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domingo, 25 de setembro de 2011

Esqueci de Te Esquecer...



Capitulo 9

            Acordei com uma dor muito forte no ventre.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAin – Gritei com as mãos na barriga.
- Pami? O que aconteceu o que você ta sentindo? – Perguntou Caio preocupado sentando-se na cama.
- Eu to com dooooooooor, aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa ta doendo, Caio me ajuda.
- Ta acalma, respira. – Ele levantou o lençol – Você não tem sangramento, Pam, deve ser uma contração – Ele se levantou pegou o estetoscópio e o esfignomanometro que estavam na minha bolsa, pra aferir minha pressão, não demorou muito, a dor já havia passado, meus bebês estão crescendo, deve ta apertadinho de mais pra eles – Bom sua pressão esta um pouco alta amor, isso não é muito bom, eu sou cardiologista não cuido dessas coisas mais tenho uma amiga que é obstetra e ginecologista, vou marca uma consulta pra você.
- Humrum – Concordei, envolvendo Caio em um abraço forte. – Obrigada, a dor passou, eu vou tomar um banho agora, e depois agente conversa. – Falei por fim, segurando no colchão pra ter impulso e me levantar, fui direto pro banheiro.
            Tudo bem que Caio é um amor, com ele me sinto segura, e esqueço-me daquele rapaiz que canta, mais não posso ficar com ele grávida, meus bebês já reconhecem isso, ooown tão novinhos e já sabem o que querem.

            Tomei um banho rápido, vesti um pijama. Minha intenção era ir pra sala encontrar meus amigos, e deitar no peito do Caio quando conversávamos. Mas, não consegui sair do quarto. Estava sozinha, Caio tinha ido ver como estava meus amigos, e me deixou descansar, eu queria pular do prédio, sumir e não mais viver, pensei em meus filhos, pensei que agora teria um motivo pra continuar vivendo, no meu ventre estavam dois bebês que vieram do homem que eu mais amei na minha vida, o homem que me ensinou a não desistir dos meus sonhos, mesmo eles sendo impossíveis.

            Deitei na cama, peguei o travesseiro e o coloquei no rosto – Pensa sua idiota – Gritei, sufocando o grito no travesseiro.

- Assim você morre! – Disse Caio na porta do quarto.
- Não morro não. –Falei retirando o travesseiro de meu rosto e o jogando novamente em seu lugar.
- E ai como você ta? – Perguntou sentando-se ao meu lado novamente.
- Uai, to bem amor, a dor passou era só meus bebês com ciúmes.
- Ciúmes? É deve ser mesmo, mas de qualquer forma já liguei para a Dra. Jayne ela te atenderá hoje à tarde.
- Hum, ta bom eu preciso mesmo consultar, sai do Brasil sem nem ver minha médica.
- Vai dá tudo certo ta meu amor?! – Consolou-me Caio sentando ao meu lado – Você acredita em amor a primeira vista? – Perguntou sem mais nem menos, deixando-me boquiaberta.
- Acredito, por quê?
- Por que eu estou completamente apaixonado por você Pam, desde o primeiro segundo que te vi, desde o primeiro momento que ouvi tua voz, eu não consigo mais parar de pensar em você, ontem a noite foi o momento mais feliz de toda minha vida...
- Caio – Disse parando-o – Você sabe muito bem que isso é errado né?
- Errado? É errado amar você Pami?
- Sim, presta atenção Caio, olha pra mim poxa, ta vendo essa barriga? Você sabe que eu to grávida, sabe que eu to grávida de gêmeos, sabe que os filhos não são seus não tem como ficarmos juntos comigo deste jeito.
- Ei, eu não ligo de quem esses meninos são, eu não ligo pra nada, eu quero você Pamela, entende isso muié – Caio se aproximava ainda mais de meu rosto, estávamos tão próximos que seu hálito fresco me fazia arrepiar, eu o queria mais não podia tê-lo, isso era errado de mais né.
- Caio... por favor não faça isso, não faça isso comigo – Falei olhando fixamente pra sua boca, que me chamava.
- Eu sei que você me quer, sei que você me ama, no fundo você me ama também. Diz pra mim que você me quer, fale a verdade Pam, diz pra mim?
- Eu... – Respirei fundo – Eu te quero ma... –Não consegui continuar, nossos lábios se encontraram novamente, eu estava entregue novamente aos braços de Caio.

