Capitulo 2
Ninguém mais tocou no assunto, mentira, ficaram me perguntando, mas fingi não ouvir e não respondi nada. Dormi na cama da Duda, quando isso os meninos fofocavam na sala, deviam estar falando do abraço demorado meu e do Luan, mas não dei muito à mínima e voei no sono.
Acordei já era tarde, fui pra cozinha, somente a Duda estava acordada, a Tais e o Tass dormiam na sala.
- O que tem aí pra comer? To com fome. – Sorri.
- A Pam, olha na geladeira, fiz compra ontem, tem muita coisa aí fica a vontade.
- Me deixa ver – Abri a geladeira.
- Tem pão ali em cima do balcão. – Dei uma olhada por cima do ombro, peguei a margarina e o leite que estavam na geladeira, coloquei tudo em cima da mesa, peguei o pão e arrumei um lanche que parecia estar gostoso, a Duda se juntou a mim e fez um lanche pra ela também.
Ficamos em silêncio.
- Me conta? – Pergunta minha amiga, quebrando o silêncio entre nós.
- Contar o que Duda?
- O que você e o Luan tanto conversavam quando ele te abraçou?
- Agente não conversou nada de mais, eu só agradeci a ele por tudo, já disse isso. Ai eu to cansada vou pro quarto twittar um pouquinho.
- Pam não foge.
- Não to fugindo.
- Então me conta.
- Não vou contar nada muié, mais que saco, avá, deixa eu ir, depois agente conversa – sai correndo da cozinha, se ficasse seria posta na parede e obrigada a contar tudo, a Duda é pequena mais é nervosa.
Fui para o quarto, peguei meu celular pra twittar, não sabia o que dizer, tava nervosa, ainda não tinha contado que finalmente abracei o Luan, depois de 4 anos, eu o abracei.
Entrei no MSN, a Deza estava on, nem a chamei, ela não me deu tempo, foi só eu entrar, que a janelinha já começou a piscar, mostrando que tinha alguém me chamando.
- Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaam! – teclou ela.
- Oi, amiga! – teclei desanimada.
- Pam , me conta, onde você ta?
- Já to aqui em Uberaba, adivinha quem eu vi?
- Não brinca, que você viu o rapaiz que canta?
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA amiga eu abracei ele AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.... Não to crendo nisso, ele é cheiroso, gostoso, ain fiquei com vontade, de ficar nos braços dele o resto de minha vida.
- Own que lindo, amiga, que bom que você conseguiu, to feliz de mais por você.
- Ain, agora só no show pra eu ver ele novamente.
- Vai tentar camarim lá na porta?
- Não sei, vai depender da hora, agente vai sair daqui a pouco, pra ver se fica na grade, acho um pouco meio que difícil, mais não é impossível.
- Vai mesmo amiga, quem sabe você consegue outro abraço em.
- Que sabe né. Flor, vou sair aqui, tenho que tomar banho, e me arrumar, bjim.
- Xau amiga, boa sorte, diz pro Luan que eu amo ele tá?!
- Tá bom, pode deixar comedora de açúcar.
- Hahahaha... Muié do rapaiz que canta.
- Engraçadinha! – Teclei e no mesmo momento fiquei off.
Joguei meu celular na cama, fui arrumar a roupa do show, as coloquei na cama, escolhi um sobretudo xadrez, uma meia calça preta, e uma bota de salto baixo. Eu sabia que não ia ficar na mo1vuca do show, por isso fui de bota, bom eu achava isso, será que o Rober vai mesmo me ligar?
Fiquei refletindo sobre isso alguns minutos, parada olhando o nada, até que a Tais chega no quarto, ela iria prepara a roupa dela também.
- Você vai de salto? – Perguntou curiosa olhando a bota em minhas mãos.
- Sim! Ou vou tomar banho, cadê o Tass?
- Ta lá na sala com a Dudinha.
- Vou lá ta tomar esse banho, que daqui apouco agente vai sair né, já ta tarde.
- Humrum, daqui a pouco saímos, vai que depois de você eu vou.
- Ta certo. – Peguei minha toalha e fui pro banheiro. Meu banho foi rápido.
Quando sai o Tass estava na sala, a Duda e a Tais no quarto.
- E ai preparada?
- Pra que? – Perguntei meia boiando.
- Pra ver o Luan, uai.
- Atá, humrum to sim.
- O que foi? Você ta diferente desde quando voltamos do aeroporto.
- Diferente eu? Magina, to não.
- Sei.
- Ain, vou lá me arrumar.
- Passando, o banheiro é meu agora. – Passou por mim Tais igual jato.
Dei de ombros, e sai da sala, antes que o interrogatório começasse. Chegando ao quarto a Duda, que já tinha tomado banho antes de mim, estava se vestindo, o Tass aceitou ser o ultimo, por demorar muito menos tempo pra se arrumar.
Fiz o possível pra não deixar a Duda avançar com as perguntas de novo. Peguei minha roupa e a vesti em silencio, deixei o sobretudo por ultimo, e passei minha maquiagem normal, rímel, lápis, delineador, um gloss na boca e pronto, ta passando de bom isso daqui.
Coloquei o sobretudo, e fiquei desfilando de meia pela casa esperando as meninas se arrumarem, eu tava muito nervosa, tremia demais. Não sabia se ria ou se chorava, não sabia se sentava ou se ficava em pé. Tass que já estava pronto só observava minha rota, da cozinha pra sala, da sala pro quarto, do quarto pra cozinha e assim por diante. Nem quis me olhar no espelho mais de tanto medo que estava de me achar feia de mais, e desistir de sair com o Luan.
