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domingo, 24 de julho de 2011

Mais um pra coleção de: Meus Sonhos Não Realizados!

Nunca pensei que iria me apaixonar com tanta intensidade por alguém. Antes de conhecer o Luan minha vida era uma escuridão. Não uma “ESCURIDÃO” de um céu negro carregando a noite fria de inverno. Mas sim “ESCURIDÃO” de solidão, era como dizia meus amigos mais próximos, eu era Forever Alone.
            Mas tudo isso mudou. Vou contar como foi.

            Meu coração tava disparado mais um show, será que desta vez eu iria conhecê-lo, será que desta vez conseguiria abraçá-lo e dizer o quanto eu o amava?
            Eram mínimas as chances.
            Não havia como conseguir. Uma única chance seria o camarim mais, era várias pessoas concorrendo e as vagas são poucas 10 apenas, e sinceramente, eu não tenho muita sorte pra ganhar coisas deste tipo.
            No show em Araxá – MG 03/06/2011 fui presa por tentar chegar perto do meu ídolo, perto do então amor da minha vida, não sei dizer se ele é O AMOR DA MINHA VIDA, mas todas as evidências levam a fazer que eu pense desta forma.
            Dia 20/08/2011 show em Uberaba – MG. Estava mais nervosa do que a primeira vez, uma sensação de que desta vez eu conseguiria me aproximar dele. Foram horas na fila, minha amiga Duda havia ido comigo, eu a olhava observando suas reações, estava nervosa de mais pra falar alguma coisa.
            Parecia tão distante, a fila não caminhava, minhas pernas dormiam, doíam. Tava fazendo frio. Eu não sei se era mesmo o tempo, não vi ninguém com blusa de manga cumprida, só eu que estava, acho que de tão nervosa a temperatura de meu corpo caiu.
            Algumas horas depois estávamos dentro da arena, o show iria começar às 23:50 mais ou menos, faltava pouco. Consegui arrumar um bom local, fiquei colada na grade, bem em frente ao palco principal.
            A abertura começa, meu coração acompanha o ritmo, fico louca, começo a gritar, a chorar, é nois de novo.
            Adrenalina era a primeira, ele sai do fundo, como se estivesse em uma nave, sai correndo pela passarela, as lágrimas já viraram cachoeiras, não conseguia parar de chorar, estava com tanta saudades, foram apenas 2 meses e 17 dias distantes, mais doía ficar longe por tanto tempo.
            O show passou no piscar de olhos, foi rápido e ao mesmo tempo longo, consegui tirar bastantes fotos, com a câmera da Duda. O Luan estava lendo os cartazes, quando vi que alguém em cima do palco me chamava.
__Eí garota! – com os olhos cheios de lágrimas dei uma olhadinha para a pessoa que estava a minha frente, era um moço alto, forte, não consegui identificá-lo.
__Eu? – confusa perguntei se era eu quem ele estava chamando, e sem dizer nada apenas balançou a cabeça em sinal de sim.
            Sem entender nada, estava confusa, perguntei o que ele queria. As pessoas que estavam ao meu lado não ouviram nossa conversa, estavam tão atentas no anjo no palco que não importava mais nada o que ocorria ao lado delas.
            O moço sem muitos rodeios pediu para que eu fosse pra trás do palco e que o esperasse por lá. Sem entender muita coisa, eu segui o que havia me pedido, o Luan estava quase acabando o show, despediu de todos, e agradeceu a presença.
            Caminhei no meio da multidão que foram deixando espaço para que pudesse passar. Quando consegui chegar atrás do palco, vi o moço com quem acabará de conversar.
__Tem alguém querendo conversar com você. – falou o grandalhão.
__Quem? – perguntei curiosa, no momento pensei que fosse o Luan mais ao me aproximar do camarim descobri que não era ele, e sim o Peixola.
            Ele me cumprimentou e me abraçou.
Todos da banda estavam lá, menos o Luan, acho que ele já havia ido pro hotel. Cumprimentei todos. Ficamos amigos, até. Todos foram para a van, restou eu e Peixola no camarim.
