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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Qual é o limite de um sonho?

Eu voltei ... kkkk tava com saudads daki nossa qntO tempo... A Deza deve q ta querendo me matar né amigah... mas eh dificil trabalhar, estudar e vir pro Blog :S
Mas apartir de hoje eu vou deixar um tempo pra vcs aqui ....
Voltando em grande estilo kkkk' ... to postando alem dessa foto que tirei dia 03/06 em Araxá-MG no show do Luan ... eu vou postar um sonho q eu tive com ele... esse foi só em um capitulo, dpois continuarei a postar a UM SONHO BOM q tem sua 2° versão ...
Espero q gostem meus anjOs...

Qual é o limite de um sonho? Até onde podemos ir se sonharmos? Pessoas diferentes podem se amar? Mundos diferentes podem se unir através de uma paixão arrebatadora? Eu não sei.

Qual é o limite de um sonho?

            Era um dia de chuva, o tempo não estava bom. Na manhã seguinte iria para o Rio de Janeiro. Minha amiga Andreza estava me aguardando.
            Eu moro em Campos Altos – MG, uma cidadezinha pequena. Tenho 18 anos, gosto de rock e de sertanejo. Sou louca pelo Guns n’ Roses e pelo Luan Santana.
            Duas paixões diferentes meu fio positivo e meu fio negativo. Sem eles eu não funciono. Se desconectar algo eu pifo.
            O sino do santuário bate 15hrs, estava no serviço. Vendo um filme chamado Uma Prova de Amor.
            Neste dia iria trabalhar até as 17hrs, pois tinha escola. Eu curso Téc. Em Enfermagem em Araxá. Minha vida não é muito agitada. Todo dia de manhã eu acordo, depois vou para o serviço, mais tarde pra escola, chego em casa 00:30, fico no twitter com a FamiliaLS até 1:30 e apago na cama.
            Essa rotina é horrível. No Domingo eu não saio, fico o dia todo deitada no chão do meu quarto ouvindo música, ou estudando.
            Quis ir para o Rio esfriar a cabeça. Mudar a “rotina”. Era Julho. Estava de férias na escola, e no serviço dei um jeito de escapar por 2 semanas.

            O grande dia chegou. Meu coração não se aquietava. Estava nervosa.
            No avião fazia frio. O tempo ainda não melhorou. Enrolei-me em um cobertor e cochilei. Quando acordei já estava no Rio de Janeiro.
            Andreza me esperava ansiosa perto da escada do aeroporto.
__Amiga! – gritei.
__Dany! – gritou Deza correndo ao meu encontro.
            Estava tarde. Fomos direto para o seu apartamento, chegando lá tomei um banho. E fomos jantar.
            Não quis sair para jantar fora, comemos alguma coisa por lá mesmo.
__Nossa estou quebrada.
__Você está muito quebrada?
__Só um pouco. Por quê? – perguntei sorrindo.
__Você não quer dá uma volta pela praia não?
__Há Deza. Praia? Caramba... Bem, pode ser.
__Ótimo. Vou tomar meu banho e agente vai tá ok?
__Ok!
            Ela correu para o banheiro. E eu para o quarto. Tive que me trocar estava de pijama. Usei um short, chinelinha Havaiana e uma bata branca. Deza saiu do banho e logo vestiu um vestido também branco e chinelinha Havaiana.
             Descemos pelo elevador. O caminho até a praia foi tranquilo, eu e a Deza rimos de tudo que víamos, parecíamos duas crianças.
            A praia estava quase vazia, havia pouquíssimas pessoas. Sentamos na areia branca bebendo água de coco. O vento era forte, como eu disse o tempo não estava bom. Não iria demorar a chover mais mesmo assim não fomos embora.
            Por reflexo eu não sei, vi várias pessoas correndo.
__O que aconteceu? – perguntei assustada.
__Eu não sei vamos olhar?
__Tá legal. Vamos!
            Saímos descalças andando curiosas em direção a multidão. Não precisamos nos aproximar para saber quem era. Nem no Rio de Janeiro eu estava livre. MALDIÇÃO.
__AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – Deza gritou.
            Dei um pulo me assustei.
__Tá doida menina?
__Vamos Dany! É o Luan, é o Luan Santana! – ela segurou meu braço e me puxou. Será que ela não lembra que eu fujo dele?
            Deixa eu contar por que eu fujo do Luan a tanto tempo.
“Eu conheci o Luan em 2008, por uma rádio da minha cidade, quando eu o escutei pela primeira vez me apaixonei, foi como se meu mundo tivesse virado de cabeça para o ar. Eu era uma rockeira, só curtia coisas doidas como Evanescence, Avril Lavigne, Guns n’ Roses, Queen, Nickelback, 3 Doors Down, entre outros. Uma Emo se apaixonou por um cantor Sertanejo. Claro, eu não mudei muito meus gostos. Ainda ando feito emo (usando muita maquiagem, chorando pra caramba, usando só roupas pretas (mesmo sendo téc. Em Enfermagem) Quando deu no final de 2010, comecei a ter sonhos com o Luan, sonhos BEM esquisitos. Apenas com o Luan Santana, não eram sonhos normais por que sempre se repetiam, nunca chegavam ao fim. Era um castigo uma tortura, ele ia pra me beijar e eu acordava, ou agente ia se assumir e eu acordava, sonhos que duravam semanas, dias, meses. Quando não sonhava com o Luan, eu não sonhava com mais ninguém. Minha mente entrava numa escuridão terrível. Sem nada, absolutamente NADA. O medo tomou conta de mim, nunca fui a um show do Luan por medo de que meus sonhos se realizassem que eu e o Luan ficássemos juntos, e seus fãs me odiassem por isso, ou pior odiassem ele por estar comigo. Nunca houve um sonho meu que não se tornou real, por que com o Luan seria diferente?”