            Minha consciência doía, eu amava o Luan, mas o Caio me deixava feliz, ele estava me fazendo feliz, por mais que eu não queira ficar com ele, talvez esse seria o melhor caminho a tomar, preciso de um pai pros meus bebês, preciso esquece o Luan, e com certeza eu aprenderia a amar o Caio, isso era só questão de tempo.

            Acordei com a mão de Caio em minha cintura, não estava sentindo dor, meus pequenos estavam quietinhos, já eram mais de 14:00 hrs eu tinha que tomar outro banho, havia uma médica pra visitar.
            Levantei devagar, estava com medo de sentir contrações, andei com mais cuidado até o banheiro, lá pude relaxar, não senti nada. Depois do banho arrumei meu cabelo, peguei uma meia calça, um vestido, uma boina, uma bota, tava bom assim, o Caio tinha ido ver meus amigos, quando voltou no quarto me surpreendeu pegando minha cintura.

- Você está linda!
- Não to não. To gorda!
- Você ta grávida, tu quer ficar magra?
- Certo, mas já ta na hora?
- Sim, vamos?
- Hum... – Respirei fundo, virei pra ele, sorri – Vamos.

            Fomos até a sala de mãos dadas, os meninos que estavam vendo TV olharam e sorriram.

- Onde o casal ta indo? – Perguntou Graziiy deitada no ombro de Moises.
- A gente ta indo no médico, preciso consultar né flor?
- Ain é mesmo Pam, a gente nem pensou nisso quando saímos do Brasil.
- Coisa que nois pensa né Graziiy.
- Verdade. – Rimos.
- Xau, a gente se vê mais tarde.
- Xau amores. – Falei dando xau pro João Pedro que brincava com Chickity no chão da sala.

            Saímos do apartamento, no elevador encontramos um casal de idosos de mãos dadas, sorri quando eles olharam pra mim.

- bonne après-midi (Boa Tarde) – Disse o casal quando se despediram de nós no elevador.
- Ooown o que eles disseram?
- Hahaha Boa Tarde, vai se acostumando, tenho que dá umas aulas pra você e pros seus amigos.
- É também acho. – Falei sorrindo, ao sair de mãos dadas do elevador com Caio.


            Entramos no carro de Caio, as ruas de Bruxelas estavam calmas, um frio do cão, os prédios altos me chamavam atenção, mas não havia nada mais bonito do que os campos de girassóis, os imensos jardins, que tinham em cada canto daquela cidade. Pronto, estava apaixonada pela minha nova casa.
            Caio me mostrou alguns pontos turísticos da pequena Bruxelas, eu observava as pessoas andando, comendo, sorrindo, povo tão diferente do que estava acostumada a ver.
            O carro parou em frente ao um imenso prédio, outro prédio grande, saímos do carro, olhei pra Caio ele sorriu.

- É aqui amor, o consultório de minha amiga Dra. Jayne.
- Ta certo, amiga né.
- Iiiih, que lindo, crise de ciúmes?
- Não só to querendo saber mesmo.
- Sei. – Disse abraçando-me com um sorriso enorme. – Je t’aime (Eu Te Amo)
- Eu também amo você. – Falei sorrindo.
- Você entendeu?
- Tem umas coisinhas que já to arranhando.
- Ooooown, Je t’aime. – Nos beijamos no meio da rua algumas pessoas passavam e olhavam eu nem tava ligando – Amor, vamos entrar já estávamos um pouco atrasados.
- Sim, vamos lá né, seja o que Deus quiser.


Continua...

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