__Dani, você quer sair comigo? – como já havia me apresentado, e virado amiga da banda, ele me chamou pelo apelido.
__Vamos sim. – concordei sorrindo.
            Sinceramente? Não estava acreditando muito no que tava acontecendo. Queria acordar, mas não estava dormindo. Andamos de mãos dadas até a van, e entramos.
            Chegando ao hotel, depois de várias gargalhadas dentro da van, povo bobo, fiquei com cólicas de tanto rir. Eu estava feliz, tanto por ver meu amor, e tanto por estar com as pessoas que ele ama e que eu também amo.
            Os meninos disseram que iriam tomar banho e depois se encontrariam no restaurante pra comer alguma coisa.
            Todos foram para os seus quartos, eu e Peixola também é claro.
            Não estava nervosa, estava bem até. Ele pegou minha cintura e aproximou nossos corpos.
            Respirações irregulares, o silêncio no quarto foi abafado pelos nossos batimentos cardíacos.
            Nossos lábios se encontraram, Peixola me jogou na cama com todo seu corpo sobre mim. Ele estava quente, estava gostoso ficar ali. Tirei sua camiseta com rapidez.
            O beijo ficou mais intenso, suas mãos tiram minha calça com tanta rapidez e força que por segundos achei que iria rasgá-la. Fiquei apenas com minha camiseta, e de calcinha. Peixola, não hesitou e logo arrancou minha camiseta também, ficamos se beijando por vários minutos, não estava mais agüentando, estava louca com seus beijos, e suas mãos acariciando meu corpo.
__Ain... – gemi quando ele descia sua mão parando-a na minha calcinha – ain Luan...
            Houve um silêncio, fiquei imóvel, ele também. Não acredito no que acabei de fazer, que merda.
__De que você me chamou?
            Eu nada respondi, estava em transe, não pode ser que isso aconteceu novamente. Respirei fundo, e me concentrei pra poder pedir desculpas.
__Desculpa Peixola – pedi, já saindo debaixo de seu corpo, ele se inclinou pro lado dando-me passagem.
            Sentei-me na cama.
__Que merda de vida, não acredito que isso aconteceu de novo. – reclamei, no meio do choro, que já havia me tomado.
__Eí, por que você ta chorando? Nossa, Luan? Cara não precisava ir tão longe.
__Desculpa, aí como eu sou anta. – batia meu punho contra minha testa – Eu sempre faço isso, devia ter parado já.
__Sempre?
__Humrum. Eu não sei o porquê mais tudo que eu faço o Luan sempre tem que ta no meio, tudo isso começou a 4 anos atrás quando eu conheci o Luan pela primeira vez... – contei a ele como comecei a ser fã do Luan, contei a ele como é a minha vida, contei absolutamente tudo – ...essa não é a primeira vez que troco os nomes. Da última vez terminei com meu ex-namorado por causa disso, ele ficou com raiva e terminamos... – o choro não parava, já estava soluçando, de raiva, enrolei-me no edredom – ...achei que isso não iria acontecer, por isso fiquei com você, que droga de vida.
__Dani, não fica assim.
Eu queria confrontá-lo e perguntar qual era o problema dele. Mas me faltaram forças, não tive coragem de dizer nada. Ele queria me ajudar, viu qual era minha situação, mas aquilo estava errado, o Peixola devia me odiar por trocar os nomes, e não tentar me ajudar.
            Estava com ódio de mim mesma.
            Sentei na beirada da cama, pra poder refletir melhor no que acabei de fazer. Mais uma pessoa magoada por mim, eu não devia ter aceitado ficar com o Peixola, devia ter previsto o que aconteceria, uma pessoa tão próxima do Luan, é obvio que eu tornaria a trocar os nomes.
__Dani! – ouvi meu nome baixinho, eu não queria virar e encará-lo – Dani, não fique assim, eu já te disse que não tem problema, eu te entendo.
