Capitulo 37
Dani
on:
Os
dias estavam se passando, minha convivência com Tony cada vez mais próxima. Já
tinham se passado dois meses desde minha briga com Deza. Não a vi mais. Não nos
falamos mais. Eduarda vinha com frequência me visitar, afinal fazíamos
trabalhos da faculdade direto juntas.
Sai
do serviço na loja de CD’s e DVD’s do Ricardo. Pedi conta, e não contei
especificamente o motivo, disse simplesmente que queria sair. Estou agora
trabalhando como Técnica em Enfermagem no Hospital Central, Setor Clinica
Medica. O Dr. Tony deu seus jeitinhos de me enfiar dentro do hospital.
Quando
não estava trabalhando, estava estudando, e quando não estava fazendo os dois,
estava dormindo.
Não!
Eu não fiquei com Tony ainda, eu até gostaria e confesso que queria, mas tadinho
de nós nem tempo tínhamos, ele estava concentrado em seus estudos, e eu
concentrada em arrumar minha vida de uma forma pra tirar aquele menino da minha
cabeça.
Sim!
Eu ainda gosto do Luan, tento me manter ocupada, tento de certa forma dizer a
mim mesma que não podemos ficar, que tudo foi um erro e que acabou, mas não dá.
Meu coração é muito burro, vei. Se enfia em cada burrada. Não bastava ter
acontecido aquilo com o Danilo, tive que passar aquilo com Luan. Aff! Deixa.
Então.
Eu também não o vejo, nunca mais nem a voz dele escutei. Não sei se ele voltou
com Deza, apenas sei que sua carreira está bombando, o escuto nas rádios,
Falando Serio, Meteoro, To de Cara, e A Louca. Minha primeira impressão? A que
isso, nem gritei!
Levei o maior susto! Estava eu em minha
pequena lavanderia, lavando as roupas de hospital minha e do Tony, aproveitei
meu dia de folga né, e fui lavar. Era uma quinta, lembro-me bem. Corri na
cozinha peguei um pacote de bolacha, a fome tava apertando. Estava descalça,
com a roupa toda molhada e cabelo bagunçado.
Fui
ao quarto de Tony toda animada ne, afim de ouvir algo bom. Procurei no rack
algo descente pra ouvir, Aff. Não tinha nada, achei MPB, mas MPB eu detesto,
Pagode, pagode é bom, mais não quero pagode agora. Não tinha nada naquilo, e
meu pen drive estava longe. Coloquei na radio mesmo.
Sintonizei. E adivinha? Pagode! Lancinho
– Turma do Pagode. Deixei.
Peguei um jaleco de Tony que estava
jogado na poltrona do lado do guarda roupa. Sai do quarto.
Som
alto, solidão naquela casa. É perfeito!
Sentei em cima da maquina de lavar, fui
conversar com Duda por sms, quando de repente, ouço um som diferente. Uma voz
familiar estranhei. Deixei o celular em cima da maquina e fui em direção ao
som. Me aproximei com cautela como se estivesse com medo de me assustar. Escutei
com mais atenção. Parei! Minhas pernas ficaram imóveis, respiração isso não
existia. Quando me dei conta já estava gritando pela casa que nem louca
varrida. Shuahsuashuah foi engraçado, lembrando agora.
Era o Luan, o Luan Santana. Aquele filho
de uma mãe conseguiu. Ele conseguiu meu Deus. Sai correndo em direção a
lavanderia, tropeçando em todos os tipos de objetos existentes pelo caminho.
Até que parei em frente há maquina de lavar. Olhei atentamente para meu
telefone.
Minha intenção? Era ligar imediatamente
para Luan, sim eu ainda tinha seu numero salvo em meu celular. Não deixa o Tony
saber disso não hein, e vibrar que nem doida com ele. Mas lembrei-me de tudo.
Larguei o celular, e apaguei os números já digitados.
Respirei fundo. Fingi não ter acontecido
nada, e continuei a teclar com Eduarda.
As vezes precisamos fingir que não
existe emoção pra ela poder sumir de vez. Não contei a Eduarda que ouvi Luan
pelo radio, não perguntei sobre sua carreira a ela, comentei com Tony, coisa
rápida só do tipo: “ele ta fazendo sucesso”. Não queria despertar o ciúme dele.
Na verdade não sei se ele é do tipo ciumento, mas é bom não arriscar ne? Quem sabe
quando a gente tiver um tempo a gente se envolve? Não quero fantasmas do
passado assombrando nosso relacionamento.
Continua...
Ansiosa para o reencontro de Dani com Deza e Luan. Acho que Tony deveria levar Dani a um barzinho, e por coincidência ser o barzinho em que Luan cantava ou ainda canta.
ResponderExcluirYana