Leia também

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Esqueci de Te Esquecer...

 
Capitulo 36


Eu ouvia toda a briga dos dois, mas não quis intrometer. Era amiga demais de cada um deles. Não saberia a quem apoiar. Fiquei magoada com a Pam por não ter me contado tudo o que aconteceu naquele show. Não me dizer quem era o pai da criança quando disse estar grávida. Bom, ela teve seus motivos. Mas ver Luan naquela situação, sentado no meu sofá. Parecendo não acreditar no que a Pami tinha falado a ele, era difícil. Lagrimas encheram meus olhos, algumas ate caíram. Respirei fundo. Tinha que ser forte, meu amigo precisava de mim, agora mais do que nunca. Luan, meu ídolo, amigo, affair... O que você achar melhor. Ele estava precisando de mim, e isso me cortava o coração. O que dizer? Não sabia ainda.
 Wellington entrou na sala assim que Pami saiu. Mas logo paralisou vendo a situação de Luan, então me vi obrigada a me aproximar dele.
- Luan...
- Eu vou ser pai Andreza! Porque ela não me procurou antes?
- Não sei meu anjo! Mas calma, talvez agora as coisas mudem... – O encorajei.
- Mudem como Deza?
- Ah, ela pode deixar você ver seus filhos.
- Ela não quer que eu seja o pai das crianças. Ela disse que o Caio é o pai deles. Mais não é! Eu sou o pai deles. – O som da sua voz cortava meu coração. Era misto de raiva, decepção e indignação.
- Sim amor, é você e vamos dar um jeito de você participar da vida deles ta? Eu vou amanhã  falar com ela ta bom? Mas não fica assim Luan. Não gosto.
Ver Luan daquele jeito fez com que eu o quisesse em meus braços o acalentando. E assim o fiz. O coloquei em meu colo. Luan parecia distante.
Com o tempo foi voltando ao normal. Ficamos ali sentados por longos minutos. Já estava escurecendo, quando Wellington recebeu um telefonema.
- Luan, é a Dagmar atrás de você! Ta quase na hora da entrevista.
- É verdade! Deza minha linda, eu tenho que ir. – Disse se levantando do sofá em um pulo.
O acompanhei ate a porta. Não podia o deixar só.
- Não quer que eu vá com você? Eu fico escondidinha!
- Não meu amor, pode ficar aqui, você vai ta comigo em pensamento mesmo que eu sei.
- É vou estar sim meu anjo. Sempre.
- Obrigado mesmo, por tudo. – agradeceu dando-me um selinho demorado. Sorriu e partiu. E junto foi o meu coração.
Respirei aliviada, ele parecia melhor. E eu tinha uma missão né? Falar com a Pam, no dia seguinte.
Acordei toda quebrada. Parecia que um trator tinha passado por cima de mim. Tomei um banho mega quente a fim de relaxar. Funcionou. Vesti-me, coloquei meu uniforme, afinal de lá eu ia trabalhar. Queria passar à tarde com Pami. Minha raiva já havia passado. Não havia motivos pra ficarmos de mal uma com a outra. Tudo o que aconteceu não foi culpa nossa. Não podíamos adivinhar, podíamos?
Fui ate o hotel que ela se hospeda, perguntei a recepção o quarto dela. E disse pra não avisar, pois queria fazer surpresa. Na verdade não queria que ela se negasse a me atender. Pamela é cabeça dura às vezes.
            Bati na porta. Demoraram atender, senti só a maçaneta se contorcendo devagarzinho. Finalmente abriram a porta.

