Leia também

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Esqueci de Te Esquecer...


Capitulo 24

            Depois de tudo pronto sentamo-nos à mesa de jantar, Graziiy e Moises que tinham acabado de chegar “juntos” se uniram a gente. Chickity como fazia parte da família também nos fez companhia, todos rindo e tal, tinha até vinho pra acompanhar, que judiação só por que eu não posso beber.
            Sentei ao lado de Caio, ele fazia gracinha enrolava aquele tanto de espaguete no garfo e colocava na minha boca, eu ria das palhaçadas que esse garoto fazia. Sentia-me tão bem com ele, tão feliz, fiquei com raiva de mim novamente por não ter conhecido ele antes, mais talvez fosse nosso destino assim né.

            Olhei pra Graziiy ela dava espaguete pro João Pedro e Moises fazia carinho nos braços dela, fiquei observando aqueles dois. Será ate quando eles vão fingir? Será que não vão contar que tão juntos? Vai ser agora. Tossi.

- Então... E vocês dois? – Perguntei olhando pro casal que estava a minha frente.
- Quem? – Perguntou Graziiy fingindo não saber do que eu estava falando.
- Você e o Moises né Graziiy, podem parar e contar tudo.
- Tudo o que? – Graziiy ainda se fingia de desentendida.
- Ta bom Pam, que saco você hein? – Resmungou Moises rindo.
- Até quando vocês acharam que iam levar esse romance às escondidas? Eu e a Pam já sabemos de tudo já tem um tempo. – Disse Caio pegando mais um pouco de espaguete – Amor você quer mais? – Caio me ofereceu, fiz sinal de sim com a cabeça ele riu, pois meus olhos estavam fixados na massa tão perto de mim, tão tentador, aquele queijinho derretendo, misturado com aquele molho tão vermelho que até o sangue não se comparava aquela cor.

            Peguei meu garfo e enfiei no espaguete meus filhos precisavam comer né, e eu também kkkkkkkk. Chickity parecia feliz também, ela gosta quando gostamos da comida dela, o único problema de Chickity é que ela sempre tenta me agradar e faz aqueles doces que meu Deus do céu, é difícil resistir.

            Caio ria me vendo comer, eu mandei beijo pra ele.

- Ta bom, eu e a Graziiy estamos juntos sim – Confessou Moises – Não queríamos contar nada, pensamos que poderia ter algum problema né, pois estamos na sua casa Caio ai fica meio que complicado as coisas.
- Que isso, vocês podem ficar a vontade, sendo que não me acordem a noite com gritarias. – Caio disse rindo, eu o olhei fuzilando. Coloquei minhas mãos por cima da barriga.
- Meus amores não escutem isso, o Caio só ta fazendo bagunça – Falei olhando pra minha enorme barriga.
- Hahahaha – Caio se aproximou de minha barriga e a beijou – Desculpe meus amores, o titio não vai mais fazer isso ta bom. – Disse dando outro beijo.

            Caio ultimamente se dirigia aos meus filhos como titio deles, foi melhor assim, ele queria que chamasse de papai mais não deixei, não era certo né, o Caio não é o pai dos gêmeos.
            Passei a mão em seus cabelos lisos e preto, Caio olhou pra mim e sorriu vendo que eu o admirava, fiquei com vergonha e sorri também.

- Ta bom, por que vocês não se acertam de uma vez? Ta na cara isso aí Pami. – Falou Graziiy olhando pra mim e pro Caio.
- Ta na cara o que Graziiy?
- Você e o Caio, sempre de carinho um com o outro, sempre abraçados, de conversas e beijos pra cima e pra baixo, esses olhares, esse amor, por que vocês não ficam juntos de uma vez? É tão complicado assim? Eu sei que você quer Pam, sei que Caio também quer isso. – Disse Graziiy ainda nos olhando, fiquei sem reação ela joga tudo isso em cima de mim no almoço, quando eu to bem, quando eu to feliz.

Ta certo sei que tem um clima entre mim e o Caio, ele é lindo, é gostoso kkkkk, é cheiroso, tem uma ótima profissão, é humilde, tem um sorriso lindo e não sei como ele consegue me fazer tão feliz assim, mais ele não é o pai dos meus filhos, ele não é o Luan, ele não é aquele garoto que me faz a pessoa mais feliz do mundo com o simples fato de existir, ele não é aquele homem com sorriso de menino, que me fez apaixonar com apenas uma voz, com apenas uma canção, com apenas um jeito, que não me deixa e nunca deixou desistir de meus sonhos, mesmo eles sendo tão distantes, tão impossíveis. Queria estar apaixonada pelo Caio, queria mais não estou, não posso estar, não grávida, não com filhos de outro no ventre, não posso fazer isso, não é do meu feitio fazer uma coisas dessas, é injusto com ele.

