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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Em pleno Rio de Janeiro



XIII

- Luan, preciso te falar uma coisa. – O olhei e vi uma lágrima cair de seus olhos. Isso não estava me ajudando em nada. Mas tinha que continuar. – Luan, eu entendo que você caiu em uma armadilha, é típico da Mariana. Mas não quero correr o risco de estar com você e não saber o que ela é capaz. Não quero correr o risco de te amar e quebrar a cara mais uma vez. Então... – Luan me olhava atento, seu olhar mostrava apreensão. Respirei fundo – Eu quero terminar com você. – Luan se assustou não acreditando no que eu havia falado.
- Como? – ele estava espantado. – Não. Eu não posso mais ficar sem você Andreza! Eu te a... – quando ele ia dizer de novo. Não o deixei terminar. O beijei. O último beijo. Entreguei-me aos seus lábios.o calor de seus lábios quase me fizeram desistir da minha decisão. Mas não podia me arriscar. Eu não teria forças caso ele me magoasse outra vez. Não correria o risco. Não mesmo
- Shiii. Não fala Luan vai ser pior pra mim. Acredite. Te deixar também não esta sendo fácil. Mas é preciso. Eu gosto muito de você, muito mesmo. E é por isso que não podemos ficar juntos. Não consigo suportar mais a sombra da Mariana.
- Mas eu não gosto dela, amor. Já te falei uma vez. Eu só quero você.
- Por favor, Luan, vai embora me deixe sozinha, preciso pensar. – Falei e as minhas lágrimas não me obedeceram e rolaram pelo meu rosto. Mostrando a ele que realmente não estava sendo fácil pra mim. Ver sua expressão de dor. Fazia-me sofrer em dobro.
Luan me olhou. Seus olhos eram só lagrimas. Deu-me um selinho demorado e saiu. Na porta se virou e disse: - Eu vou te esperar. - E saiu.
Eu? Desatei a chorar quando Luan fechou a porta. Eu queria morrer! Ok, dramático demais. Mas eu não estava bem, o medo me fez deixar ir embora quem eu mais gostava, ou amava; Não sei também. Àquela hora eu era a pessoa mais confusa que eu conhecia. Eu gosto do Luan gente. Mas não sei me bateu um medo! E se ele não resistisse às investidas da Mariana? Ok eu abri a porta pra ela e o entreguei de bandeja. Mas não quis corre o risco. Se fosse pra ele cair nas garras da Mariana que fosse solteiro. Um pouco de dignidade pra mim, por favor. Fui pra meu quarto me entregar a solidão em que eu escolhi viver. Após muitas lágrimas derramadas, fui perdendo as forças e consciência que me fez cair no sono.
Acordei ao som do telefone, não queria atender. Mas aquele som começou a me irritar, então fui ver quem era. Era Pami. E eu precisava dela agora. Então atendi.
- Alô? – Voz rouca, olhos inchados, graças ao choro que me embalou ao sono.
- Amiga! Fernando me ligou, dizendo que Luan esta muito mal por que você terminou com ele. É verdade? – Pami sempre direta. Ouvir que Luan estava sofrendo fez meu coração diminuir. Mas o erro já havia sido cometido, não é? É. Então fique quieta Andreza.
- É verdade amiga. Não quero falar mais Pami. Hoje não. Mas eu quero colo. Pode me dar? – Fiz bico, mesmo Pami não vendo. E sabia que conseguiria o que pedia.
- Sim amiga claro. Eu tenho sorvete aqui quer que eu leve?
- Sim meu amor traga. Hoje eu me afogo com sorvete. E nem vem que vai ser só meu ok? – Sorri fraco enquanto Pami sorria abertamente.
- Ok. Já chego ai.
Pami desligou e em cinco minutos minha campainha tocou. Abri a porta estendendo logo meus braços pedindo um longo abraço. Pami sorriu e me abraçou. Não falamos nada. Fomos pro meu quarto e ficamos lá em silencio. Eu com meu sorvete de morango e ela afagando meus cabelos. Não queria falar. Só queria colo mesmo. Meus pensamentos voaram e infelizmente eles foram parar em Luan. Como deveria estar? Será que esta sofrendo igual a mim? O que estava fazendo agora? Balancei a cabeça afastando meus pensamentos de Luan e me voltei pra meu sorvete. Enchi minha colher e coloquei tudo na boca. Senti meu cérebro congelar. Isso mesmo cérebro! Congele. Assim não pensa no Luan. Droga nem incentivando meu cérebro eu deixo de falar nele. Esquece cérebro tudo o que falei ok?
- Amiga, me explica o que houve? – Pami pediu encostando-se à cabeceira da cama.
Eu resumi tudo pra Pamela (não vou falar de novo, vocês já sabem né?) e ela me olhava chocada. Com o que disse parecendo não acreditar.
- Ele ia dizer que te ama, sua tonta! – E bateu sua mão em minha testa.
- Ai Pami! Me ama, mas fica agarrando a Mariana? Avá. – falei incrédula.
- Ok, ok. Vocês são muito cabeça dura sabia? – disse Pami, fazendo-me deitar em seu colo. Meu sorvete já tinha acabado só me restava o carinho da minha amiga. Que naquela manha era a melhor coisa do mundo e tudo o que queria.
- Amiga dorme aqui? Meu pai só chega amanhã.
- Claro amor! Deixa só eu ligar pra minha mãe, ok?
Segunda-feira, dia ensolarado. Acordei com os raios invadindo meu quarto. Acordei Pami e depois do banho tomamos nosso café. Eu ainda não tinha visto meu pai. Já estava com saudades dele.
- Ai! Pensei que fosse ver meu pai hoje de manhã. – Falei saudosa, servindo o café a Pami.
- Ô amiga, a noite você o vê. – disse Pami, agradecendo o café. – AMIGAAAAAA! – ela gritou me fazendo pular de susto. – Vamos a praia, vai?
- Vamos! – Respondi no mesmo entusiasmo.  – Vou ligar pro... – Lembrei que já não estava mais com Luan. Droga de memória.
- Mais um motivo pra irmos à praia. – Pami falou lendo meus pensamentos.
Troquei de roupa e fomos até o apê da Pami pra ela se vestir e fomos à praia. No meio de semana é vazio. Ótimo. Não gosto de tumultos. Ficamos um tempo na areia até que resolvemos mergulhar. A água estava gelada, mas boa ao mesmo tempo. Lá eu pude esquecer todos os meus problemas. Mas que logo foi trazida a tona. Eu vi Luan com Mariana caminhando pela praia. É pra morrer né? Acho que vou aproveitar que estou no mar e me afogar. O que acham? Não. Não vou me matar por ninguém. Fiquem tranqüilas. Mas bem que eu gostaria. Eu terminei com ele fazia umas 24 horas ou um pouquinho mais. Ai ele vai e passeia com ela?  Era pra acabar comigo só pode.
Só voltei à realidade quando uma onda veio e me derrubou. É eu ainda estava no mar olhando o “novo casal” quando a onda me pegou desprevenida e tomei um caldo. Aff! Onda sua idiota! Me deixa surtar? Obrigada. Parei na areia e acabei rindo junto com Pami, que estava numa gostosa gargalhada. Cansada das ondas me maltratando resolvi voltar pra areia. Pami me acompanhou.
- Pami você viu o Luan com a Mariana caminhando pela praia?
- Não amiga! É serio isso? Safado! E ainda ia dizer que te amava. Aff! 
- Não quero pensar amiga. Vamos distrair! – E entrei novamente no mar. Passamos a manhã nos divertindo, mas na verdade meu pensamento não saia daquela cena. E pensei nas palavras de Luan. “Eu te a...” Essas palavras não saiam da minha mente. Se fosse mesmo verdade ele não faria isso comigo faria? Ah, sinceramente? Não queria pensar nisso. Quero deixar o tempo passar só ele pra me dizer o que vai acontecer.