__Dany! – Deza ainda segurava meus braços tentando me levar para aquele que eu fugia.
            Eu não reagia, estava sendo puxada por isso andava. Senti que meu coração iria soltar pela boca, tive que contê-lo coloquei minha mão por cima e respirei fundo.
__Nada irá acontecer! – pensei.
            Corri com Andreza para mais perto do meu amor. Chegando lá seu olhar nos focou. Estremeci. Ele sorriu e pegou na mão de Andreza.
__Você de novo? – eles riram.
__Luan, tira foto? – perguntou Deza com um enorme sorriso.
__Claro amor!
__Tira pra mim Dany? – eu com a mão tremendo segurei a câmera que Deza me entregou. Nem sei de onde havia saído àquela câmera, não me lembro de ter visto Deza com ela na praia.
            Com a foto já salva na câmera. Ele me olha sem entender nada.
__Você não quer uma foto? – eu e Andreza nos olhamos. Luan ainda não entendia nada.
            A multidão foi afastada.
__Nada? – perguntou Deza ainda espantada.
__Nada o que? – Luan sem entender nada pergunta.
__Deixa Deza... – a fuzilei – tira uma comigo Luan?
__Tiro! – disse o amor da minha vida, sorrindo por estarmos normais novamente. Deza tirou nossa foto.
            O Rober nos tirou de perto.
__Nada aconteceu Dany.
__Nada Deza... Nada! – meus olhos já estavam cheios de lágrimas.
__Por que você tá chorando?
__Eu não acredito que fugi dele este tempo todo. Se eu soubesse disso não tinha fugido.
__Eu te falei amor, que nada iria acontecer. Foi só um sonho Dany.
__É Deza só um sonho!
            Continuamos nossa caminhada, pelas ruas do Rio. Até chegarmos ao prédio de Andreza.
__Vou tomar outro banho e dormi tá Deza.
__Tudo bem Dani eu vou comer alguma coisa. Me deu uma fome!
__Tá bom.
            Cada uma para o seu canto.
            O resto da noite foi silenciosa. Até que eu acordo assustada. Droga outro sonho! Meu coração ficou desesperado. Não podia ser. Outro?
__Dani, o que aconteceu?
            Meus olhos estavam repletos de lágrimas, estava em prantos. Uma tristeza enorme tomou conta de mim.
__O que foi Dany? Você tá me deixando preocupada. Fala alguma coisa, por favor. – apesar da Deza estar perto sua voz pra mim era longe.
__Eu... – respirei fundo, tentando me lembrar de como que se fazia as palavras saírem. – Eu... sonhei de novo.
__De novo Dany?
__De novo Deza! Quando será que isso vai acabar em?
__Eu não sei amor. Eu não sei!
            Deza voltou para sua cama, e eu fui para a cozinha beber um copo d’água.
            Parecia tão real, tão real, que se eu não acordasse poderia jurar que ele estava nos meus braços.
            Levei mais um tempo na cozinha pensando no meu sonho. Voltando para o quarto Deza já tinha apagado novamente.
            Deitei em minha cama improvisada, escutando música até meu sono voltar.

            O sol que invadia o quarto nos acordou. Já passava de 13hr, nem e eu e nem Deza queríamos levantar. Mas era preciso. Eu não vim para o Rio para ficar deitada dormindo o dia todo.
__Vamos para a praia? – perguntou-me Deza quando estávamos almoçando.
__Tá, vamos sim! – será que esse povo do Rio não desgruda da praia não?
            Desta vez a praia estava lotada, mas acabamos encontrando um lugar bem sossegado pra ficarmos. Deitamos na areia fina e branca da praia.
            O sol ficou fraco com o passar das horas, quando nos tocamos já era tarde.
__Andreza?
__Oi Dany!
__Agente tem que ir?
__Você que sabe.
            Estamos deitadas na areia. Nois preguiçosas? Imagina.
__Dany?
__Oi Deza!
__Amanhã tem show do Luan, você quer ir?
__Vamos né. Eu tenho que parar com essa bobeira, eu ainda não acredito que não aconteceu nada.
__Há Dany, você tem que achar bom. Não era isso que você queria?
__Era.
__Então!
__É mesmo, então agente vai nesse show.
__Vamos!
__Que tal agente fazer uma loucura?
__Que loucura?
__Vamos para o lugar do show AGORA?
__Agora?
__Humrum...
__Mas o show vai ser amanhã.
__Eu sei.
__Há você quer chegar na frente?
__Não né meu amor, é que eu quero ver os preparativos.
__Há tá.
__Uai você não quer ir?
__Não, agente vai. Vamos lá pra casa, tomar banho e arrumar as coisas.
__Vamos.
            Chegamos na casa de Andreza, arrumamos tudo e logo saímos. Fomos para o local do show, logo de cara tivemos uma surpresa. Tinha gente lá, mas não era fã. Era ele.
__LUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAN! – Deza gritou, e eu me assustei como sempre. Tava chocada de mais para gritar.
__Oi meus amores.
__Aih meu Deus!
            Ficamos assistindo a passagem de som. O Rober não queria que eu e a Deza ficássemos ali mais o Luan falou que não tinha problema, que agente podia ficar.
            E assim foi. A passagem de som tinha ficado pronto, agora o Luan ia para o hotel, ele pediu que fossemos embora, que não era pra gente ficar ali, que era pra gente voltar no dia seguinte. Mas nem eu e nem Deza tiramos o pé do local. Ele deu um beijo e um abraço na Andreza, que ficou meio boba, eu ri. Quando ele veio em minha direção pra me deixar boba também, eu o parei. Sem entender nada Luan me olhava, eu sorri e o abracei. Mas não permiti que ele me beijasse no rosto, mas o louco me deu um beijo no pescoço no meio do abraço.