            Não falei nada, queria desaparecer, queria chorar e morrer queria sumir, não consegui olhar pra Caio, ele com certeza esperava que eu dissesse alguma coisa né, mais não disse, sai da mesa sem mais nem menos, não olhei pra trás não olhei pros lados, apenas pro chão. Entrei no meu quarto, fechei a porta, não tranquei não tive forças pra girar a chave.

            Me joguei em cima da cama, peguei o travesseiro colocando meu rosto por cima dele. O quarto estava silencioso, comecei a chorar.


Caio on:

            O que deu na Pamela? Nossa eu faço de tudo pra deixá-la feliz, pra que ela se sinta bem, se sinta em casa, mais nada disso a agrada. Graziiy foi bem direta com ela, realmente parecíamos um casal marido e mulher loucos com a chegada de nossos filhos, mais não éramos isso, éramos só amigos.
            Queria que a Pami confiasse em mim, que me deixasse a fazer feliz, que me aceitasse como namorado e como marido depois que as crianças nascerem, eu gosto tanto dela. Minha maluquinha, tão nova e daqui uns meses vai ser mãe, tanta coisa ainda pra viver, pra ver...
            Desde meu ultimo relacionamento não me envolvi com ninguém, na verdade nem com minha ex-namorada eu era tão grudento como sou com a Pam, nem minha ex me fazia tão feliz como a Pam me faz, eu cheguei tarde, devia ter a conhecido antes, mais talvez fosse nosso destino assim.

 - Você não devia ter feito isso com a Pami, né Graziiy! – Disse passando a mão em meus cabelos. Que droga a ela deve ta muito mal agora.
- Ah Caio, tive que falar logo né, você sabe que tudo que eu falei é verdade. Ela devia tomar uma decisão logo. – Falou Graziiy se levantando da mesa – Eu vou lá falar com ela, que droga ela deve ta chorando agora, grávida sempre é sentimental, só que a Pamela é de mais.
- Não! Deixa que eu vou falar com ela. – Falei levantando-me da mesa.

            Graziiy se juntou a Moises e eu fui andar pelo corredor. Fui o mais devagar possível, tinha que pensar o que iria falar. Sentei-me no corredor, no chão mesmo coloquei minhas mãos em meu rosto apoiando os cotovelos no joelho, fiquei encolhido ali por alguns minutos pensando.
           
Caio off:

            Graziiy estava certa eu devia resolver minha vida, eu gostava do Caio, gostava mesmo dele, mais por gostar tanto dele não poderia o fazer sofrer, sei que se ficássemos juntos eu o faria sofrer.

            Levantei-me da cama, fiquei andando de um lado pro outro no quarto.

- Pensa Pamela! – Briguei comigo mesma.
            Depois de muito rodar pelo quarto, virei à maçaneta devagar, sai do quarto, surpreendi ao encontrar Caio sentado perto dali.

            Meu coração doeu, deu vontade de chegar lá e abraçá-lo, enche-lo de beijos e dizer EU TE AMO, mais não podia. Caminhei lentamente em sua direção, ele não se mexeu parecia não notar minha presença, sentei-me ao seu lado, passei meus braços em seus ombros, colocando minha cabeça em seu pescoço.

- Desculpa! – Sussurre em meio as lagrimas que novamente encontraram meu rosto.