__Eu sou uma idiota Peixola. – as lágrimas começaram a cair novamente, merda de vida, eu não queria chorar.
__Eí, olha pra mim. Não precisa chorar, eu disse que te entendo, você não é uma idiota, você ama o Luan e eu entendo isso. – suas mãos vieram para meu ombro tentando me acalmar. Virei de imediato para o meu novo amigo, e o abracei. – Olha não fica triste, eu to aqui ta?
__Desculpa?
__Não precisa pedir desculpas.
__Eu... – respirei fundo, saindo do abraço pra poder olhar o Peixola. Eu não poderia ficar mais ali não fazia sentido nenhum naquilo, passei as costas da mão em meus olhos a fim de me livrar das lágrimas que já estavam parando de cair. – Eu, vou embora, não tem sentido permanecer aqui. – levantei-me da cama pra pegar minhas roupas que estavam jogadas no chão do quarto.
__Você não precisa ir embora, Dani. Fica aqui?
__Peixola, Peixolinha, você sabe que eu não vou conseguir ficar com você.
__Agente não precisa ficar, todos estão lá embaixo no restaurante, vamos pra lá depois eu falo pra alguém te levar embora.
__Ele está lá?
__Não, acho que não, o Luan deve estar... – a frase não foi concluída, também não precisava, eu sabia o final, sabia onde o Luan estava, sabia o que ele estava fazendo.
__Então vamos, eu só vou acabar de me trocar e arrumar meu cabelo.
__Ta bom.
            Logo eu e Peixola estávamos arrumados. Passamos pelo quarto do Luan. Não escutei nada, estava tudo em silêncio, pensei até que não era o quarto dele.
            Entramos no elevador, eu olhava o Peixola e ficava pensando o que será que ele estava pensando de mim? – Essa menina é doida, só pode – deduzi.
            Os números caiam rápidos, e em questão de minutos já estávamos no restaurante. Chegando lá, pude ao longe ver a mesa dos meninos, Day, Marla, Rober, Marreta, Orlando Baron e Juliano, estavam na mesa o resto da banda eu não sabia onde estavam, provavelmente em seus quartos.
__Olha quem ta aqui! – gritou Orlando ao ver eu e Peixola nos aproximando da mesa.
__Oi gente! – cumprimentei sorrindo.
__O que vocês estão fazendo aqui? Achei que estariam se divertindo lá em cima. – disse Marreta rindo ao ver nossas caras de vergonha.
__Eu acabei com a noite do Peixola, Marreta. – confessei sentando-me ao lado da Day e da Marla.
__Como assim? – perguntou Day curiosa.
__Bom... – comecei a contar toda história pros meninos, eles riam, se assustavam, ficavam pensativos. Peixola que já sabia de tudo, só observava o reação de todos. – ...é isso gente, agora estou aqui no mesmo hotel que ele, morrendo de raiva por não conseguir deixar de pensar um segundo se quer no Luan.
__Bem... – todos ficaram sem palavras quando Juliano ia começar a dizer algo eu o interrompi.
__Não precisa dizer nada Juliano, ninguém precisa dizer nada, eu sei que ele é só um ídolo e que nunca teremos nada, eu também não quero ter nada com o Luan, ele merece pessoa melhor. Bom, mais mudando de assunto, saindo da minha depressão, eu quero saber se gostaram do show? – todos me olharam com uma expressão pensativa, mas logo transformaram novamente nas pessoas felizes que estavam na mesa quando cheguei.
            Conversamos uns cinco minutos sobre o show, o Juliano ria da cara que eu fazia quando o Marreta contava um caso, eles me trataram muito bem, estava me sentindo em casa, como se eles fossem minha família, estava há vontade ali.
            Olhei pro chão, algo me fez perder o foco. Fiquei zonza, comecei a tremer, meu coração acelerou, minha respiração ficou irregular. Day e Marla que estavam ambas ao meu redor, seguraram minhas mãos.
__Calma! – falou Marla tão baixo que apenas eu ouvi.
            Não disse nada, Luan se aproximava, parecia chateado.