            Me arrepiei. Deza riu.
__Machucou?
__Boba, para? – mostrei língua pra ela.
            Arrumamos um jeito de deitar, já era tarde nem consegui dormir direito. Cara ele me abraçou. Ele beijou meu pescoço. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...
           
            Acordamos com um sol fraco no rosto.
__BOOOOOOOOOOOM DIAAAAAAAA DIAAAAAAAAAA! – Deza deu o bom dia pro dia dela, e eu me espreguicei.
__EEEEEEEEEh hoje é Hoje! Só isso que eu tenho pra falar é HOJE! – rimos – Quem diz isso?
__LUAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAN – falamos juntas. – Tah agora vamos tomar café, to com fome!
__Vamos sim, porque eu também to com fome!
__Imagino.
            Peguei o lanche que tínhamos feito antes de chegar no local do show. Tava péssimo :S claro, foi tudo arrumado as pressas nem ficou tão gostoso como tinha que ficar, mas tá bom pelo menos agente viu o Luan e abraçamos o Luan, e mais tarde veremos o show do Luan. EEEEEEEEEEEEEEEitah nois!
__Hum... que delicia! – menti.
__Isso tá péssimo Dany!
__Humrum, concordo. – rimos.
            O resto do dia se baseou em conversas pelo twitter, até chegar a noite. Eu e Deza já estávamos um caco, a sensação era como se um trem bala tinha passado por cima de nossos corpos. Faltava pouco para o show, e pouco para todo mundo chegar.
__É agora Dani!
__AAAAAAAAAAAAAAAAAA! Muié é AGORA!
            Depois de muita gritaria, ele apareceu como um Meteoro, como O NOSSO METEORO! Gritamos choramos a cada música a cada sinal de aproximação do Luan.
            Acabou.
__Dany? – chamou-me Andreza indo em direção ao fundo do palco.
__Oi Deza. Aonde você vai muié?
__Vamos ali, quero tentar uma coisa.
__Que coisa? – ela não disse nada só andou – tá vamos então.
            Vi uma van ao longe.
__Andreza Leite, o que você esta planejando?
__Vamos com o Luan.
__Hahahaha faz me rir. Você tá falando serio?
__Seriíssimo.
__Deus nos ajude.
            Entramos sem ninguém nós ver dentro da tal van, eu não sabia direito se era mesmo a van do Luan, mas fomos. Conseguimos se espremer lá, nossas mochilas ocupavam mais espaço do que cinco de nois.
__Ai cara que calor. – reclamei jogando minha mochila pro outro canto.
__Xiiii... Dany fica quieta. – mostrei língua pra Deza.
            Escutamos vozes, essas eu conhecia. AAAAAAAAAAAAAA era ele. Deza me olhou com olhos de vitória, conseguimos encontrar a van do Luan.
            Ele entrou. Ficamos paralisadas, injetaram morfina em mim, pois não consegui nem sentir meus músculos mais. Ficamos em silêncio, vi que Deza estava se contendo para não poder agarrar o Luan, também não era pra menos ele estava a trinta centímetros de distância de nós.
            A van parou em frente ao hotel. O Rober desceu e logo após o Luan desceu. Eu e Deza pudemos nos esticar e voltar a respirar. Graças a Deus.
__Andreza? – chamei – Temos que sair daqui. – ela assentiu.
__Vem. – pegamos as mochilas e escorregamos pela porta.
            Quando acabamos de colocar os pés pra fora do carro. Demos de cara com o segurança e com o Luan.
__Oôw! – falei com as mochilas nas mãos.
__Oi Luan! – Deza falou sorrindo, mas vi que ela tremia mais que gelatina.
__O que vocês estão fazendo aqui?
__Hã... – não consegui dizer, olhei pra Deza a encorajando.
__Viemos te ver. – falou Deza por fim.
__Cara vocês não podem ficar aqui. – Luan falava, fizemos biquinho, ele sorriu. Seu segurança já estava vindo em nossa direção até que o Luan disse: - Bom vocês são de maior né?
__Humrum! – confirmou Andreza com um sorriso no rosto.
__Então não tem importância, vem vamos entrar antes que nos vejam aqui.
            Achei que iria morrer. Fomos fuziladas por uma mulher que estava com o Anderson, era a Dagmar, o Tio Ju também estava só que um pouco mais longe conversava no telefone.
            O Luan pegou em nossas mãos, eu me assustei, pois mergulhava em pensamentos.
__Você quer ir? – perguntou-me o amor da minha vida.
__Claro!
            Sua mão se desgrudou da minha e veio na direção do meu pescoço, ele me aconchegou em seu corpo dando um beijo em minha testa.
__Se você quiser dar um fim na minha vida, me avisa tá? – ele riu, sem saber do que eu falava.
            Entramos no quarto, o Rober foi atrás como sempre. O quarto do Luan era enorme, tinha uma cama de casal no centro, ela me chamava eu precisava descansar.
__Hum... – Deza iria falar, mas parou vendo meu estado de lerdeza. – Dani você tá bem?
__Oi? – virei pra ela o Luan nos encarava – A tá... sim eu estou bem. To cansada.
__Vocês querem que eu peça para levarem vocês para casa?
__Não! – disse eu e Deza ao mesmo tempo.
__Eu to bem. Aí meu Deus você deve ta cansado também né Luan, agente fica te enchendo o saco aqui.
__Não amor que isso, vocês não estão me incomodado podem ficar.
__Andreza, agente...
__Fica! – completou ele.
__Luan não dá caramba, eu tenho que tomar banho, preciso dormi, estamos desde ontem naquela arena esperando o seu show. – falei.