            Caio passou seu braço pelos meus ombros e me abraçou, deitei meu rosto em seu peito, minha barriga atrapalhou e não nos deixou ficar mais próximos. Enrolei seus cabelos em meus dedos, fazendo carinho em sua nuca.
- Eu amo você Pamela, entenda isso meu amor! – Caio falou me colocando frente a frente com seu rosto, encostei minha testa na dele, mais lagrimas caíram, não disse nada, precisava matar minha vontade, precisava aliviar o que me machucava tanto, nossas bocas enfim se encontraram, Caio me beijou com vontade, numa força, suas mãos apertavam minhas costas trazendo-me mais pra perto. Nossa respiração ficou irregular, meu coração acelerava.
- Não posso mentir Caio – Falei ao parti o beijo – Não posso enganar meu coração, eu te desejo, eu quero ficar com você, mais meu coração pertence a outro – Mais lágrimas caíram – Eu sou uma idiota – Lamentei com meu rosto em meu pescoço.
- Pam, amor não fica assim, eí eu to aqui! – Disse Caio fazendo carinho em meus cabelos.
- Desculpa?
- Não precisa se desculpar. A gente não precisa apreçar eu tenho todo o tempo do mundo, tenho uma vida inteira pela frente e quero que você esteja ao meu lado, compartilhando comigo, cada sorriso, cada choro – Caio falava limpando minhas lágrimas. Encostei minhas costas em suas coxas, ficamos de frente um com o outro.
- Por que não te encontrei antes, de ficar com o L... – Parei ao me ver dizendo o nome do pai de meus filhos.
- Ficar com o...? – Caio queria que eu continuasse a falar, mais ele não precisava saber quem era, ninguém precisava saber.
- Esquece, não vale apena lembrar o nome dele.
- Você confia em mim?
- Sim, mas...
- Mas?
- É que quando sai do Brasil, resolvi que meus filhos eram só meus e que não tinham mais pai. Ele não pediu isso, não pediu pra ter filhos, a culpa foi minha, eu que fui imprudente e irresponsável, não devia ter ficado com ele, não devia ter aceitado sair com ele, isso só não acabou mais com minha vida, por que conheci você que me fez feliz a cada instante que passe nessa casa, a cada segundo. Eu não odeio o pai de meus filhos, eu gosto de mais dele, tanto que to fazendo isso, tanto que sumi da vida dele pra não o prejudicar.
- Pami? Você foi embora do país só pra não prejudicar a vida do garoto que te engravidou?
- Sim e não, não foi só por causa dele. Tem vários fatores que me levaram a ter essa decisão.
- Como o que?
- Meus pais, meus amigos, minha vida profissional, tudo.
- Ele é da sua cidade?
- Não!
- Ele mora em Minas?
- Não!
- Nossa, então me diz de onde ele é?
- Londrina – PR, na verdade ele é do mundo, ele é famoso no Brasil. – Parei e me lembrei do DVD na vitrine – Boom, não só no Brasil no mundo inteiro pelo visto.
- Famoso?
- Sim!
- Jogador de Futebol?
- Não – Ri ao imaginar a hipótese sem pé nem cabeça.
- Eu não vou mais tocar no assunto ta bom, sei que você não quer me contar.
- Eu vou te contar quando chegar a hora. Quando me sentir preparada pra isso, mais por enquanto melhor ninguém saber.
- Você que sabe meu amor. – Disse Caio dando-me um beijo na testa.

            Abracei Caio e ficamos ali por longos minutos.

            A vida em Bruxelas estava mais calma do que nunca, Caio estava se preparando pra ir ao Rio, ele estudava muito todinho, chegava do hospital e ia pros livros, ficava comigo só na parte da manhã, tinha dia que dormia com ele, pegávamos no sono quando resolvíamos ver filme em seu quarto, era bom, não gostava de ficar sozinha.

            Caio tirou uns dias de férias pra poder descansar, resolvemos ir viajar, fazer compras. Graziiy, Moises e João Pedro voltaram pro Brasil foram ver suas famílias e amigos, Chickity quase morreu quando o João se foi, ele era o xodó dela, ficava a parte da manhã, tarde e noite juntos, a Graziiy ficava ate com ciúmes, mais seu serviço a prendia muito e não sobrava muito tempo pra nada.

            Caio eu e Chickity fomos a vários lugares da região, compras muitas compras. Fomos a Paris e Amsterdã. Fiquei besta olhando tantas pessoas, são cidades grande, aí cada coisa mais linda, fiquei encantada ao ver os barcos em Amsterdã, obvio né andei em vários, Caio caiu do céu só pode.

            Chickity ficava envergonhada ela dizia que estava atrapalhando nossa lua de mel, eu ri e disse que não podia estar de lua de mel com essa imensa barriga que carregava.
            Paris!  ah Paris, não há lugar melhor pra fazer compras que lá, não sou muito fã de cidades grandes, com muitas pessoas e muitas luzes, mais quem não amar Paris não consegue amar nada. O hotel que ficamos em Paris é bem grande, nossa, tão lindo, ele tinha um nome bem engraçado, Hotel Le Six, a diária era bem cara Caio não precisava gastar tanto briguei com ele por causa disso, mais quem disse que aquilo me escuta? Aff, ele num ta nem aí pra nada.

            Em Amsterdã o hotel que nos hospedamos era bem mais barato, eu implorei que fosse né, Caio me enchia o saco e queria ficar em hotel caro, ele disse que era bem mais confortável pros bebês. Tinha nada a ver, uma que os bebês estavam bem confortáveis dentro de mim, e outra que eu tava bem assim mesmo em lugar mais precário, menor, não gosto de lugares chiques de mais, eu morei na roça né, meu costume não é esse que Caio queria que fosse.
            Fim de tarde em Paris fomos jantar no hotel mesmo, depois passeamos de carro, Chickity não quis passear comigo e com Caio, aquele papo de novo dela.

- Eu não quero estragar o romance de vocês! – Dizia ela ao se sentar na cama de seu quarto quando fui chamá-la.