- Pami? – Assustei ao deparar com minha amiga mais branca que leite, apoiando a mão sobre a barriga. Olhei no chão, um liquido vermelho caia de suas pernas. Era sangue! Eu tinha pavor de sangue – Ai meu Deus – Fiquei completamente desesperada. Pam parecia consciente mais não foi por muito tempo, logo se jogou no chão caindo sobre aquela poça de sangue.
            Sai correndo pedindo socorro. Os seguranças do hotel vieram ajudar. Eles a carregaram com cuidado pro elevador. Liguei pra ambulância. Dei todos os dados possíveis do lugar e quando chegamos cadê a ambulância? Nada dela. Chamei um taxi, que por sorte passa igual água na orla da Barra.
            Pam não tinha forças pra nada. Pedi a ajuda dos seguranças pra colocarem ela no carro. Pamela acomodada, pedi pra que fosse urgente ao hospital mais próximo. Liguei pra Caio, tinha o numero, pois Pami já havia me ligado algumas vezes com o numero dele.
- Alô? Caio aqui é a Andreza amiga da Pam.
- Ah. Oi tudo bem Deza?
- Não, não tem nada bem. Preciso que você vá ao hospital perto do Hotel Atlântida que vocês estão hospedados, a Pami tava sangrando muito quando a encontrei, ela esta mais pálida que água de arroz. Estou preocupada, ela ta sangrando muito! Me ajudaaaaaa! – Disse desesperada.
- Ok, calma você esta com ela na ambulância?
- Não eu to num taxi! A saúde publica do Rio não funciona muito bem não Caio.
- E como que ela ta? Eu vou correndo pro hospital. Me espera lá Deza. E obrigado pela ajuda.
- Que isso. Foi sorte eu ter ido ver ela. Mas te espero no hospital.
            Desliguei o telefone, já havíamos chegado. Pam estava muito pálida, o sangue grudado em sua camisola, era como um filme de terror.
- Vai ficar tudo bem! – Disse à minha amiga, mais sabia que era pra tranqüilizar mais a mim do que a ela, que ainda estava desacordada.
            Sai do carro, e uma enfermeira veio ao meu encontro.
- Você é quem a esta acompanhando?
- Sim! – Falei tremendo de tão nervosa.
- Fique calma ela está em boas mãos, venha comigo preciso de alguns dados da paciente.
- Ok!
            Fomos para dentro do hospital. Me colocaram numa salinha. Disse tudo que sabia sobre a Pam, não sabia muita coisa, como nome dos pais, data de nascimento, só sabia quantos anos ela tinha e que estava grávida de gêmeos de 8 meses.
- Tudo bem, esses dados são os mais necessários num momento, você conhece algum parente da garota?
- Não, só o marido dela que já esta vindo.
- Ok! Fique tranqüila, ela vai ficar bem.
            Não consegui fazer meus pés pararem de bater contra o piso do hospital, minha mão tremia, minha cabeça doía muito.
- Deza? – Chamou um rapaz alto, branquinho, forte, parecia um anjo, ei parecia o Luan! A única diferença é que ele se chamava Caio.
- Oi... – Disse abraçando o rapaz de branco que venho em minha direção.
- Calma, tudo bem? Cadê a Pami? O que realmente aconteceu?
- Bom... Eu não sei te explicar ao certo. Fui ao seu quarto no hotel e logo após bater na porta, ela aparece super pálida, gelada que nem morto, sangrando muito.
- Ai meu Deus, os bebês! Ela teve hemorragia. Preciso falar com uma enfermeira. – Caio foi ate a recepção, uma enfermeira já estava vindo conversar com ele.
            Não sei o que falaram, não queria saber. Estava com medo de enfim perder minha amiga. Ela sempre disse que queria morrer, mais nunca pensei que estaria perto pra ver isso.
- Eles a estão preparando pra uma cesariana de emergência. Vou poder acompanhar o parto, assim que tiver noticias te falo – Disse Caio abraçando-me novamente – Fique tranqüila vai da tudo certo.
            Eu conhecia aquele tom de voz, parecia o meu tom quando quero amenizar alguém sendo que era eu mesma que estava nervosa.
            Caio sumiu por um corredor deixando-me completamente sozinha. Nervosa eu? Magina.
            Minhas mãos suavam, meus pés batiam em ritmos acelerados no chão, levantei, sentei, levantei, sentei. Não sabia o que fazer, os ponteiros do relógio arrastavam num tic-tac terrível.
            O hospital super gelado me arrepiava. Aquele movimento pelos corredores. Pessoas machucadas passavam, e eu ali sem poder fazer nada, sem ao menos ter noticias.
            Pensei em ligar pra Luan, ele precisava saber o que estava acontecendo, afinal era a mãe dos filhos dele que tava sangrando quando a encontrei. Procurei meu celular no bolso, minha mão suada escorregou nas teclas. Encontrei rapidamente o numero do celular de Luan. Hesitei.
            Ele ia ficar preocupado, ia dar nas idéias de vir ao hospital e sei que não vai poder afinal o coitado ta em outro estado agora.
            Mas era meu “dever” como amiga dizer o que estava acontecendo, mesmo que isso possa matar o Luan do coração. Disquei o número. Não demorou muito e logo Luan atendeu.
- Oi Deza!
- Oi Lu... – Disse em voz baixa.
- Por que você ta falando tão baixinho? – Perguntou Luan mais baixo que o começo.
- Eu to no hospital!
- No hospital? – Luan alterou a voz – O que você ta fazendo no hospital Andreza?
- Não sei ... Ai espera eu sei. Ai calma eu to nervosa. – Nessa hora eu sempre ficava sem saber o que fazer. Mas dessa vez é pior. É minha amiga que finalmente a conheci e em poucos dias eu podia perde-lá pra sempre. Respirei fundo. – Sem drama Andreza! – pensei comigo e finalmente voltei a ligação.
- A Pam, ta no hospital, to com medo Luan, eu vi sangue cara.
- Sangue? Como assim? Me explica isso Deza!
- Então... Fica calmo. Ta tudo bem, eu acho que ta tudo bem né.
- Andreza, não tem como eu ficar calmo. A Pami ta no hospital? É alguma coisa com os bebês?
- Ela tava sangrando muito Luan. O Caio disse que ela teve hemorragia, e neste momento ele ta na sala de parto, vão fazer uma... – Pensei no que Caio havia me dito – Uma... Cesariana de emergência.
- Meus filhos estão nascendo? – Gritou Luan como se estivesse contando que ganhou na loteria.
-  Shiiii! Fala baixo! – Pedi a Luan, como se ele tivesse no hospital comigo. Ah eu tava nervosa né? – Acho que é isso ai mesmo Luan. To nervosa Luan. Mais estou realmente preocupada com ela, o Caio não ficou com cara muito boa quando disse que iria ficar tudo bem.
- Eu preciso ir pro Rio agora.
- Não Luan  ta loco? Fica calmo. Sossega ai, vai dá tudo certo. Você tem show hoje a noite, precisa se concentrar, eu na verdade nem queria te ligar, mais estou completamente desesperada, to sozinha e não gosto de hospital. Olha, assim que o Caio vier eu te dou noticias, se você vier pra cá não vai adiantar nada, não vai mudar nada.
- É ma...
- Mas nada Luan. Escuta o que to te dizendo, seus fãs também precisam de você. A Pami vai ficar bem, seus filhos vão ficar bem.
- Eu...
- Luan, fica quieto pelo amor de Deus, não apavora, fica calmo, olha vou ter que desligar, vou comer alguma coisa e esperar o Caio sair da sala de cirurgia. Assim que tiver noticias te ligo ta bom?
- Liga mesmo?
- Sim, ligo sim!
- Obrigado Deza, você é como se fosse meu anjo, cuida da Pamela e dos meus filhos aí pra mim, por favor, assim que terminar esse show vou pro Rio de Janeiro.
- Ta bom Luan, fica com Deus e fica calmo vai dá tudo certo.
- Se Deus quiser muié.
- Agora to indo,beijos!
- Tchau Deza... – Despediu Luan com uma vozinha de preocupação.
            Desliguei o telefone. Tadinho do Luan, ta tão longe. Não sei se fiz o certo em ter ligado pra ele, poxa vida, que eu saiba o Luan tem o direito de saber de tudo né, não podia esconder nada dele.