__Aqui tem chuveiro.
__Não me diga, que você está pensando em... – levantei uma sobrancelha e olhei pra cama. Ele riu.
__Não, não estou pensando em... naquilo, vocês podem tomar banho aqui, fiquem a vontade. Quando quiserem eu peço pra levarem vocês pra casa.
__Você é um anjo! – Deza olhava o Luan como se estivesse olhando uma torre de chocolate.
__Que isso amores. Bom, eu vou tomar banho. – ele saiu para o banheiro – fiquem a vontade – o Rober ainda continuava ali.
            Luan demorou uma hora no banheiro, cara esse vai enrugar no chuveiro. Depois dele eu fui, Deza foi a última.
            Ela estava no chuveiro. Luan deitou na cama e ligou a TV, sentei-me juntou dele.
__O que você quer fazer? – Luan me perguntou. O olhei espantada, vendo meu estado ele completou – você gosta de jogar?
__Aí eu quero jogar. – pulei na cama como uma criança. – desculpa, sou meio infantil, nem pareço ter 18 anos.
__18?
__É, mas não conta pra ninguém eu não gosto da minha idade.
__Por que?
__Me da uma sensação que estou envelhecendo.
__Eu sou mais velho que você tenho 20.
__Você é apenas mais ou menos 8 meses e 9 dias mais velho que eu.
__Mais ou menos. – nos olhamos, mordi o canto da boca.
__Vamos jogar? – propus.
__Vamos.
            Ficamos como crianças jogando Guitar Hero, eu perdi L. Deza chegou no quarto e ficou rindo de nossas brincadeiras.
           
            Ouvi uns batidos na porta. Meu corpo estava dolorido, abri meus olhos devagar. Vi um braço a minha volta, era meu anjo eu e Luan deitamos na cabeceira da cama, Deza estava debaixo de um edredom com os pés em cima da minha coxa.
            Levantei, e abri a porta. Não me lembrei que as roupas que estava usando era as do Luan, eu não tinha levado roupa nenhuma para o show, só as do show mesmo que estavam suadas e sujas. Então o Luan me emprestou um camiseta, sua camiseta serviu como vestido, pois não achamos nenhuma parte de baixo para usar. Deza também se vestiu com uma camiseta do Luan só que ela estava levando um outro short na mochila, eu devia ter levado um pra mim também. Precaver né.
__Bom dia! – disse para um homem alto e magro, que batia na porta. Ele me olhou de baixo pra cima.
__Bom dia! – falou o Tio Ju com vergonha, como eu disse tinha me esquecido que estava apenas com a camiseta, cara eu devo ter assustado muito o Tio Ju ele ficou mais vermelho que um pimentão – Cadê o Luan?
__Dormindo Tio. – eu olhei pra trás, e o tio olhou por cima de meus ombros. – vou chamá-lo. Vem entra.
            Ele entrou. E eu subi em cima da cama cutucando o Luan, ele não acordou muito fácil, mas depois de várias tentativas minha e do tio ele finalmente acordou.
__Oiii...
__Luan, o tio tá te chamando acorda amor.
__Quem?
__O tio Ju.
__Só mais um minutinho. – ele virou pro canto. Olhei pro tio.
__Eu tentei. – falei rindo, ele riu também.
            O tio olhou o quarto, eu fiz careta. Nossa tava um pouco bagunçado, os joysticks estavam todos jogados pelo caminho, a cama nem se fala parecia que uma manada tinha passado em cima, o edredom que Deza usava estava parte em cima dela e parte em cima do criado mudo. O travesseiro que Luan e eu usamos foi parar no chão junto com os outros.
__Vocês fizeram A festa aqui em!
__Festa? – olhei o tio espantada com o que ele falava – hã... a tá, caramba não aconteceu nada não – fiquei com vergonha de pensar no que ele podia estar pensando – eu e o Luan jogamos vídeo game a noite toda aí a Andreza foi dormi pois ela não tava aguentando mais ficar assistindo. Eu me cansei, e disse ao Luan, que desistia não conseguia vencer ele por nada, feliz da vida o gordo pegou e desligou o vídeo game, eu me deitei e ele deitou junto de mim. Não vimos mais nada apagamos.
__Imagino.
            Não demorou muito o Luan se levantou, tomou seu banho e nos esperou pra tomar café. Depois de algumas horas, a Dagmar chegou no quarto.
__Luan tá na hora.
__Ta bom!
            Eu já estava com a minha mochila na mão, só esperando a Deza se despedir. O Luan se aproximou de mim.
__Vai ter uma revanche não vai ficar assim, eu ainda te venço. – eu disse vendo o meu amor, sorrir ao se aproximar de mim.
__Vamos ver então. – ele me abraçou, e beijou meu pescoço. Arrepiei, ele riu.
__Xau, vai com Deus.
__Xau amor, vai com Deus também.
__Amem. – o abracei novamente. Ele sorriu e retribuiu o abraço.
            Eu e Andreza saímos do quarto, deixamos nosso amor pra trás.
__Dany?
__Que foi Deza?
__Vamos segui o Luan de novo?
__Andreza!
__Vamos? To mal acostumada, vamos Dani, por favor, vai comigo?
__Mas ele vai pro aeroporto agora.
__Então agente, pega um taxi ali embaixo, e vai pro aeroporto, lá damos um jeito de entrar no bicuço.
__Aí caramba, isso não vai da certo. Ele vai acabar se chateando, agente fica seguindo ele. Mas vamos, seja o que Deus quiser.
            Descemos de elevador até a entrada do hotel. Estávamos um pouco mal arrumadas, as funcionarias do hotel nos olhavam com curiosidade. Não era pra menos, eu e a Deza carregávamos duas mochilas enormes, eu vestia meu all star que fui ao show, o mesmo short do show, e a camisa do Luan (ele deu pra mim de presente), a Deza estava com o short que ela dormiu, a blusa do Luan, e sandália de salto alto.