            Não pude fazer nada né, mesmo negando que não havia nada entre mim e Caio ela não concordava. Fomos só nós mesmo, andamos pra todos os lados, visitados as principais praças, as principais avenidas, tantas luzes, meus olhos brilhavam era coisa linda demais meu Deus. Sorri pra Caio ele sorriu também, me dando a mão, sentamos em um banco, deitei minha cabeça em seu ombro, sua mão que me envolvia fazia carinho pelo meu braço, minha cabeça e minhas costas.

- Isso é lindo! – Falei olhando uma arvore iluminada pelas luzes da noite.
- Realmente é lindo!

            Caio me respeitava, ele não avançou o “sinal”, pedi que ele tivesse paciência que quando meus pequenos nascerem agente poderia conversar e se ele ainda me amasse ficaríamos juntos.
            Ele era um bom homem, vai ser um bom pai pros seus filhos quando ele for ter algum.


Continua...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Esqueci de Te Esquecer...

Capitulo 23

- Ei mamãe dorminhoca! – Disse alguém brincando com meus pés.
- O que, é? – Falei antes de abrir os olhos.
- Pami, acorda você vai ficar de mal jeito vai dormi na cama muié.
- Não Graziiy, me deixa vai! – Resmunguei, após saber que era minha prima.
- Pamela, eu chamo o Caio pra você! – Ameaçou.
- To nem aí – Disse virando meu corpo de lado – Eu quero dormi, não enche.
- Depois não diz que eu não avisei. – Falou Graziiy saindo do quarto.

            É ela tava certa, se eu não me levantasse iria ter uma dor na coluna do cão. Dormi de mau jeito não dá né. Levantei meia sonolenta, caminhei pelo quarto até chegar na porta, desliguei a luz, que a Graziiy havia acendido pra me acordar, fechei a porta.
            No corredor todos dormiam, nada de barulho, fui até meu quarto. Puxei meu edredom e apaguei.
            Na manhã seguinte acordei com o canto dos pássaros, um clima gostoso, um friozinho. Abri meus olhos devagar, o vento batia na janela, não sei por que mais sempre a esqueço aberta. Passei as costas das mãos em meus olhos.

- AAAAAAAAAAiai – Bocejei – Bom dia meus pimpolhos – Falei passando a mão sobre minha imensa barriga – Caraca eu to enorme – Ri ao perceber isso.

            Sentei-me na cama com cuidado, sei lá eu estava num medo de explodir, tava parecendo um balão inflável. Peguei meu celular, eram 09:00hrs da manhã, joguei meu telefone longe, caiu em cima da poltrona. Levantei de vagar, colocando os pés no chão como se estivesse pisando em sabão, super hiper com cuidado. Fui ao banheiro, prendi meu cabelo, escovei os dentes, lavei o rosto. Sentei na beirada do Box, eu não sei se é por causada da gravidez, mais estava me sentindo tão mal por dentro, tão sozinha. As lágrimas começaram a jorrar, olhei pro teto a fim de encontrar alguma resposta.
            Estou quase dando a luz e ate hoje não sei o que fazer da minha vida, ficar com o Caio é o que eu mais queria mais não podia, voltar pro Brasil e pra minha cas? Não, jamais. Estava decidida eu não tinha mais família no Brasil.
            Levantei-me com um pouco de dificuldade, mais conseguia ver meus pés com aquela imensa barriga. Caminhei em direção ao lavatório, lavei meu rosto novamente.

            De volta ao meu quarto tudo tranqüilo, peguei meu telefone, sentei na cama e fui jogar. Minutos depois batem na porta.

- Pam posso entrar? Você num ta pelada não né guria? – Perguntou Caio do outro lado da porta.
- Não trem... – Ri – Pode entrar.

            Caio estava de branco, imagino que estava indo trabalhar, ou voltando dele né. Em suas mãos tinha uma carta, na verdade era um envelope escuro, fiquei confusa o olhei ele riu.

