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terça-feira, 18 de outubro de 2011

Esqueci de Te Esquecer...

Capitulo 19

Acordei alguém batia na porta.

- Entra! – Resmunguei jogando o edredom por cima de minha cabeça.
- Pam, você já viu as horas? – Reclamou Graziiy ao entrar em meu quarto.
- Não que horas são?
- Já são mais de 14:00hrs.
- Uai, tu não foi trabalhar não?
- Não, to indo agora, antes vim te acordar por que se não você fica andando a noite igual hoje de madrugada.
- Você tava acordada?
- Não – Ela riu – Hoje quando acordei fui na geladeira e vi que o bolo estava cortado e tinha uma bagunça no balcão.
- Mentira eu não fiz bagunça.
- Não, né imagina.

            Mostrei língua pra ela, descobrindo-me.

- Ta bom, to acordando já.
- Que bom né. – Graziiy sorriu e sentou na cama.
- Cadê o Caio?
- Foi pra clinica.
- E o Moises?
- Ta dormindo, ele chegou tarde do restaurante ontem.
- Eu nem vi ele chegando, deve que eu já tava dormindo de novo.
- É...
- E o João Pedro?
- Ta dormindo ainda, pedi pra Chickity acordá-lo daqui a pouco, por que ele acordou cedo e só dormiu agora.
- Hum... Cara eu to num tédio. Vou levar o João pra sair hoje.
- Cuidado hein, você é doida, e leva meu filho pro mal caminha.
- Avá! – Mostrei língua de novo, ela riu.
- Ta bom, vou trabalhar, xau Pam, até mais tarde.
- Xau. – Falei entrando no banheiro.

            Lavei meu rosto, escovei meus dentes, penteei meu cabelo fazendo um coque com metade dele. Procurei minha pantufa debaixo da cama, a achei com facilidade.
            Fui andando devagarzinho pelo corredor. Não havia ninguém. Passei em frente ao quarto de Caio, estava tudo tão arrumadinho, a cama estendida, tudo branquinho, havia algo que nunca reparei um violão, minhas pernas ficaram bambas, sentei-me na cama com medo de cair. Meus olhos derramaram lagrimas sem piedades, ai que saudades, meu Deus, que saudades do Luan, o vento bateu nas cortinas, um frio subiu pelas minhas espinhas, coloquei minhas mãos em minha barriga.

- Ai meus filhos, me dêem forças, mamãe ta com saudades do papai. – A dor me invadiu.

            Sai do quarto numa pressa, como se estivesse fugindo de alguém na verdade eu estava fugindo, estava fugindo das lembranças que iriam me perturbar a vida toda.
            Fui pra cozinha. Eu como quando to nervosa. Ainda havia bolo, tinha pouco. Peguei o prato com o restante de bolo, peguei também um spray de chantilly e calda de chocolate, tenho que me acalmar, chocolate minha terapia.
            Sentei na sala, liguei a TV coloquei um filme, que havia comprado no Brasil. Resolvi colocar o de comedia, precisava rir.
            Não deu outra, comecei a rir sem parar, já disse que sou besta? Então sou besta mesmo. Antigamente quando estudava eu sempre sentei na ultima carteira e ficava pensando nas coisas e rindo sozinha, peguei o apelido de doida por causa disso.
            Coloquei o prato vazio no chão junto com o spray sem chantilly. Virei pro canto e dormi.

            Acordei com Chickity me chamando.

- Pamela? Acorda, a Grazielle disse que era pra não deixar você dormi. Acorda!
- O que é muié, deixa eu dormi. – Reclamei.
- Pamela não me obrigue a ligar pro Caio!
- Aiiiiiiió deixa eu.
- Avisei.

            Não ouvi muita coisa, quando dei por mim já estava dormindo novamente. Alguns minutos depois, algo cutucava meus pés, os encolhi.