Luan:

Mas que porra de vida! Como Andreza termina comigo? Como que vou ficar sem ela? Não posso viver sem ela. - A campainha tocou.
- Ai, quem será? – olhei pelo olho mágico da porta e vi que era a Mariana. No fundo eu queria que fosse a Deza, me pedindo pra voltar, dizendo que era tudo mentira. Que ela me amava, e que não podia ficar longe de mim. A campainha toca novamente. – que merda, ela não desiste. – falei comigo mesmo. Atendi a porta fazer o que?
- Oi Mary. – disse sem sorrir.
- Luan, vamos a praia o dia ta lindo!
- Não to no clima Mary. Não quero ir não.
- Mas por quê? Ta com medo da Andreza saber e brigar com você? – Ela falou com deboche. Será que o que fez foi pra exatamente isso?
- Ela já terminou comigo, Mariana. – disse e uma tristeza profunda me invadiu. Não a olhei nos olhos, pois foi por causa dela que Andreza e eu terminamos. E afinal porque estou falando com a Mariana mesmo?
- Mais um motivo Luan, pra você ir comigo... Esquecer os problemas. – ela segurou meu rosto e olhou nos meus olhos. Por um momento achei que ela fosse me beijar. Não ia deixar acontecer outra vez. Então me soltei de Mariana.
- Tudo bem! Preciso espairecer. Espera-me aqui.
Eu estava caminhando pela orla. Não queria entrar na água. Mariana falava igual matraca, mas eu não prestava a mínima atenção no que ela dizia. Na verdade não queria estar ali com ela. Não era ela quem eu queria por perto. De repente eu vejo uma pessoa muito conhecida por sinal. Espera. É a Andreza. Nossa como ela esta linda! Aquele biquíni a deixa linda. Lembrei de nossos dias na praia. Das brincadeiras que fazia com ela na água. Nos nossos beijos debaixo d’água. Ok, não muitos porque a água é salgada. Mas de vez em quando rolava. Eu não resistia a ela. Como eu gosto dessa menina!
- Luan, ta me escutando? – Mariana me cutucou fazendo com que meus pensamentos se desfizessem e meu sentido voltasse a realidade, deixando Andreza e me obrigando a olhar pra Mariana.
- Desculpa. Fale. – ela começou e meu pensamento voou outra vez. Droga. 

Luan of.


 Aguarde os proximos capitulos!




Beijo doce, Andreza!

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