- Ta bom... O que aconteceu? – Perguntei observando o envelope.
- Então... – Caio sentou-se na cama perto de meus pés, ele me encarou fiquei com medo, mais seu sorriso fez meu medo desaparecer em instantes – Que cara é essa Pamela? Você ta bem?
- Cara? Que cara? Eu to bem ué, to esperando você falar...
- Humrum sei... Então passei na caixa de correios hoje quando estava voltando pra casa, aí encontrei esse envelope, eu vou ter que viajar.
- Viajar? Hãn pra onde? Por quê?
- Bom... Eu me inscrevi pra um curso no Brasil tem uns meses, não te contei por que você estava meia de greve com o Brasil, ai nem toquei neste assunto, mais hoje minha resposta chegou, é um curso rápido, tem duração de 2 semanas mais ou menos.
- Ta bom, mais esse seu curso é em que lugar do Brasil?
- No Rio de Janeiro, capital.
- Então ta amor, mais num precisava ficar com receio de me contar as coisas, eu entendo pode ir tranqüilo, e que dia que vai começar seu curso?
- Daqui um mês.
- Vou sentir sua falta. – Falei abaixando a cabeça. Eu iria realmente sentir falta do Caio, ele é a pessoa que mais passa tempo comigo, Chickity também fica comigo um bom tempo do dia mais não é a mesma coisa que Caio, ele me dá carinho.
- Então tem um detalhe.
- Que detalhe?
- Ontem eu conversei com o Moises, ele me disse que ta indo pro Brasil ver a mãe dele, vai ficar esse mês com eles lá, não sei se a Graziiy vai junto ver a mãe dela e o pai né, tenho que conversar melhor com eles, mais dependendo Pam, você vai ter que ir pro Brasil comigo.
- Eu? Pro Brasil? Caio desculpa mais não vai dá.
- Pami?
- Que foi?
- Presta atenção, é quase certeza que Graziiy e Moises não vão estar aqui, você esta quase inteirando o 8 mês de gravidez, você sabe que sua gravidez é de risco, você tem pressão alta, come muito mal, tem anemia, e acima de tudo esta grávida de gêmeos com 19 anos apenas.
- Sei disso, mais não vou estar sozinha Chickity vai estar aqui.
- É ela vai, mais Chickity tem férias vencidas, ela pediu elas ante ontem pra poder passear com seu namorado ou viajar por aí. – Caio respirou fundo, parecia perdido em pensamentos, devia estar imaginando a Chickity namorando... Não nem eu consigo. Kkk – Eu não posso deixar você sozinha aqui Pami, se você não for comigo eu não vou pro Brasil.
- Caio você ta doido? Não claro que não! Você tem que ir, é um curso importante pra você né?
- Muito!
- É importante pra sua carreira, e vai te fortalecer em aprendizagem né?
- Vai de mais, tem muita coisa legal sabe. – Falou animado.
- Então meu amor, é claro que você tem que ir, independentemente se eu não for com você.
- Por favor Pam, já esta decidido, se você não for eu não vou.
- Ai garoto teimoso.
- Você vai?
- Pro Rio de Janeiro? – Olhei pros lados, passei a mão na nuca, pensei, pensei... – Ah Caio, não sei não viu.
- Por favor?
- Aí mais meu Deus do céu viu. – Resmunguei – Ta bom, eu vou se não tiver alguém que fique aqui em casa comigo.
- Serio?
- Serio mais você tem que me jurar que não vai me levar pra Minas, que é só pro Rio – Disse abraçando Caio – Você me promete?
- Prometo meu amor!

            Caio era muito bonzinho comigo, gostei da idéia de ir pro Rio de Janeiro, sempre tive vontade de conhecer a cidade maravilhosa, ver o mar, e ainda mais eu podia conhecer minha amiga a Andreza. É.  Boa idéia, pelo menos não ficaria sozinha quando Caio estivesse fazendo o curso.

            Tinha que contar a noticia pra Deza. Peguei meu celular que ainda estava jogado na poltrona, Caio foi descansar então estava sozinha em meu quarto novamente.

            Procurei pelo telefone de Andreza e disquei, não demorou muito e ela atendeu.

- Deza? – Perguntei num pulo.
- Oi Pam... Como você ta?
- To bem graças a Deus e você?
- To ótima... – Realmente ela parecia mais feliz do que o de costume.
- O que aconteceu? Você ta numa felicidade!
- To?
- Ta sim, numa voz de apaixonada.
- To não Pam,, é que tava recepcionando uns hospedes aqui, e era pra eu ta com voz de cansada né, na verdade eu to morta só daqui a algumas horas pra acabar meu serviço e voltar pra casa.
- Que barra hein, mais tipo eu tenho uma novidade.
- Que novidade? É sobre os bebês?
- Não, não necessariamente. Bom o Caio acabou de me dar uma noticia, acho que você vai gostar.
- Hum, ta, to curiosa, me conta vai?
- Então... O Caio vai fazer um curso aí no Brasil...
- Serio? Que legal amiga.
- Carma não acabei, rúm...
- Ta bom fala – Disse Deza rindo.
- Então... O Caio não quer me deixar sozinha aqui em Bruxelas, ele disse que como minha gravidez é de risco eu não posso ficar sozinha, por que tem probabilidade de meus amigos também irem pro Brasil, só que eles vão pra Minas ver a família lá, e a emprega que é muito safada, pegou férias pra poder namorar e viajar, tadinha ela merece eu a amolo tanto – Ri ao meu lembrar de varias tarde que fiquei com Chickity em casa, agente fazia muita bagunça na cozinha, só não fazíamos muito bagunça por que ela é bem organizada.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH você vai vim pro Brasil? Vai vim pro Rio amiga?
- Sim Deza, provavelmente irei sim, ai como o curso do Caio é em tempo integral eu vou te visitar kkkkkk, se você deixar é claro.
- Serio? AAAAAAAAAAAAAA sua boba claro que você pode me visitar, oooown a Pam com esse barrigão vai vim me ver KKKKKKKK, pode vim sim amiga, agente vai na praia, vai sair um pouco.
- Ta nois sai, mais não esqueça que eu to grávida e balada não é o meu forte.
- kkkkkk ta bom, mais tipo amiga vou ter que desligar agora, por que o Roger já ta vindo, se ele me ver no telefone me mata.
- kkkkkkkkkk ta bom Deza, bjux.
- Xau bjux. – Desligamos o celular.

