquei super com vergonha e vermelha igual camarão.
- Não esquenta eu pago. – Falou Pamela rindo da minha cara de camarão frito. Com o coco na mão fiquei olhando a praia e pensativa.
- Quem diria que estaria aqui nessa praia linda! - Pensei alto.
- Aqui é lindo! - disse Pamela bebendo sua água de coco.
- É... - Não continuei falando, minha atenção se voltou para um garoto lindo que tinha acabado de passar por mim. Ele ria de  alguma coisa que seu – acho que amigo – dizia a ele, e que sorriso lindo, não esquecerei mais aquela afeição. Olhei imediatamente pra Pamela que ria. Ela percebeu meu estado de choque.
- Bom acho que você já conheceu – disse fazendo aspas com os dedos – o garoto de Ipanema.  Este é o Luan, Andreza.
- Oi? - me assustei – garoto de Ipanema? Não entendi. - falei sorrindo.
- Ele mora aqui, perto da gente, umas quadras depois do nosso apê, vamos esbarrar muito nele, ele gosta de caminhar pela praia, mas só a noite, por isso ele é branquelo assim. Mas tem vezes que ele se aventura de dia, ai fica moreninho, mas depois volta a ser branquelo – ela riu, eu ainda o olhava caminhando, já longe, mas dava pra ver ainda seu cabelo arrepiado pro alto, e sua bermuda com detalhes verdes, prestei muita atenção ne? - Eu e minhas amigas o chamamos de garoto de Ipanema. – Pamela continuou.
- Ele é lindo...
- É... Ele é mesmo.
- ELE É SEU AMIGO? Perguntei a Pamela de supetão e ela se assustou.
- Não, mas eu já o conheço, de vista e já nos cruzamos em algumas baladas.
- E como sabe o nome?
- Amigos em comum, mas nós mesmo não nos falamos...
- Por que não??
- Não sei, apenas nos cumprimentamos, já ficamos na mesma roda de amigos, mas conversar mesmo, não o fizemos. – Pamela calou-se e voltou a tomar sua agua de coco e eu fiquei pensativa, eu gostei daquele garoto.

         Eu estava cansada da viajem e pedi pra irmos embora. Mas não consegui esquecer o Luan. Eu queria ver ele de novo, em casa tomei aquele banho gostoso de agua quente, tomei um lanche por insistência do papis, (meu pai ihihihi) mesmo eu dizendo que tomei  uma agua de coco na praia, mas ele insistiu, fazer o que... liguei o som do meu quarto, conectei um pen drive com minhas musicas preferidas e deixei tocando me deitei na cama pensando naquele garoto de Ipanema, será que se a gente se visse de novo ele viria falar comigo... af Andreza, ele nem te viu ainda, apenas eu o tinha visto. Ai eu viajo as vezes sabe, liga não.  Abaixei o volume do som, fechando meus olhos e me cobrindo com o edredom, o ar condicionado deixou bem gelado o meu quarto, agradável a temperatura, eu precisava dormir, tive um dia muito cheio, alias era o primeiro dia nessa cidade maravilhosa e eu estava louca pra que chegasse o segundo dia.

         Acordei com um sol forte na janela, que ótimo era domingo. Aooow domingueira, dia de ficar em casa descansando, errado, essa era a vida do meu pai, o meu ia ser diferente, liguei pra Pamela, e a chamei para dar umas voltas na praia, ver os gatos, leia tentar ver o Luan. Ela riu, mas concordou!

         Meia hora depois estávamos caminhando pela areia. Pamela acabou tomando café na minha casa, por pura insistência do meu pai, ele tem essa mania de oferecer comidas as pessoas que nos visitam... Enfim dessa vez levei dinheiro. E comprei um picolé pra nos duas, um pra cada ok? Não sou pao dura não... No caminho torcia pra encontrar com o Luan novamente. Meus olhos estavam atentos observando cada conto da praia, mas não o encontrei. Realmente parecia que ele só andava por ali a noite.