Pensei no que iria dizer aos meus amigos quando o Rober me ligar, não sabia mentir direito.
Enfim consegui me sentar. Coloquei minha bota, e fui ao espelho visualizar o que eu tinha feito de mim. Meu cabelo estava a mesma coisa de hoje, liso e enrolado nas pontas, como eu tinha descolorido as pontas há pouco tempo tava dando um ar de dourado nelas, ficou bonito pelo menos eu achei, bom, minha roupa era a mesma, e a maquiagem também, não tava feia, mas também não estava bonita o suficiente para Luan Santana, mas se ele quisesse teria que se contentar naquilo ali mesmo.
- Pronta? – Perguntou Tass na porta do quarto observando minha reação ao me olhar no espelho.
- Pronta Tass, e ai vamos?
- Vamos. As meninas estão te esperando. Elas já ligaram pro Taxi e ele esta nos esperando lá embaixo.
- Então bora. – Peguei minha bolsinha de lado, com meu celular e assessórios básicos.
Na sala as duas doidas, tremiam de nervoso, eu ri.
- Vamos embora. Ta na hora.
Entramos no Taxi, eu fui na frente, não tava muito afim de ficar com os meninos nos bancos de trás, tava com medo do Rober me ligar e eles ouvirem alguma coisa. Não deu outra, quando chegamos à arena, entramos na fila da entrada meu celular toca. Olhei no visor numero desconhecido, atendi.
- Oi!
- Pam?
- Sim sou eu.
- Oi, aqui é o Rober, você ta na arena?
- Ai, to sim, e vocês?
- Estamos aqui no hotel, o Luan me pediu pra te ligar, ele quer falar com você.
- A ta passa pra ele aí.
- Ok! – Segundo depois. – Oi moça.
- Oi Lu... – Parei feito estatua, esqueci que meus amigos estavam perto tive que completar com qualquer coisa que me veio na cabeça – Lucas – Nem me pergunte, sei lá foi o primeiro nome com Lu que imaginei.
- Lucas? Há, você não ta sozinha né?!
- To não amore, meus amigos estão aqui.
- Tem como você ir pra trás do palco não?
- Agora?
- Sim, agente já ta saindo do hotel, daqui a pouco eu to ai, você vai pra trás do palco, e me espera já tem alguém ai te esperando.
- Quem?
- A banda já ta ai, o Marreta vai te esperar.
- Hum..., Ta bom, vou ver o que faço aqui, e já to indo te encontrar ta?!
- Ta bom, agora vou ter que desligar por que a Dada já ta chamando.
- Hahaha vai lá amor, bjux até.
- Beijos até.
Desliguei o celular, meus amigos já me olhavam desconfiados.
- O que é?- Disse com cara de que não entendia a reação deles.
- Quem era no celular?
- É um menino que eu to ficando, ele ta aqui no show e pediu pra eu ir encontrar ele.
- E você vai?
- Claro.
- A não Pam, e o Luan?
- Eu vou ver o show com o Lu... – Respirei e me lembrei – Lucas.
- Onde ele ta?
- Ele me disse que na fila lá atrás, vou lá ficar com ele, agente se vê mais tarde, qualquer coisa depois do show eu ligo pra vocês, e encontro vocês no apartamento ta.
- Tem certeza?
- Sim, beijos, bom show, e boa sorte.
- Ta bom Pam, pra você também. – Mal deixei que terminassem de falar e sai correndo pro final da fila. Onde será que era a entrada do camarim?
Andei muito até que consegui chegar atrás do palco. Tinha varias fãs por lá, obviamente esperando a van do Luan. Algumas me perguntaram se eu tinha ganhado camarim, eu menti, disse que sim.
Elas pediram pra que eu dissesse que amavam ele, e me entregaram cartas, pra que eu pudesse passar pro Luan. Eu como fã, sabia o que aquelas garotas estavam passando, peguei sem reclamar as cartas que com certeza elas demoram a fazer, os presentes, como ursinhos e medalhinhas.
- Podem deixar eu vou entregar tudo ta bom?
- Obrigada Pam.
- Por nada, agora deixa eu ir.
- Xau boa sorte.
- Ah, obrigada. – Disse saindo de perto de uma parte da maior família do Brasil, a FamiliaLS.
Meu coração? Que isso tava tranqüilo, só a 120 km/h. kkkkkk igual carro. Cheguei na entrada do camarim, alguns seguranças me barraram.
- Qual é o seu nome?
- Pamela.
- O seu nome não esta aqui. Você tem algum FC?
- Sim, mas eu não ganhei camarim, dá licença meu, eu preciso falar com o Marreta.
- Se você não tem camarim, não pode entrar.
- Avá, chama o Marreta aí por favor.
- Dá licença moça, o Luan daqui a pouco vai chegar, não cause tumulto aqui por favor.
- Eu não to causando nada.
- Pode deixar ela passar. – Falou uma voz que eu conhecia bem, Sr. Marretinha, a fera ali. Hahaha olhei rindo pra cara do moço que me impedia de entrar.
- Tem certeza?
- Sim! – Afirmou Marreta.
- Tudo bem, pode entrar.
Continua...
Segurança sem graça, me barrando....Mais graças ao Marreta consegui..
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