            Que gracinha de nois, kkkkkkkkkkk agente vai se conhecer kkkkkkkkkk, ta bom, chega né, deu fome.

            Sai do quarto, passei em frente ao quarto de Caio ele dormia de porta meia aberta, continuei andando pelo corredor, não havia ninguém no quarto de Graziiy e nem no do Moises, encontrei João Pedro correndo na sala quando me aproximei.

- Paaaaam! – Chamou meu pequeno.
- Que foi coisa linda? A Pam só num vai te pegar por que a barriga dela num deixa. – Ri dando um beijo no João. – Cadê a Chickity? – Perguntei, João apenas apontou.

            A encontrei na cozinha, Chickity estava mexendo nos armários devia estar tentando aprontar algo pra comermos. Como Caio estava em casa, Chickity sempre faz coisa que ele gosta.
- Oi! – Disse ao me sentar no balcão.
- Olá, Sra. Pamela!
- Ain Chickity, Sra. Não né!? Poxa eu só tenho 19 anos!
- Ta certo, e ai Pam, tudo bem?
- kkkkkk, tudo sim! To com fome o que você vai fazer pra gente comer?
- O Caio esta em casa, acho que vou fazer espaguete.
- Ain eu amo espaguete!
- O que você não ama comer em Pamela? – Chickity riu um pouco  sem graça.

            Ajudei Chickity a preparar o espaguete, ela sempre fazia comidas que estávamos costumados a comer no Brasil, comidas da Bélgica me faziam um pouco mal, kkkkkk acho que meu estomago acostumou a comer só alguns tipos de comidas.
            Depois de alguns minutos Caio se juntou agente.

- Hum, que gracinha ta cozinhando. – Disse Caio me abraçando por trás quando, eu estava mexendo o molho. Precisava de concentração, e Caio sabia disso, tanto que começou a beijar meu pescoço, dei um soco no estomago dele.
– O trem ta vendo que to mexendo aqui não?
- Sim, to vendo! – Falou dando-me um beijo no rosto – Você precisa comer mais, nem senti seu soco.
- Hahaha engraçadinho! – Debochei.

            Ficamos enrolando na cozinha.

- Chickity faz um espaguete magnífico – Comentou Caio quando fazia cafuné na minha cabeça – Eu olhava Chickity jogar o molho por cima do macarrão e logo após o queijo, situação difícil né? Agora sente a situação complicada  que era ter que comer esse espaguete maravilhoso!

Continua...


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Esqueci de Te Esquecer...


Capitulo 22

Acordei já era dia, o sol estava um pouco mais forte. Sentei-me na cama, despreguicei, olhei o relógio eram 08:00hrs. Levantei da cama, caminhei lentamente, estava um pouco sonolenta ainda, passei em frente ao espelho, fiz uma analise do meu corpo, péssimo estado. Cabelo bagunçado, cara toda amassada, barriga enorme, pés inchados.

- Bom dia meus amores! – Falei passando a mão sobre minha barriga, ao perceber que se mexiam.

            Sorri, adorava quando eles faziam isso. Lembrei-me quando os senti pela primeira vez, uma emoção tão grande me tomou, estava no parque numa das muitas tardes que passei por lá, eu pensava no Luan e de repente senti eles se moverem. Não sei por que mais sempre quando estava naquele lugar algo me fazia me sentir bem, como se a presença do Luan estivesse comigo, meus filhos sabiam disso.
            Passei os dedos em meus cabelos a fim de desembaraçá-los, prendi a toalha mais firme para não ter perigo de cair, fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei meus dentes, fiz careta no espelho e ri sozinha.

- Idiota! – Reclamei de mim mesma.

            Voltei ao meu quarto, procurei nas gavetas do armário algo pra vestir, coloquei um pijama, queria ficar em casa hoje.
            Sai do quarto, no corredor não tinha ninguém, há essas horas Graziiy não havia trabalhado ainda, fui até seu quarto. Bati, ninguém atendeu. Entrei. Não havia ninguém, estranho.