            Pegamos logo o taxi na entrada. Fomos para o aeroporto, e lá ficamos por mais de uma hora só esperando o Luan.
            Quando o anjo de nossa vida apareceu ao longe, demos um jeito de entrar no bicuço sem ninguém perceber.
__Estamos ficando boas nisso, ninguém se quer notou nossa presença. Podemos entrar pro FBI.
__Aí Dany, larga de falar bobeira. – ela olhou pra fora – Psiu, olha eles estão vindo.
__Tá mais chega pra lá você ta me apertando.
__São essas mochilas.
            Joguei nossas mochilas pro fundo. Ficamos em silêncio. O Luan conversava com o Anderson, parecia que eles não nos viu ainda. Entrou mais um moço, esse eu não conhecia. Todos dentro do bicuço, ele levantou voou.
            Eu olhava todos com atenção, Deza começou a coçar, não sei bem o que ouve. A olhei com cara de preocupação, ela não respondeu nada, também não podia. Num piscar de olho. Ela gritou.
__AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
            Todos dentro do jatinho se assustaram, eu levei um susto. O Rober nos pegou pelo braço.
__Aí caramba estamos fritas. – disse olhando pra Deza.
__Meninas, o que vocês estão fazendo aqui? – perguntou Luan ficando sentado em sua poltrona.
__É que... – tentei dizer mas não sabia bem o motivo de estarmos ali.
__Pode soltar elas. – ele falou ao seu segurança – meninas, vocês devem ta malucas – ele tirou os olhos de mim e da Andreza e se virou para o seu empresário – temos que descer.
__Tudo bem, vou ver isso.
__Tá bom – o Luan se ajeitou na poltrona e nos olhou sem entender nada. – sentem-se.
            Eu e Deza sentamos em umas poltronas próximas ao Luan.
__Vocês são loucas!
__Sabemos disso, desculpa. – falei abaixando minha cabeça.
__Você não agüentou esperar para uma revanche? – ele disse e eu o fuzilei.
__Você teve sorte. – rimos.
            O Anderson voltou.
__Bom, o jeito é esperar voltarmos ao Rio, vocês ganharam uma viagem com o Luan para um show, amanhã tem outro no Rio então quando voltarmos deixamos vocês lá.
__Humrum.
__Mas um dia comigo? Ta aí Dani, vamos ter tempo pra jogar. – mostrei língua pra ele.
            O restante da viagem foi só risos, eu fazia desenhos na janelinha do bicuço e a Deza ficava o maior papo com o Luan. O jatinho não era muito grande então a Deza sentou nos pés do Luan e eu sentei na poltrona do lado dele.
            O Luan acabou dormindo, a Deza também. Eu não consegui, fiquei olhando o céu, voando em pensamentos. Até que veio uma mão e mexeu no meu cabelo.
__O que você tá pensando? – disse-me o amor da minha vida.
__Pensando em como vai ser quando eu acordar.
__Acordar?
__Isso só pode ser um sonho. – ele não respondeu só riu e continuou a enrolar meus cabelos em seus dedos.
            Chegamos ao local do show. Eu e Deza estávamos animadas, eba iríamos ter bis do show de ontem. Do caminho do aeroporto até o hotel, foi só curtição Deza aproveitava e tirava casquinha do Luan e eu boiava rindo das brincadeiras dos dois. Não demorou muito e já estávamos dentro do hotel. Eu, Deza e Luan dividimos o mesmo quarto de novo, aquilo tava virando uma rotina.
            O Luan foi pro banho eu e Deza ficamos vendo TV, logo depois revezamos no banheiro, primeiro foi eu depois Deza. Vestimos umas roupas que a Deza tinha levado (nunca vi menina mais precavida do que esta). Vestidas, arrumadas e lindas, fomos pro show. O Luan riu de mim, pois não quis usar um salto que Deza tinha levado.
__Eu não uso isso Deza!
__Dani, usa é tão lindo?
__EU NÃO GOSTO DE SALTO! – gritei.
__Aí mais que coisa, então tá.
Fui de short e all star. Deza não gostou muito do meu visual mais não brigou mais comigo. Luan foi na frente, eu e Deza fomos atrás.
            No show, muita correria. Ficamos nos nossos lugares perto do palco. O Luan se emociona a ler cartazes que fãs levaram, ele nos ama, tanto quanto amamos ele e isso fez lágrimas correrem sem dó pelos meus olhos lembrando da família que devia estar no twitter, torcendo e rezando para que Deus cuidasse do nosso anjo, da nossa vida, do nosso bem mais precioso. Luan Rafael Domingos Santana.
__Dany?
__Oi Deza.
__Como será que vai ser amanhã? Digo, será que vamos conseguir nos despedir dele?
__Eu não sei Deza, vai ser foda deixá-lo, mas não podemos segui-lo por toda vida.
__É.
            O show acabou, fomos para o camarim ver como o Luan estava. Ele como sempre lindo, e cansado estava sentado conversando com o Tio Ju. Eu e Andreza chegamos e ficamos perto da Dagmar, ele nos viu e sorriu.
__Gostaram do show meus amores? – perguntou Luan vindo em nossa direção.
__Tava lindo Luan. – Deza falou.
__Amamos Luh. – eu disse.
            Ele nos abraçou. Mas logo soltou-nos, escutamos gritos, gritos bem altos, estavam pertos. Os seguranças vieram pra nos cercar. Seriam fãs? Eu não sei, mas fãs não faz isso, mas era pelo menos umas cem, eu não sei como mas fomos tirados correndo do camarim. Os seguranças colocaram Luan no helicóptero, ele não quis nos deixar e fomos juntos. Não cabia mais ninguém no helicóptero, eu, Luan e Deza juntos com o segurança piloto. Fomos decolar de helicóptero.