__Que droga! – o ouvi dizer, ao longe.
__Lá vem o nervosinho... – Marreta criticou.
__O que será que aconteceu desta vez? – Rober perguntou olhando pro copo em cima da mesa.
__Oi gente. – Luan nos cumprimentou e se sentou perto do Peixola, ao lado do Marreta.
__O que aconteceu? Que cara é essa? – perguntou Peixola.
__Eu acabei com a noite, que droga, fiz uma burrada, troquei o nome da muié, tive que dispensá-la. – Luan falou entre dentes olhando pro amigo.
            Todos me olharam, eu com vergonha olhei pra baixo, mas logo levantei a cabeça novamente. Luan que não havia me visto ali na mesa antes, correu os olhos pra cima de mim. Ele não me conhecia, nunca havia me visto, deve ter estranhado.
__Oie! – me cumprimentou.
__Oi, Luan. – falei com voz trêmula, às meninas que ainda seguravam minhas mãos olharam pro Luan, atentas no que ele iria dizer, mas ele não disse mais nada.
__Você trocou o nome da garota de novo? Qual nome foi dessa vez? – Peixola perguntou olhando pra mim. Ele parecia saber a resposta, fiquei com vergonha, por lembrar que troquei o nome dele também.
__O mesmo nome de sempre. Danielle! – disse Luan observando um copo vazio a sua frente.
            Dei um pulo de susto. Marreta riu.
__Que engraçado, você conhece alguma Danielle? – Marreta falava para dar corda na conversa, eu não estava gostando disso. Isso não iria terminar bem.
__É a segunda vez que troco o nome da muié que eu fico, por essa Danielle, eu não conheço não, não me lembro de ter ficado com nenhuma garota com esse nome.
            Eles me olharam de novo, meu rosto queimava, com certeza estava igual a um pimentão vermelho. Luan me olhou novamente, por impulso.
__Você não vai falar nada Danielle, por que ficou muda de uma hora pra outra? – Orlando em fim falou.
__Eu não tenho nada pra falar Orlando...
__Danielle? O seu nome é Danielle? – Luan perguntou cortando minha fala.
__Hã... – respirei fundo, pra não gaguejar – Sim... – disse quase sem voz, minha mão suava de nervoso, eu tremia, estava segurando pra não chorar.
__Acho que não é só você que anda trocando os nomes Luan. – Peixola falou sem rodeios.
            Eu to frita – pensei.
__Você trocou o nome dela Peixola? – Luan revidou rindo.
__Eu? Eu, não! Dani por que você não conta pro Luan há história que você estava contando aqui pra gente?
__Não Peixola. – dei um grito – desculpe, eu não vou contar aquela história não tem sentido, o Luan não iria querer ouvir.
__Quero sim, conta?
            Eu olhei incrédula pro meu príncipe que estava a poucos centímetros de mim.
__Eu... – comecei a gaguejar estava nervosa olhei pra Marla e pra Day a fim de que elas me tirassem dessa roubada.
__Vamos lá pro meu quarto, eu quero ouvir tua história. – Luan se pronunciou do nada, já se levantando da mesa sem nem esperar minha resposta.
            Pro quarto? Ele quer me levar pro quarto? Eu devo ter batido a cabeça, só posso ta enlouquecendo.
__Hã... – nervosa, olhei pro Peixola, queria matá-lo ele não devia ter começado isso.
__Vamos? – Luan me chamou novamente, minhas pernas estavam bambas, sabia que se eu saísse da mesa iria cair.
__Vai lá Dani, é sua chance amiga. – Day que estava ao meu lado, me incentivou.
__Chance de quê muié? – reclamei baixinho.
__Vai Dani. – Marla também incentivou.
__Ta, ta bom eu to indo. – respirei fundo, contei até três, e sai da mesa. Luan olhava e sorria, eu tremia, ele não estava me ajudando.
__Para de sorrir pra mim, por favor? – pedi.
__Por quê? – ele se aproxima, cachorro queria me derrubar. Nossos corpos se colaram, sua mão veio pra minha cintura nos aproximando mais e mais, me perdi na imensidão de seu olhar.