            Continuei caminhando pelo longo corredor, em frente ao quarto de Moises um silêncio absurdo, passei reto. Chegando na sala encontrei Caio jogado no sofá de calção apenas. Sorri com vergonha. Ele percebeu minha presença e sorriu.

- Bom dia!
- Bom dia Caio, você sabe onde a Graziiy ta?
- Bom... – Ele olhou pros lados como se estivesse procurando alguém, acompanhei seu olhar – Vem cá Pam. – Sem pensar muito fui até ele e me sentei ao seu lado.
- Fala!
- É... – Ele riu.
- Ain Caio não enrola homi, vai fala o que aconteceu?
- A Graziiy não ta no quarto dela né?!
- Não, eu entrei lá e não a encontrei.
- Então, ela ta no outro quarto. – Disse Caio me encarando com um sorriso enorme, o fuzilei.
- Não me diga que ela ta no seu quarto Caio?
- Nãoooooooooooooooooooooooooooooo Pam!  – Disse ele imediatamente erguendo as mãos como se estivesse se rendendo – Eu não fiz nada, acalma muié credo.
- Ta eu to calma, então me conta vai. Cadê minha prima?
- Ela ta no outro quarto, hoje de manhã fui no quarto de Moises por que esqueci meu pen drive com ele ontem, e levei o maior susto quando entrei, nossa encontrei os dois abraçadinhos na cama – Caio ria como uma criança que tinha visto um palhaço.
 – Ainda bem que entrei de mansinho se não eu iria atrapalhar, e graças a Deus que eles não estavam fazendo algo pior, estavam apenas dormindo.
- Serio? – Eu cai na risada – Que gracinha do mais novo casal da casa – Sorri e me levante do sofá.
- Ei onde você esta indo?
- Vou arrumar algo pra comer né, meus filhos estão com fome.
- Ah tá meu espera que eu vou arrumar um sanduíche pra você.
- Hum... Que delicia. – Oooooown que coisa mais linda, arrumar sanduíche pra mim hahahaha que coisa mais linda meu Deus, anem porque não conheci o Caio antes de conhecer o Luan? – Que droga de vida. – Resmunguei.
- Droga de vida? O quê? Você não quer que eu arrume sanduíche pra você?
- Não Caio né nada não, eu que fico pensando alto sabe.
- Ah tá sei!
- Ih ta desconfiando de mim? – Falei fingindo inocência.
- Eu desconfiando de você? Magina.
- Hahaha palhaço – Disse dando um soco em seu ombro – Então eu to com fome, cadê meu sanduíche Dr. Caio Henrique Ferraz.
- Calma muié, to indo fazer – Dizia ele mexendo no armário acima do fogão – Pam pega presunto e mussarela dentro da geladeira ali, por favor.
- Dentro da geladeira? Ta boom, já to indo – Falei levantando-me de um baquinho perto do balcão que Caio estava mexendo. Fui andando bem devagar até a geladeira, lá fiquei de boca aberta, Chickity é mesmo um amor, ela fez um brigadeiro, cachorra eu não posso comer muito doce e ela faz isso comigo? Murri murrida agora. ;x
- Achou? – Perguntou Caio, acordando-me de meu delírio.
- Achei! – Falei pegando os pacotes de presunto e mussarela.

            Fechei a geladeira com o pé, voltei ao meu banco, coloquei os pacotes na frente de Caio.

- Ta aí! – Disse sorrindo.
- O que foi? Você parece tão feliz! – Perguntou Caio pegando uma faca no faqueiro.
- É a Chickity, ela me deixa muito feliz, quando faz aqueles brigadeiros divinos.
- Hahahaha ela é má. – Caio largou a faca na pia e foi em direção a geladeira, eu apenas observava seus movimentos – Hum... – Disse Caio ao se deparar com a vasilha que continha o brigadeiro.
- Você não ta pensando em fazer o que eu to pensando que você vai fazer né?
- Hahaha, você quer?
- Paaaaaara Caio – Disse colocando minhas mãos em meus olhos, se não podia comer não iria ver outra pessoas comendo. O que os olhos não vêem o coração não sente.
- Oooooown amor, só um pouquinho olha que delicia.
- Nãooooooooo Caio, sai pra lá tentação. – Falei sorrindo, ele tava de brincadeira.
- Hum, ta gooostoso!
- Anem  – Disse abrindo os olhos, vi Caio com a vasilha na mesa, comendo de colher   – Me dá um pouquinho vai, só um tiquinho, não posso comer muito doce, tenho que controlar minha glicose.
- O trem chato, toma só uma colher, realmente você não pode exagerar nos doces, vou pedir pra Chickity não fazer coisas com muito açúcar pra você.
- É ela faz isso só pra me atentar.
-Hahahaha Chickity, sabe que você gosta de doce, por isso ela sempre faz.
- É eu sei disso. – Falei olhando pra colher com brigadeiro em minhas mãos.