- Sai! – Resmunguei. Mais parece que a pessoa era surda, por mais que eu encolhia mais me cutucavam – Aaaaaain que droga. – Reclamei abrindo os olhos.
- Acorda, amor!
- To acordada trem, ave, vou amarrar você e a Chickity credo.
- Ela me ligou, disse que você não queria acordar.
- Achei que ela tava brincando quando disse que ia te ligar.
- A Chickity não brinca em serviço amor.
- É to vendo isso mesmo. Mais tipo, você é doido né? Sai do serviço e vem me acordar?
- Eu estava cansado de ficar lá sozinho, sabe o que eu tava fazendo? – Perguntou Caio sentando-se ao meu lado.
- O quê?
- Tava estudando, acho que vou fazer algum curso sei lá.
- Serio? Que legal, to afim também de continuar a estudar depois que meus pequenos nascerem. Quando eu morava no Brasil eu fiz o curso de Técnico em Enfermagem e tal, só que meu sonho é Medicina sabe, acho que vou fazer Caio, quem sabe né.
- Eu também acho amor, você tem que continuar estudando continuar sua vida né. Eu vou te ajudar no que for preciso, agente arruma babá pro meninos, a Chickity ama crianças ela pode dar uma mão também.
- É né. Eu vou pensar direitinho. – Falei sorrindo – Bom já que não posso dormi, e to completamente cheia de tanto comer, vou dar uma volta no parque, vamos?
- A amor eu queria muito ir mais não posso vou tomar um banho e dormi, hoje a noite vou pro hospital.
- Hum... Vida de médico não é fácil né?
- Não é fácil de jeito nenhum.
- É, pelo menos agora eu to sabendo que buraco eu to preste a me enfiar.
- Hahaha verdade, Dra. Pamela.
- Hahaha quem sabe um dia Dr. Caio. – Falei sorrindo e dando-lhe um beijo na testa, ao me levantar do sofá. – Deixa eu ir por que se não daqui a pouco é noite.
- Ta bom meu amor.

            Olhei pro chão, não havia mais a bagunça que tinha deixado antes de dormi, Chickity deve ter retirado tudo. Fui ao meu quarto, troquei de roupa, calça preta, bota, blusa xadrez de manga cumprida vermelha com preta, e um lacinho no cabelo pra enfeitar.

- Pronto to parecendo uma árvore de Natal ambulante. – Falei olhando-me no espelho. – To nem aí.

            Peguei meu celular o coloquei na bolsinha preta que havia ganhado de minha mãe. Uma saudade de minha família me deixou pra baixo, saudade dos meus irmãos super hiper chatos e implicantes, saudades do meu pai que fazia de tudo pra me agradar, saudades de minha mãe que trabalhava mais do que conseguia agüentar só pra deixar seus filhos bem, minha avó, meus tios, minhas tias, primos e primas, amigos e amigas todas as pessoas que eu amava que havia deixado pra trás, que havia deixado no passado, saudades do meu amor que agora era uma mera lembrança que carregarei o resto de minha vida.
            Passei pelo quarto de Caio, apenas disse Xau não entrei. O corredor do andar estava completamente silencioso. Entrei no elevador. Passei pela recepção a moça que ficava pro lá estava de férias, encontrei um homem alto, forte, moreno claro, olhos verdes, boca carnuda, me cumprimentou com um sorriso largo, dentes brancos, dei um sorriso tímido.
            Na rua muito movimento, pessoas voltando do serviço, outras levando suas crianças ao parque, eram aproximadamente umas 17:00hrs. Sentei na praça em frente a umas casas antigas lindas, uma rua calma, sem movimento de carros nem pessoas, só se ouvia o barulho do vento batendo nas árvores de folhagem seca, um frio me abateu, meu cabelo voava de acordo com a determinação do vento, um cheiro gostoso e conhecido estava no ar, aquele perfume parecia com o perfume de Luan, uma lágrima caiu em meu rosto, um aperto em meu coração. Coloco a mão sobre minha barriga.

- É meus filhos, mamãe também queria papai aqui com a gente. – Disse a meu ventre.
             
Como poderia sentir o cheiro de Luan sendo que nem aqui ele estava? Queria não pensar mais nele, queria não amá-lo tanto, afinal ele é apenas meu ídolo. Um amor sem fronteiras, um amor impossível, que gerou frutos.
            Uma criança que brincava perto de mim, veio em minha direção, ela era pequena tinhas uns 4 aninhos, cabelos longos e loiros, olhos azuis, parecia um anjo, em suas mãozinhas pequeninas, havia uma flor, ela a segurava com tanto cuidado. Seus pezinhos minúsculos tocavam a grama do parque, o vento batia no seu vestido branco rodadinho, ela se aproximava. Sem dizer absolutamente nada, suas mãos foram erguidas para entregar-me sua flor, um sorriso sem muitos dentes apareceu, retribui o sorriso.

- Obrigada minha linda! – Falei mais era tarde a garota estava longe.

            Não entendi muito bem, segurei a flor vermelha entre minha mão e minha perna. Olhei o horizonte, um solzinho fraco estava adormecendo. Respirei fundo, o perfume de Luan ainda estava no ar.

- Será que você esta pensando em mim, Luan Rafael? – Disse passando a mão desocupada na barriga.