            O resto da banda? Eu não sei pra onde foram mais vi que saíram pro lado oposto ao nosso.
            Sobrevoamos por alguns minutos até o telefone de Luan tocar. Ele atende.
__Oi? Sim, estamos bem. E vocês onde estão? Ok vou falar pra ele. Xau, ate mais tarde.
__Luan? – chamou Deza assustada – cadê eles? Os meninos estão bem?
__Estão sim meu amor. Algumas fãs meio que loucas tentaram entrar no camarim – ele riu – que susto que eu levei. Bom, vou avisar ao piloto pra onde temos que ir.
__E pra onde vamos? – perguntei curiosa.
__Pro Rio, ou melhor pro sudeste do Rio.
            Luan sentou-se perto da cabine do piloto e falou o caminho que devia seguir. Eu estava nervosa, e meio que assustada deitei no ombro de Deza. O Luan chegou e deitou no colo da Andreza.
__Ei. Aonde eu vou escorar? – rimos, mas nem eu, nem Luan nos mexemos.
            O tempo passou, cara era longe o local do show. Ouve um barulho no helicóptero, o piloto gritou:
__Droga!
__O que foi? – Luan perguntou assustado.
__Estamos sem combustível.
__Meu Deus.
            Agente vai cair? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. – pensei.
__Acalmem-se eu vou procurar um local pra pousar.
            Ok, me acalmar. Como se faz isso? AAAAAAAAAAAAAAA eu não acredito, vamos todos morrer. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA.
            O helicóptero perdia altura, estávamos caindo mesmo. O Luan segurou em nossas mãos, ele queria que nos aclamássemos. Eu segurei mais firme sua mão, Deza olhou a janela, o que tinha ali? Eu não sei, não tive coragem pra olhar, pela cara de Andreza não era boa coisa.
            Fechei meus olhos, e senti um estrondo vindo do motor do helicóptero. Batemos. Eu não sei aonde, mais amorteceu a queda, pois logo estávamos no chão.
            Abri meus olhos. O que aconteceu aqui? Eu não senti muita coisa, mas tudo ficou revirado. Ninguém estava machucado, isso era o que tava parecendo. Deza estava do mesmo jeito que eu assustada com olhos arregalados visualizando o ocorrido.
__Ta todo mundo bem? – perguntou Luan olhando pra mim e pra Deza. Agente não respondeu, apenas balançamos a cabeça em sinal de sim. – Miguel, você esta bem? – perguntou Luan para o piloto, que se aproximava.
__Tudo bem Luan, e vocês? Alguém tá ferido?
__Não. Estamos bem. Mas me diz onde estamos? – perguntei depois que descobri como que se voltava a falar.
__Eu não sei bem. Esta escuro, e não creio que isso seja uma cidade. – falou o piloto analisando o local.
__Eu vou ligar pra policia, pros bombeiros, sei lá vou ligar pra alguém. – falei, indo pegar meu telefone dentro de minha mochila.
__Não tem sinal. – enfim disse Deza, olhando o piloto.
            Ninguém se pronunciou. Encolhi, colocando minha cabeça em cima do joelho. Estamos perdidos.
__Vamos esperar amanhecer, e procuramos ajuda.
            Todos continuaram em silêncio, até que amanheceu. Era madrugada, meus olhos estavam cansados, nem eu nem Deza e nem Luan havíamos dormido direito. O Luan de tão cansado ainda tirou um cochilo no colo da Deza, eu fiquei olhando o helicóptero, procurando alguma coisa útil.
            Para nossa sorte o helicóptero estava inteiro, e havia 3 mochilas conosco, a minha, a da Deza, e a de Luan. Saímos do helicóptero, meio que doloridos tanto pela queda e pela noite desconfortável. Parecia um pesadelo, mas se realmente fosse um pesadelo o Luan não estaria no meio, e eu não estaria do lado dele.
            Caminhamos devagar pelo desconhecido. Ninguém sabia identificar o lugar, tinha muito mato. O helicóptero havia batido em uma árvore que não sei como mais amorteceu a queda, nos deixando inteiros. Andamos em meio a mata por horas, eu já estava cansada, o suor caia pelos meu rosto. Deza já estava se arrastando. O piloto carregava a mochila dele. Eu não me lembrava de ter visto quatro mochilas no helicóptero. Enfim o piloto carregava a mochila dele e ajudava a Deza com a dela.
            Eu olhava as árvores ao meu redor, quando tombei com as costas de Luan.
__Aí! – eu reclamei, mas parecia que ele não me escutará. Olhei para o qual todos estavam vidrados.
            Era uma cabana, parecia mais um chalé. Bonitinho até, poderia dizer que era fofinho se não fosse tão suspeito. O que um chalé estava fazendo no meio do nada? Eu não faço a mínima idéia.
            Os meninos avançaram, eu recuei. Suspeito. Suspeito. Suspeito.
            Estava parecendo filme de terror, olhei a mata e os passarinhos faziam barulho pousando em galhos próximos ao chalé.
__Gente, eu acho melhor não! – falei quebrando o silêncio que permanecia no local. Todos me olharam.
__Vamos ver se tem alguém, precisamos de ajuda – o piloto olha para cima – e um lugar pra dormir também, olhem já vai escurecer.
            Isso era verdade. Por quanto tempo andamos? Caramba já devia ser umas 18:00 hrs, se não era quase. Eu fiquei em silêncio, mas fiz sinal de sim com a cabeça dando força pra eles continuarem.