            Caio se levantou da cadeira, colocou a colher na pia e a vasilha com o restante de brigadeiro na geladeira.

- Então vamos comer algo mais saudável né?
- É né, fazer o quê?!

            Levantei-me da cadeira coloquei a colher na pia, me aproximei de Caio fui ajudá-lo a preparar o lanche. Ficamos uns 10 minutos ali na cozinha, fuçando nos armários e preparando o sanduíche. Quando tudo ficou pronto fomos pra sala. Caio sentou no sofá e eu me sentei junto, comemos o sanduíche vendo um filme de desenho, era Enrolados.
            Ver filme infantil me acalmava, queria que meus bebês também ouvissem o filme. Quando acabei de comer e Caio também, me aconcheguei mais a ele. Ficamos abraçados deitados no sofá. Caio fazia carinho em minhas costas, e eu na minha barriga. Deitei a cabeça no ombro de Caio, ele beijou minha testa, parecíamos um casal de namorados, mais não éramos.

            O filme acabou, já era mais ou menos 15:00hrs.

- Pami, vou me arrumar tenho que resolver umas coisas no hospital, a noite to de volta. – Disse Caio levantando do sofá.
- Ta bom, vou pro meu quarto ainda não guardei as roupas dos nenéns, e se a Chickity ver aquela bagunça ela me mata.
- Mata mesmo. – Rimos.


            Cada um foi pro seu canto. Desliguei a TV, fui até a cozinha coloquei tudo na pia, bebi um copo de água, Caio passou por mim dando-me xau ele estava tão lindo, calça branca, blusa branca com gola V, um relógio preto, de óculos, cabelos arrepiados, ele carregava uma mochila com suas coisas jaleco, notebook, estetoscópio, esfignomanometro, outra camisa, essas coisas de sempre, sabia que era isso que ele carregava por que era exatamente isso que eu carregava quando trabalhava.

            Dei um xau mandando beijo, ele sorriu e saiu pela porta da sala. Andei mais devagar do que o normal. Fui até meu quarto, as roupas estavam do mesmo jeito que havia deixado na tarde anterior, sentei-me na cama, peguei o controle do som e o liguei. Coloquei na música Photograph – Nickelback.

Comecei a dobrar roupinha por roupinha, separando por cores, as de menina e as de menino, Caio arrumou um quarto pros meus filhos, ele vivia de porta fechada, mais estava tudo tão arrumadinho, já tinha os berços os armários e os ursinhos, Chickity me ajudou a organizar tudo, Caio comprou uma poltrona que ficou do lado de um dos armários. Os berços ficavam lado a lado, a cor do quarto era branca com verde, a parede era divida em duas partes, a parte de cima branca e a parte de baixo verde, no meio das duas cores onde elas se encontravam, comprei um papel de parede cheio de enfeites de bichinhos, como leãozinho, girafinhas, elefantinhos, todos os bichos que tinha na parede tinha em forma de urso de pelúcia espalhado pelos berços, comprei também um tapete enorme todo felpudo da cor verde que cobria bem dizer todo o chão.

Quando acabei de arrumar todas as roupinhas sentei-me no chão do quarto e as coloquei nas gavetas de cada armário, primeiro as da minha filha, tudo bem mais delicadinho né, havia muitos lacinho de cabelo, shampoozinho cor de rosa, perfume infantil, bonequinhas de porcelana para enfeitar o armário. Caio fez questão de arrumar tudo pessoalmente, ele quase não me deixava comprar as coisas pro quarto, o danado ia pra trabalhar e quando chegava trazia aquele tanto de sacolas.

Depois de arrumar o armário de minha filha, fui arrumar o de meu filho, também estava tudo tão lindo, tinha vários macacõezinhos, bonezinhos, carrinhos jogados por todo armário, isso tudo obra de quem? Do Caio é claro.

Tudo já organizado e bem arrumado sentei-me na poltrona a inclinei.

- E eu que achava que... A vida fosse só uma viagem, que o mundo tinha me esquecido... E eu que achava que o amor não existia pra todo mundo que era coisa de cinema. Aí você apareceu com um olhar me convenceu, anjo asas coloridas, amor alem da vida... – Cantei um pedaço da música de Luan, passando a mão sobre minha barriga enorme, uma lágrima escorreu pelo meu rosto – A mamãe ama muito vocês meus pequeninhos. – Sussurrei.

            Já era noite, o quarto estava sendo iluminado pelo brilho da lua, adormeci ali mesmo. 


Continua...