- Pamela! Me fala mais sobre esse Luan. - Quando vi já tinha perguntado. Droga de impulso.
- Ah, não sei muito sobre ele não. Sei que é daqui de Ipanema, tem 21 anos, e é mulherengo. Os pais dele tem dinheiro, uma situação agradável, o pai trabalha com banco... Ah sei la uma coisa assim, hum deixa eu ver o que mais... Mulherengo, dizem que ele é bom viu! – Pami riu sem graça - Também tem uma menina a Mariana que vive no pé dele. Essa ai já foi minha amiga, mas ela afora uma fofoca, mentira sabe. Invejosa, achei melhor cortar laços, não gosto dessas coisas não.  Mas ele não dá bola pra ela. - falou chupando seu picolé e rindo das lembranças que se passavam em sua cabeça. Eu não fazia ideia do que era, mas com certeza era algo muito engraçado.
- Hum... - Respondi triste. Mais um cafajeste na minha vida não dá. Já não me bastava o Fê... Não quero me lembrar dele. Mas eu sentia que o Luan era diferente, não sei bem o porquê, mas eu sentia isso. Mas preferi não arriscar.. Ou arriscaria?

- Ei! Vamos pra balada hoje? – Pami falou comigo assim do nada, como se estivesse apenas respirando, ou estivéssemos tendo uma conversa longa e ela viesse com a ideia. Kkkk louquinha essa menina.
- Hoje? Eu acabei de chegar no Rio Pamela. Ainda to cansada e tal, não acho uma boa ideia.
- Ah que isso Deza, posso te chamar de Deza né? – já disse que a acho tagarela?? – Então vamos, eu falo com seu pai pra ele não achar que você mal chegou na cidade e já quer aprontar. – Pamela riu sozinha, e parando pra respirar.. como ela consegue?
- Ah Pam, vou te chamar assim ta? – ri pra ela – bom, não acho boa ideia... deixa pra semana que vem, quero conhecer aqui, ver se acho um curso pra fazer... queria ir dormir cedo. – eu e minhas desculpas. So não estava afim.
- O Luan provavelmente vai, sempre ouço meus amigos falando das mulheres que ele pega. Sempre as melhores da balada.
- Ótimo, não precisa apelar, e eu não precisava saber desse detalhe Pam. Muito obrigada mesmo. Agora mesmo que não vou. – fechei a cara.
- Ah meu Deus, você não ouviu  dizer que ele pega as melhores da balada? Você com certeza vai ser a melhor, vou te deixar mais linda! Vamos, eu sei que você se encantou por ele, eu peço meus amigos pra chamar ele.
- Tá maluca, vai dar uma de cupido? Não. Ele vai acabar sabendo que tem alguém afim dele e ele vai ficar se achando...
- Não se preocupe Deza eu sei fazer isso. Vou dizer que tenho uma amiga nova e que quer conhecer gente nova, e to te levando a balada justamente pra isso, conhecer gente nova, então com certeza vão chamar ele. Vai ser só uma desculpa pra eles saírem, qualquer motivo eles saem pra balada.
- Mesmo? – comecei a considerar a ideia, ai meu Deus, o que eu to fazendo? Não sou assim, mas ele mexeu tanto comigo... Vou arriscar. – Tá me convenceu, então vamos voltar pra casa, quero escolher uma roupa pra hoje a noite e você tem que falar com papis.

Voltamos rindo pra casa, a noite seria só uma criança pra mim, e eu ia aproveitar e muito essa criança...

***

         À noite me produzi toda, coloquei um vestido preto (clássico) um salto, soltei meus cabelos, fiz escova, ele já e liso mas com escova fica bem melhor, Pami foi mesmo me ajudar e como eu estava com preguiça, ela foi quem passou a prancha no meu cabelo, ficou lindo. Maquiagem leve e um sorriso lindo no rosto. Não sabia muito bem o motivo daquele sorriso. Pelo amor de Deus é só uma balada, nada de mais. Tá o Luan podia estar lá, mas e dai? É so um garoto, que poderia no fim ser só o meu amigo e nada mais. Eu sou muito ansiosa mesmo, afff.
Pami também estava linda, um vestido coladíssimo no corpo, e um salto de matar qualquer um, cabelos em uma trança embutida para o lado, deixando seu rosto mais visível, ela é linda.

         Saímos do prédio, confiantes que a noite seria boa.
Afinal podia acontecer algo de bom ne? Caso Luan não fosse e poderia muito bem me divertir com um dos amigos da Pam, ou ate com outra pessoa e ate mesmo com Pamela. Dançar com a amiga também é uma delicia.


         Chegamos à boate. Estava lotada! Muita gente ainda do lado de fora, era cedo. Uma música contagiante animava até quem estava passando na rua. Tunts, Tunts... Era impossível não me mexer com aquele som.
- Vamos entrar? - Perguntou a Pamela. Eu não respondi apenas  sorri, confirmando.