__Hã, hã, hã... – pigarreou Marreta, o clima tava tenso.
__Vocês podem se resolver no quarto, por favor, agente não quer ver isso. – Peixola reclamou.
            Eu e Luan não falamos nada. Sem graça, nos distanciamos um do outro, e fomos caminhamos em silêncio até o elevador. Lá dentro mais silêncio, eu não sabia o que dizer, ele parecia que também não sabia, estávamos nervosos, as palavras escaparam de minha mente, um branco me invadiu. Queria sair correndo, mais não corri, queria gritar, mas não gritei, queria chorar, mas não deixei as lágrimas caírem.
            Luan observava minhas reações, acho que ele esperava que eu dissesse algo. Mas o que eu iria falar? Não sabia nem como começar.
            Saímos do elevador, e entramos no quarto. Os seguranças de Luan que nos acompanhavam ficaram de fora. A sós, o nervoso me tomou por completo. Mal conseguia respirar, fiquei imóvel.
__Hum... sente-se! – enfim o silêncio foi quebrado pelo timbre da voz de Luan.
__Obrigada, Luan! – foram poucas as minhas palavras, sentei-me na cama que estava ao meu lado. Luan sentou-se junto a mim.
            Minhas mãos tremiam, entrelacei-as uma na outra. Luan também não parecia muito calmo, ele mexia no travesseiro, esperando que eu começasse a falar, mas eu nada disse.
__Você não vai me contar? – perguntou-me.
__É uma história sem pé nem cabeça Luan, os meninos que estavam me implicando, só isso, tem nada de mais. – menti.
__Mas eu quero ouvir tua história.
__Luan, por favor, esquece isso, eu te imploro.
__Por que você ta tão nervosa?
__Por que eu to perto de você.
__Só por isso? Eu nem to tão perto assim. – ele vinha caminhando na cama devagarzinho, estávamos alguns centímetros um do outro quando ele voltou a falar – então vamos começar desde o principio, me conta como é o seu nome inteiro, onde você mora, quantos anos você tem?
__Aí meu Deus – rezei – Bom, meu nome é Danielle Gonçalves, eu moro em Campos Altos aqui do lado de Uberaba, e tenho 18 anos.
__Hum... O Peixola falou que eu não sou o único que trocou os nomes, como assim?
__O Peixola ta doido, ninguém além de você trocou os nomes não Luan.
__Então por que você e ele estavam lá em baixo, em vez de... – eu o fuzilei acho que ele entendeu que não podia continuar a frase.
Não gostei do que fiz com o Peixola, foi errado, magoei mais um homem na minha vida. Se o Luan falasse naquilo eu iria chorar, essa lembrança cortava meu coração, me deixava em prantos.
__Bom... – eu não sabia se explicava, ou se mudava de assuntou, pensei por longos minutos até chegar a uma decisão – ...eu ia ficar com o Peixola... – não o olhei nos olhos, olhei para baixo, querendo segurar o choro – ...mas, sou uma anta. Sim eu troquei os nomes também – confessei.
__Você trocou? E eu posso saber que nome você o chamou? – curioso perguntou-me. Eu nada respondi, apenas levantei minha cabeça e o olhei, uma lágrima traiu-me e derreteu em meu rosto. Luan levantou uma de suas mãos passando em meu rosto, a fim de limpar o começo de meu choro, fechei meus olhos por curtos segundos apreciando sua mão macia me acariciando – você o chamou de Luan?
__Humrum – balancei a cabeça em sinal de sim, já com os olhos abertos, as lágrimas caíram sem dó.
            Não sei o que deu no Luan, talvez pena de mim, não sei, ele me abraçou tão forte, que pude sentir seu coração batendo. Ficamos grudados por vários minutos, seu cheiro me tranqüilizava, deitei-me em seu ombro.
__Não fica assim, você não tem culpa. – suas palavras pareciam ter sentido, mas eu sabia que eu tinha culpa, não devia ter trocado, não devia estar pensando no Luan naquela hora.
__Tenho culpa sim, Luan. – deixei seu abraço, passei minhas mãos em meus olhos, as lágrimas não paravam de cair, queria me livrar da dor, doía tanto.