            O piloto bateu na porta. Ninguém atendeu, ele bateu novamente. E nada aconteceu.
            Ele segura a fechadura, e num ato sem pensar ele abre a porta. Estava destrancada? Mal sinal.
__Aberta! – falou Luan ao meu lado.
__Vamos entrar. – Deza disse já avançando para o chalé – pode ter um telefone na casa.
            Eu nada falei, encolhi. Luan olhou a ação de minha amiga, e seguiu em frente. O piloto abre a casa. E entra meio desconfiado, Luan o segue, minha barriga gela, Deza vai em seguida. Eu não podia ficar ali, só olhando tenho que entrar. Respirei fundo e fui.
            Estávamos na sala do chalé, era pequena. Tinha dois sofás enormes, uma chaminé antiga (tava com cara de filme), um tapete enorme velhinho. Mais a frente havia uma entrada, um corredor na verdade, imaginei que levava para a cozinha, banheiro e algum quarto, do outro lado da sala tinha uma escada, um chalé de dois andares, que coisa.
            O Piloto foi para o corredor verificando se havia alguém na casa Luan foi junto deixando eu e Deza sozinhas.
__Vamos ver lá em cima? – perguntei.
__Vamos! – concordou Deza olhando a sala com cara de quem dava tudo pra poder deitar no sofá e dormir por horas.
            Subimos com cuidado a escada. Não havia ninguém. Era um quarto, bonitinho até. Uma cama enorme, como a do hotel em que dormimos na noite anterior, só que um pouco mais simples. Tinha um guarda roupa e um banheiro, não vi nenhum tipo de aparelho que nos permitisse termos comunicação com alguém. Descemos para avisar os meninos.
__Não há ninguém lá em cima, quarto e banheiro. – disse Deza se aproximando de Luan que estava no pé da escada.
__Aqui encontramos, cozinha e outro quarto alem da sala. Na cozinha há comida, pouca mais há. – o piloto veio em direção ao sofá e se acomodou – isso é um chalé de pescadores, não vira gente aqui tão cedo, eu e Luan achamos várias varas de pescar, já ouvi falar destes lugares, eles usam apenas em temporada de pesca, e depois vão embora.
__Isso significa? – perguntou Deza ainda ao lado de Luan.
__Que podemos pelo menos passar a noite aqui. Você encontraram telefone lá em cima?
__Não – falei.
__Foi o que imaginei.
__O que vamos fazer? Esperar que alguém nos ache aqui?
__Exato, ficaremos aqui até que alguém nos encontre.
            Deza enfim saiu do lado de Luan e se sentou, ou melhor deitou no sofá.
__Aí que delicia, eu preciso dormir um pouco.
__Eu vou tomar um banho. – disse Luan subindo as escadas.
            Ele passou por mim, que ainda permanecia escorada no corrimão da escada. Fechei meus olhos ao sentir o perfume de meu amor, ele riu vendo minha reação.
__Vou procurar algo pra comer. – falei tentando disfarçar a vergonha que senti.
__Nossa aqui não tem nem TV? – perguntou Deza, que ainda não dormira.
__Não Andreza, mas ainda bem que temos o Luan. – disse Miguel.
__A é mesmo o Luan não largou o violão dele lá no show, ainda bem!
__Vamos fazer um modão pra animar isso aqui.
            Quando eles planejavam o modão, eu fui pra cozinha. Encontrei até bastante coisa por lá. Peguei um pão passei geléia, e fiz suco. Só tinha pó. Comi tudo, quando voltei à sala o Luan já tinha tomado banho, estava sentado com a Deza e o Miguel no sofá. Não parei na sala fui para o andar de cima tomar meu banho, só faltava eu.
            Quando acabei. Andreza estava no quarto sentada na cama, provavelmente me esperando.
__Deza, me empresta um short?
__Sim, pode pegar. Ainda bem que eu trouxe dois de sobra.
__Ainda bem.
__Ei o que aconteceu?
__Nada.
__Dani? Me conta.
__Não é nada Deza, você me conhece. Eu to bem, só aquela raiva que não passa.
__Own, Dani.
__Vamos lá pra baixo.
            Fomos para a sala, eu vesti um short da Deza, e a camisa que o Luan havia me dado pra dormi no hotel. A Andreza vestiu o mesmo “pijaminha” que havia vestido.
            Lá na sala meu anjo estava sentado no sofá, ou melhor deitado no sofá, o Miguel sentado no sofá menor, brincava com o violão de Luan.
__Meninas! Vamos cantar venham.
__Ai, vamos tocar o que? – Deza perguntou descendo pulando a escada.
__O que vocês quiserem. – falou Luan se sentando no sofá para dar espaço a Andreza que já estava ao seu lado.
            Eu desci devagar a escada, não tinha pressa, sentei-me um pouco longe do Luan não queria ficar perto dele não tinha superado a raiva que meu sonho não tinha se realizado, eu realmente não queria que ele se realizasse mais foi uma decepção saber que fugir tanto tempo para uma coisa que nem se quer aconteceria.
            Eles se aconchegaram mais no sofá, Luan apanhou seu violão e perguntou que música queriam que ele tocasse, eu nada falei, fiquei apenas observando o meu amor, o meu orgulho, o motivo por eu ainda não ter caído em loucura total.
            Os meninos pediram umas músicas, foram tocadas: Você do meu lado, Meteoro, Um Beijo, quando ele ia começar a tocar novamente depois de dar uma pausa, pois tinha uma coisa em seu cabelo que o estava incomodando, ele começou a tocar Sinais, estava quase no refrão. Não sei o que me deu, um frio enorme começou a subir minha espinha, uma imensa vontade de chorar veio a mim.