Continua...

8 comentários:

  1. haaaaaaa que triste e fofo!! triste pq a pam ta ferrada,ela nao pode morrer nao cara,tadinha da deza a coitada nao consegue ver sangue,mas mesmo assim foi ajudar a amiga *-*,tadinho do luan nao vai poder ver seus fiotess nacer :( mas é fofo pq o luan falo " meus filhos vao nacer" que lindo, ele ja ama os cutucadores da pam!!!

    aiiiii chessus vo ter que esprar ate DOMINGO pra saber o que vai acontecer com os cutucadores,com a pam,se o luan vai vim,se a pam vai entrar em coma????? ai sao muitas perguntas pra minha massa cefalica meu deus!!!!

    ResponderExcluir
  2. CONTINUA... CONTINUA... CONTINUA... CONTINUA...

    ResponderExcluir
  3. mano to louca pra continuaçao e a pam nao pode morrer e nem entrar em coma .beijos

    ResponderExcluir
  4. caracaaaaa ! ela vai ter o BB o luan tem q ir ver eles ><

    ResponderExcluir
  5. mata nois de ansiedade muié haha,CONTINUA LOGO!!!!

    ResponderExcluir
  6. haaaaaaaaaaaaa leitora nova li a fanfic em um dia toda nossa posta logo pelo amor de deus aciosa (@luanbeijanos)

    ResponderExcluir