__Eu também troquei e nem por isso estou chorando assim.
__Eu sei que não devia estar chorando, mas ta doendo sabe Luan, dói tanto que você não pode imaginar.
__Me conta sua história, eu quero saber, eu não entendo também, eu não te conheço e mesmo assim, falei o seu nome em vez de falar o nome da muié que estava comigo, não é a primeira vez que isso acontece. Nunca tinha te visto antes, estou confuso – ele colocou-se um pouco mais na ponta da cama, e se sentou de forma que sua cabeça fosse parar em cima do joelho.
Ele estava atordoado, pensando no motivo que me levará ali, como ele poderia ter chamado o meu nome sem me conhecer?
            Ficamos em silêncio, minha cabeça girava tentando achar uma explicação. Levantei-me da cama, caminhei até a porta, coloquei a mão na fechadura, iria rodá-la pra abrir a porta mais fui impedida com uma mão em minha cintura.
__Não vai embora não. – Luan pediu-me.
__Luan, não tem motivo pra eu continuar aqui.
__Há um sim, Dani. – ele virou-me deixando nossos corpos colocados na porta. Minha respiração ficou irregular, tive dificuldade para encará-lo, mas sua mão direita segurou meu queixo levantando-o para cruzarmos nossos olhares. – eu não sei o porquê de tudo isso, mais algo no fundo do meu coração diz que tem um motivo, talvez seja o nosso destino estarmos tão ligados assim.
__Luan... não – pedi quase sem voz, sua boca me chamava, não conseguia tirar os olhos dos dele, eu o queria, mas não o podia ter.
            Nossas bocas ficaram a 3 cm de distância, pude sentir seu hálito fresco, me envolvendo.
__Dani, você me ama? – perguntou meu anjo.
__Eu... Eu te amo. – respondi em meio às lágrimas. Nossas bocas enfim se encontraram.

Acordei!
Sabe talvez não seja o meu destino tê-lo em meus braços, quando fui ao show do Luan tive vários impedimentos, seguranças, e fraqueza kkkkk quem mandou eu não comer né. Bom, eu fui ao show com duas intenções, a 1° de vê-lo, uma questão óbvia, e a 2° de poder encontrar o amor da minha vida, não necessariamente o Luan, realmente eu não acredito que ele seja o amor da minha vida, vários motivos me levam a crer nisso, nossos gostos podem ser bem parecidos, mas esse não é um motivo forte pra termos que ficar juntos. Enfim, eu achava que indo ao show do Luan poderia encontrar o amor da minha vida, que me fizesse apaixonar por ele, quando o Luan fosse tocar AMAR NÃO É PECADO. Ou que o tema de nosso namoro fosse uma música da pessoa que me fez acreditar, que nada é impossível pra quem sonha, pra quem corre atrás de realizá-los. Mas nenhuma dessas coisas aconteceu, eu não encontrei o amor da minha vida, e não abracei o Luan, e o principal, a persistência de meus sonhos não acabaram, eles insistem em aparecer todas as noites, me deixando intrigada, chorando, desesperada, e o pior sozinha, por mais que eu queira não consigo ficar com um cara sem o olhar e procurar nele alguma semelhança com o Luan. Eu ainda não desisti de tê-lo em meus braços, por mais que isso pareça impossível, eu não vou desistir, pelo menos um abraço, eu vou ter, acho que só assim, depois deste abraço, eu poderei viver em paz, longe ou perto de Luan Rafael Domingos Santana.
POIS SÓ QUEM SONHA CONSEGUE ALCANÇAR.
NÃO EXISTEM SONHOS IMPOSSÍVEIS E SIM PESSOAS QUE NÃO CORREM ATRÁS PRA PODER REALIZÁ-LOS.


BY: DANII...
ESPERO QUE GOSTEM FOI UM SONHO QUE NÃO ME DEIXOU DORMI POR 3 DIAS.
MAS AGORA ELE SE FOI COMO SE FOI. E MINHAS NOITES
FICARAM VAZIAS, COMO UM CÉU NEGRO.

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