Capitulo 18
O
sol batia forte em meu braço que envolvia Luan, o olhei dormindo tão
tranquilamente. Mas já estava tarde, o sol tava muito forte sem relógio sem
nada, completamente perdida no tempo. Sai de perto de Luan, vesti minhas roupas
ainda jogadas pela areia.
Deixei
Luan sozinho naquele lugar, pensei em chamá-lo e dar um “xauzinho”, mas não
tive coragem, deixa ele perceber minha ausência.
Sai
com pressa. Cheguei em casa tomei um banho, pra minha surpresa estava cedo. Não
vi Andreza nem Eduarda quando sai, Duda devia estar na casa de Marcelo, já
Andreza aquela com certeza estava com seu “amiguinho”, na verdade não sei – a
porta do quarto estava fechada, ela poderia estar dormindo ainda.
Vesti
uma roupa segui caminho á faculdade.
Fiquei
lembrando dos beijos de Luan– preciso tirar aquele garoto da minha cabeça – Não
quero relacionamento agora, não quero!
Pensando
assim, com as cabeças nas nuvens, mal percebi a ultrapassagem de um carro, ele
veio em minha direção com tanta rapidez que tombei a moto, seu peso caiu todo
sob minha perna. Fiquei tonta.
O
motorista logo parou o carro ainda bem, ajudou a tirar a moto que né nada
maneira de minha perna direita.
-
Ah... Obrigada – agradeci pelo seu gesto apesar de quase ter me matado, mas a
culpa não foi dele, eu que estava pensando longe.
Tentei
levantar, o moço não deixou.
-
Fica calma vou chamar uma ambulância, espera, vou chamar alguém... – nervoso e
tremendo o moço que já tinha um pouco de idade pegou seu telefone.
-
Tudo bem – apoiei minha mão arranhada no chão – Eu estou viva, ta tudo bem, não
precisa ligar pra ninguém não, eu consigo ate me levantar – com grande
dificuldade e muita dor no quadril e na perna. – Eu vou no hospital consigo
chegar lá.
-
Então espera eu levo você.
-
Não tudo bem, eu posso ir sozinha. Pega minha moto ali moço por favor.
-
Tem certeza?
-
Tenho sim, olha vai pra casa beba um pouco de água com açúcar, ou para em
qualquer padaria e beba alguma coisa, fica calmo eu to bem...
Tirei
o capacete certificando que não havia quebrado ou machucado nenhuma parte da
minha cabecinha. Mas tava tudo bem.
Minha
moto um pouco arranhada quase cortou meu coração de tanta dó, ela era minha
xodó.
O
hospital não estava longe, alguns quarteirões de distancia, pertim.
Sentada
na fila de espera pra ser atendida, com uma baita dor de cabeça, bati as chaves
da moto em meu capacete, uma criança que ao meu lado estava não parava de
chorar. Tadinha, suas bochechas muito avermelhadas sinal de febre.
O
tempo passava de nada do Dr. me atender. Ô vida, assim perco minha faculdade.
Liguei
pra Ricardo, avisando o que tinha acontecido, e pedi pra me dispensar não
conseguiria trabalhar hoje. Pensei em ligar pra Deza mas não queria atazanar a
vida dela, pensei na Duda mas aquela não larga a faculdade por nada. Luan? Não,
Luan já me deu muito problema hoje. Aff! Se não parar de pensar naquele garoto
acabo morrendo.
-
Danielle Gonçalves – chamou a Enfermeira.
Levantei
com dificuldade, meu corpo já frio a dor aumentou. Depois de vários exames,
pedidos pra RX, mexidinha ali, mexidinha aqui, fui dispensada com varias
receitas de remédios. Aff, odeio tomar remédio – reclamei pro Dr.
A
enfermeira enfaixou o local machucado pra não ter perigo de entrar em contato
com nada e acaba infeccionando.
Já
era tarde, quando cheguei na portaria de meu prédio. Por volta das 22 horas,
nunca vi fiquei o dia todo na rua. O acidente fez ficar um tempão plantada no
pronto socorro, e ainda achar o bendito remédio nas farmácias que parecia ter
os engolido.
Os
números do elevador estavam lentos... Mais uma coisa pra atrasar a vida da gente,
queria tanto um banho, colocar minha cabeça na minha cama e definitivamente,
APAGAR.
Deza
on:
Dani
não veio trabalhar, Ricardo não quis me dizer o porque dela faltar, eu confesso
que liguei varias vezes, mas ela não quis me atender..
Fim
de noite e eu já saia do curso de musica, quando vi Luan ao longe, totalmente
distraído.
-
Oi! – disse toda animada, mas ele parecia não estar.
-
Oi, tudo bem. – No me convenceu.
-
Não parece. Quer conversar?
-
Tem cerveja na sua casa? – Luan perguntou parecendo que ia aceitar meu convite.
-
Bem gelada, e uma loira quente, bem na sua frente. - Não resisti a piada.
-
Ahaushuas você é muito boba Andreza, mas eu vou sim, afinal to precisando de
uma loira gelada e uma boa conversa.
-
Só isso? – perguntei com segundas intenções.
-
Ai já não posso garanti.
Luan
me deu uma carona em seu carro, liguei pra Dani, pra saber dela, mas nada de
atender, to ficando preocupada. E queria saber também se podia levar Luan e
quem sabe deixar ele dormir por la.
-
Não consigo falar com a minha amiga. A duda ta na facul, mas a.... – Luan
interrompeu.
-
Chegamos!
Fomos
ate o apartamento e estava vazio, como esperava.
-
Vou buscar a cerveja e uns amendoins pra gente ok?
-
Ok, vou ver se tem algum filme novo aqui pra gente ver.
Voltei
com, mas cervejas e pacotes de amendoim, mas não queria so beber, eu queria
ele. Ok estou só um pouquinho atirada hoje. Kkkk Luan também nem pra colaborar
ne? Quando voltei ele já estava sem camisa. Meu calor só aumentou.
-
Tá calor ne? – brinquei com ele.
-
ahuhsuahus um pouco, quer que eu coloque a camisa?
-
Não, não... acho que ate vou tirar a minha kkkkkk
-
Vem cá que eu tiro. – riu safado.
-
Deixa de ser safado Luan!
Entreguei
sua cerveja e assistíamos a tv.
-
Você não disse que queria conversar? To esperando você começar...
-
Não quero mais conversar, já passou. To meio confuso ai, mas não quero pensar
nisso.
-
E o que você quer agora?
-
Você. – Luan me puxou pela cintura e me beijou, minhas mãos acariciava seu
peitoral nu, e eu o senti arrepiar, Luan tirou minha blusa com certa agilidade,
ouvi a porta sendo destrancada, deve ser a Duda... ela não liga.
Dani
on:
Dificuldade
de achar a chave, mais essa. Tudo na minha vida ta dando errado, o Jesus me
ajuda.
Pensei
que estava sozinha, a TV da sala estava ligada, dava pra ouvir o barulho de
longe. Andreza! – supus. Mas para minha surpresa era Deza, e para o meu
desgosto ela não estava sozinha. Aos beijos com aquele que me fez feliz a noite
passada, com aquele que dormiu em meus braços jogados na areia da praia. Aquele
que quase provocou minha morte por tanto ficar em meus pensamentos. LUAN, Luan
e Andreza. JUNTOS! J-U-N-T-O-S deitados no sofá da minha sala, do meu apê, e
ele com minha amiga. Fiquei paralisada na porta sem reação, minha perna
enfaixada não se movia, meu cérebro tentava, e tentava implorá-la pra se mexer
mas não consegui.
Continua...