            Levantei-me do sofá sem olhar pra ninguém, mas deu pra perceber que todos me olhavam sem entender nada. Subi de pressa as escadas a fim de ficar sozinha para que minhas lágrimas pudessem cair sem ninguém ver. Para que a raiva que em mim permanecia saísse de uma vez por todas, e para que o amor que tenho pelo Luan sumisse junto das lágrimas e da raiva.

Deza:
            O amor da minha vida estava ao meu lado. Precisa de alguma coisa a mais? Não. Não precisa. Ele cantou várias músicas, tivemos que parar por uns minutos, um bicho caiu em seu cabelo, foi meio que piada, eu ri quando o Luan virou pra mim pedindo que tirasse o bicho do seu cabelo. Eu feliz da vida tirei né.
            Ele voltou a tocar essa eu conheço de longe, SINAIS, tão linda a Dany que gosta dessa. Falando nela cadê aquela bichinha? A sim, ela ainda estava com raiva, o seu sonho não se realizou. Tadinha fiquei meio que com dó dela, pois fugir tanto tempo por uma coisa que nem se quer poderia acontecer. Ela sentou-se longe da gente, eu não a chamei pra ficar mais perto, eu sei o que ser passa na cabeça da minha amiga.
O Luan estava prestes a chegar ao refrão da música, e paramos feito estatuas um fato inesperado aconteceu, a Dany se levanta do sofá. Ela estava estranha, parecia que tinha uma faca enfiada em seu coração, uma tristeza estampada em seu rosto, ela ia chorar.
Sem fazer barulho, Dany subiu as escadas. Eu, Luan e Miguel não nos mexemos. Eu tinha que ver o que estava acontecendo com minha amiga. Respirei fundo.
__Aí deixa eu lá ver o que ela tem. – falei me levantando do sofá, mas fui parada por uma mão que segurou a minha.
__Deixa Deza, eu vou lá ver o que ela tem. – disse Luan já de pé – continue tocando aqui, eu já volto.
__Mas Luan...
__Por favor?
__Ta ok, vai lá.
            Ele subiu devagar as escadas. Sentei-me ao lado de Miguel e comecei a tocar, como se nada tivesse acontecido.

Dani:
            Minha cabeça rodada, mal podia ver o chão. Me sentei na cama, a claridade da lua ajudou um pouco a encontrar um lugar pra sentar. Minhas lágrimas não paravam de cair.
            Ele ta tão perto, eu não devia ter fugido tanto tempo. Ai droga, de vida, por que eu fugi dele tanto tempo? Se eu soubesse que nada ia acontecer eu não teria fugido. Ai que ódio. Estamos na mesma casa agora, ele não ta longe e não ta perto, eu já até “dormi” com ele, tem mais alguma coisa que prove que meu sonho foi apenas um sonho, que nada irá se realizar? NADA! Pela primeira vez, um sonho meu não vai se realizar, não vai.
            Mais lágrimas caíram. Encolhi. Fiquei em posição monge, coloquei meus braços apoiando minha cabeça, não contive mais lágrimas, comecei a brincar com os fiapos do short que a Deza me emprestou.
__Oi! – essa voz eu conhecia, o que ele tava fazendo ali? O que o Luan ta querendo?
__Oi! – respondi, no meio das lágrimas que já diminuíram, mas não pararam.
__Ta tudo bem? – ele perguntou.
__Ta, eu só to me sentindo um pouco mal, mas já vai melhorar.
__Você tem certeza? Pode me dizer o que tá acontecendo, talvez eu posso te ajudar.
__Pode não Luan, isso é meio complicado.
__Eu to me sentindo mal, posso deitar no seu colo.
            Ele quer deitar no meu colo? Morri.
__Vem cá. – me ajeitei pra ele deitar no meu colo.
            Sem falar mais nada ele deitou. Passamos um tempo em silêncio, eu fazia cafuné nele. A razão da minha vida estava deitado no meu colo. Não da pra acreditar. Minhas lágrimas sumiram, com ele ali eu não estava vivendo mais o real tudo aquilo parecia um sonho, uma continuação do meu sonho que não tinha se realizado.
__Você me ama? – uma pergunta inesperada, fez com que me desviasse dos meus pensamentos.
__O que você disse Luan?
__Você me ama Dani? Você me ama? – Luan pergunta se levantando do meu colo. Ele me olhava, esperando uma resposta, e a anta aqui ficou sem fala, eu não sabia como se falava. Nossos olhares se encontraram, ele pegou na minha mão – Você me ama?
__Mas do que a minha própria vida, eu te amo Luan Rafael Domingos Santana – e mais lágrimas caíram, senti um frio em minha espinha ele estava se aproximando mais, e mais – eu... te... amo – sussurrei, e sem mais nem menos nossos lábios se encontraram. Como se não tivéssemos ficado longe, como se nada mais existisse ele era meu, pelo menos naquele momento senti que ele me pertencia, e eu pertencia a ele.
            Deitei na cama e Luan deitou por cima, nossos corpos se uniram. Senti um calor, abafando o frio em minha espinha. Nossos beijos se tornaram mais intensos, Luan agarrou meu cabelo, as lágrimas que antes era de tristeza, amargura e raiva, agora viraram lágrimas de felicidade e desejo.
            Eu e Luan fizemos amor. Sexo, sem amor não é sexo. Nossos corpos se uniram formando apenas um. Eu não podia mais viver sem ele, pois o Luan é meu ponto seguro, o meu pedaço do céu a única pessoa que conseguiu me tirar do escuro, me trazendo de volta pra luz, deixando as trevas que antes pertenciam a minha vida pra trás.

            Acordei com o sol batendo em meu pé, o braço de Luan estava a minha volta, aquilo não foi um sonho ele realmente estava ali. Ele estava comigo.
           
           
Bjus Dany

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