No Brasil...

No Brasil, as coisas estavam indo muito bem, Pami agora me mandava algumas SMS´s me dizendo como ia a sua gravidez. Nossa, ela grávida? Espantava-me toda vez que lembrava isso. Ela some por meses e me vem com essa?
 Minha amiga, minha mineirinha grávida de Gêmeos! Queria muito um dia conhecer essa sapequinha. Quem sabe um dia né?

            Mês de março chegou, e nesse mês é aniversario do Luan vocês sabem, ele fez mais um show por aqui e novamente ele ficou no hotel que eu trabalho a gente esta cada vez mais amigos. Sim. Amigos!
            Eu conto meus medos, minhas conquistas, meus paqueras, é paquera. Não estou ficando com ele com tanta freqüência. Ate porque ele quase não veio aqui, por incrível que pareça, mês de fevereiro ele nem deu as caras. Então só nos falávamos por sms. Uma vez ou outra me ligava. Então deu pra fazer com que nossa amizade se fortalecesse. E sempre rolava um boato que Luan estava com alguém. E esse alguém sempre era diferente da outra. Então porque não eu também me divertir por ai? Se bem que o trabalho não me deixava muito, mas quando dava, eu dava minhas fugidinhas por ai sim. E ele sabia das minhas fugidas assim como eu sabia das dele. Quando ele, e contava claro. kkk

 Luan me ligou uma semana antes do seu aniversario me convidando a ir em sua casa EM LONDRINA pra comemorar seu aniversario com ele. Um fofo né? Eu disse que veria se dava pra ir. Ele negou e disse que não teria desculpas pra eu não ir. Que minha presença seria muito importante, pois todos os amigos dele estariam por lá e eu não podia faltar. Depois dessa a única coisa que poderia fazer era aceitar.  Fiz das tripas coração pra conseguir as pressas ficar dois dias em casa, mas eu consegui e faltando três dias pro aniversario de Luan eu liguei pra ele avisando que iria e ele disse que providenciaria as passagens pra mim.

Véspera do aniversario e ele me liga dizendo o horário e o aeroporto que eu embarcaria, e que o PAI dele ia me aguardar em Londrina.

 - Seu pai Luan? Não quero incomodar, me da o endereço e eu pego um taxi.
- Nem pensar muié, meu pai vai buscar você  e não se fala mais nisso.
- Ta bom homi! Você faz questão né? Vou fazer o que?  – Falei gargalhando.
- Amanha eu chego ai.

            A festa foi no meio da semana, mas exatamente uma terça-feira, ele não quis festão. E sim um churrasco com os amigos e família. No aeroporto Seu Amarildo foi me buscar, eu me senti desconfortável e pedi desculpa por ter o feito ir me buscar, ele disse que não era nada e que se eu era amiga do Luan ele já me considerava como filha! Fiquei feliz e me calei ate chegar à casa de Luan que já estava bem cheia.

            Amigos e família já estavam na casa do Luan quando eu cheguei, fui cumprimentando cada um enquanto Luan guardava minha mala no quarto da Bruna. A casa tava bem cheia e Luan estava muito feliz.

Eu mandei fazer um troféu pra ele de Melhor Amigo do Mundo! Ele amou.

 - Não chega aos pés do colar que você me deu, mas é muito significativo também.
- Ah, que isso Deza! É lindo. E eu gostei muito e vai direto pro meu quarto.
- Eu sorri pra ele, mas logo a atenção de Luan, que era só minha, foi desviada. O chamaram. Chegava mais alguém.

            Max e o Matheus Barros estavam na festa e zoavam muito com Luan que dava muita atenção a todos. Eu estava na roda das meninas, junto com Bruna, Jessica, Mariana e algumas primas dele, eram umas fofas. Muita musica, Luan ate arriscou cantar alguma coisa, mas depois parou e disse que era o aniversario dele e que ele queria curtir.


Continua... 

5 comentários:

  1. posta mais adoro a pam !!! beijosssss

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  2. Loka para q chegue quinta feira kkkkkkk ta muito linda essa fanfic ! Bem q podia soltar mais um capitulo antes de quinta ,um bônus sei lá kkkkkk anciosa demais eu affs ! Ta perfeitaaaaa linda ,aiiii eu quero q a Pam voltei logo para o Brasil e encontro logo o Luan :(

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  3. Não conhecia o blog, fiquei sabendo a poucos dias. Já li todas as histórias, e estou amando. Fico ansiosa esperando os próximos capítulos.

    Parabéns!

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