Entrei olhando as pessoas, na esperança de achar Luan, aquele cabelo arrepiado, ou o sorriso dele, de preferencia sorrindo pra mim. De longe eu avistei o Luan, não é que ele veio? Ele estava no meio de um monte de garoto, mentira tinha só uns cinco com ele, e ele sorria de alguma coisa que um dele disse em seu ouvido por causa da musica alta, quando percebi ele estava olhando pra uma mulher que dançava na pista, mas sinceridade? Não vi brilho nos olhos dele não. Depois o vi negar com a cabeça e apontar pra uma menina que estava no bar. Ai sim os olhos brilharam, ele se interessou por ela, aposto. Apertei a mão da Pami.  Ela me olhou sorrindo sem entender nada, quando seus olhos se voltaram na direção que os meus estavam vidrados, ela fechou a boca prendendo a gargalhada.

- Vem! – foi apenas isso que ela disse antes de sair me carregando pra perto dele.

Comecei a tremer, mas consegui disfarçar. Pam me apresentou um a um, mas não consegui guardar o nome de nenhum deles, na verdade acho que nem ouvi. De repente chegou uma loira perto da gente, e passando a mão pela cintura do Luan, foi ai que acordei do meu estado de babaquice que eu achei que estava por causa de Luan e ouvi o ultimo nome de seu amigo.
- E esse é o Juliano. – Pami dizia. –

 Deduzi que a  menina que havia chegado só podia ser a que Pamela havia me falado na noite passada. Intuição sabe?

- Oi! Andreza, essa é a Mariana. – E pelo jeito que ela disse, com certeza era a “chicletinho”. Acho que a Pami não gostava mesmo dela.
 – Mariana, essa é a Andreza. Ela é nova por aqui. – ela nem respondeu, nem por educação, pelo contrario os olhos dela me fuzilaram, credo! Além de feia, e chiclete ela era psicopata?

 Olhei pra Pami e sorri, ela riu também. Luan apenas me olhava enquanto mexia no cabelo dele, o arrepiando mais ainda, parecia me avaliar, eu fingi que não vi ele me olhar, enquanto alguns dos meninos que eu nem sabia o nome se aproximara pra puxar assunto.

- Você veio de onde? Me perguntou.
- Sou de Minas, BH.
- Ah que legal e você tem sotaque mineiro? Eu adoro uma mineirinha... – avá, seu eu sou de minas meu sotaque tem que ser mineiro. Quase respondi isso a ele, mas como disse sou uma menina educada.
- É tenho sim – ri pra não o deixar sem graça. – Qual o seu nome mesmo? Sou fraca pra guardar nomes.
- Fernando, meu nome é Fernando.
- Ah sim, Fernando. – disse balançando a cabeça confirmando e registrando seu nome em minha memoria.
- Então, você não deve conhecer nada aqui ne? Se precisar de um guia...
- Ah obrigada Fernando, mas eu já tenho uma. – disse apontando pra Pam, que falava acho que com o Juliano, toda derretida.

Quando tentei voltar olhar pra Luan, vi Mariana ainda me olhando e de cara feia. Ela tava com fome? Porque cara feia pra mim é isso, fome. Não dei à mínima. Estava apreciando a beleza de Luan. Tao branquinho, um pescoço liso, ai como eu gosto de pescoço, tá sou estranha, mas eu gosto uai. Estava começando a me imaginar beijando aquele pescoço lindo enquanto ele me segurava pela cintura quando Pami me tirou dos meus pensamentos.

- Vamos beber? Vem comigo? – me arrastou pro bar e advinha? Aquela menina que vi Luan olhando ainda estava por ali.

De onde estávamos dava pra ver a pista de dança e eu vi Luan dançando com a Mariana e a cara dele não era muito legal não, parecia que o fazia por obrigação. Pami assim que pegou sua bebida foi dançar também, me chamou, mas preferi ficar sentada, apenas observando... O Luan claro, ali dava pra disfarçar muito bem.
Todos dançavam juntos, sorridentes, olhava Pamela junto dos meninos, bem a vontade, Juliano volta e meia falava algo em seu ouvido, ela ria, mas parecia se lembrar de algo e o evitava, tava começado a ficar engraçado, era a bebida, só pode.
Quando fui olhar pra Luan, vi que ele também me olhava, ficou sem jeito pelo flagra e mexeu em seu cabelo, tao lindo. Então tomei coragem e fui em sua direção.


- Vamos dançar? – Chamei a Pami. É ela mesma, a Pamela. Ela tava do lado do Luan e eu muito nervosa pra chamar ele. Também assim de cara? Não. Essa não sou eu. 

Continua....

2 comentários: