Capitulo 37
Fiquei horas, sentada na sala de espera, horas, sabe o que é isso? H-O-R-A-S! Isso mesmo o parto durou muito tempo, não vi nem sinal de Caio pelo corredor, fiquei desesperada. Caminhei de um lado pro outro.
O relógio era perturbador, os minutos se arrastavam como lesmas, e o tick – tack me deixava doida.
Fui à cozinha pegar um pouco de café, ao voltar me surpreendo com Caio caminhando lentamente pelo corredor, seus olhos vermelhos, seu rosto abatido.
- Caio? – Chamei desesperada – Como foi? O que aconteceu?
- Os bebês estão bem – Falou num suspiro, continuando sua caminhada tranqüila junto a mim – Eles estão bem...
- E a ela? Cadê minha amiga? – Perguntei parando Caio.
Ele não disse nada para o meu espanto, abaixou a cabeça e me abraçou, suas lágrimas molharam minha blusa, seu choro era um choro de dor, como se não houvesse mais vida em si.
- Ela...
- Caio? Cadê minha amiga?
- Ela... Ficou na sala de cirurgia – Desmanchou Caio em meus braços – Não sei como a Pam está, os enfermeiro me tiraram do centro cirúrgico, a pedido do Dr. Guilherme.
- Por que? Eu não to entendendo, como foi o parto?
- Eu... Eu tentei ser forte, mas... – Caio deixou meus braços e escorou na parede, desmanchando-se e sentando no chão com as mãos no rosto.
- Eu to ficando preocupada Caio – As lágrimas queriam cair, não as deixei fazer tal coisa – Ei... Não fica assim, a Pam vai ficar bem.
Caio apenas balançou a cabeça em sinal de não.
- Ela perdeu muito sangue... – Começou a explicação – Teve hemorragia intensa, lá no centro cirúrgico, o Dr. Guilherme fez de tudo pra poder salvar os bebês, por causa da pressão alta, o liquido amniótico da placenta bem dizer “secou” estava a Pam e os bebês correndo risco de vida – Caio respirou fundo apanhando forças pra continuar a explicar o que se passou lá dentro – Então assim que tiraram os gêmeos da Pam começou a correria pra salvar a vida dela. A encheram de sondas, de mascara de oxigênio... – As lágrimas jorravam em Caio, ele jogou sua cabeça pra trás como se pedisse a Deus ajuda –... Ela entrou em parada cardíaca. Eu me desesperei estava a perdendo, o Dr. Guilherme também parecia desesperado, aí que meu mundo caiu. Os enfermeiros pediram pra eu sair do local, nossa... Nunca havia ficado desesperado num centro cirúrgico. Eu vi a Pam morta Deza... Ela estava morrendo diante dos meus olhos e eu não podia fazer nada pra salvá-la...
Caio se jogou nos meus braços novamente, ele queria consolo, o abracei. Não sabia quem estava chorando mais, se era eu, ou se era Caio.
- Vai ficar tudo bem... Ela vai ficar bem... – Tentei consolá-lo mais não adiantou muito, pois minhas lagrimas não ajudaram.
Ficamos sentados perdidos em pensamentos por alguns minutos, logo depois fomos pra bendita sala de espera, Caio não conseguiu nem beber água pra se acalmar, tudo que ele sabia fazer era ficar de cabeça baixa e rezar. Vi medo em seus olhos vi dor em sua voz.
Pensei em Luan, como será que ele reagiria ao saber da noticia? Eu não conseguiria dizer a ele, conseguiria? Não! Aquilo era de mais pra mim.
Sentei-me ao lado de Caio. Um silêncio perturbador invadiu a sala, a única coisa que podíamos ouvir era o som de nossos corações. Apenas o nosso. Temi pelo de Pamela..
Toc... toc... toc... Era o som de sapatos batendo no piso do corredor. Alguém estava chegando. Caio se pôs de pé, o imitei ficando ao seu lado.
- Olá! – Cumprimentou um rapaz de branco.
- Como foi? Cadê ela? – Perguntou Caio completamente desesperado.
- Acalme- se Caio você sabe como são essas coisas. Fizemos tudo que estava ao nosso alcance, a Pamela entrou em parada cardíaca duas vezes, na primeira quando retiraram você da sala, conseguimos reanimá-la.
- E na segunda? – Perguntou Caio.
Fez silêncio. Temi pela resposta.
- Na segunda foi mais complicada, ela ainda estava com hemorragia, por alguns minutos pensei que tudo estava perdido... Mas a sua mulher é forte. Depois de muita luta, seu coração bateu. – Falou o Dr. por fim.
Caio não se conteve e começou a chorar de felicidade, ele me abraçou. E eu o abracei de felicidade. Minha amiga estava viva.
- Posso vê-la? – Perguntei apressada.
- Não ainda, não! Pamela esta se recuperando. Neste momento, ela esta dormindo. Mas seus filhos Caio, estão acordados. – Sorriu o Dr.
- Você quer ir lá vê-los Deza? – Perguntou Caio olhando pra mim.
- Humrum! – Falei limpando as lágrimas.
Caio sorriu, olhou o Dr. e foi dar um abraço nele.
- Obrigado! – Agradeceu.
- Eu só fiz o meu dever!
Fiz o mesmo que Caio.
- Obrigada, por ter salvado a vida de minha amiga! – Agradeci em meio ao abraço do Dr.
Foi só nesse momento que pude observá-lo direito, nossa como ele era alto, e tão novo pra sua carreira. Cabelos pretos, olhos claros, sorriso branquinho, braços fortes, um perfume que só Deus pra ajudar. Sorri ao perceber que ele tinha visto que eu o observava.
Soltei-me de seus braços, ele me olhou diferente, fiquei com vergonha e sorri.
- Bom... Vou voltar pro meu serviço – Disse Dr. Guilherme por fim.
- Obrigado mesmo doutor.
- Só fiz o meu trabalho – Ele novamente olhou em mim – Com licença.
- Toda! – Falei dando passagem ao médico bonitão.
Caio olhou pra mim.
- Vamos ou você ainda quer ficar aqui babando pelo Doutor?
- Eu não to babando!
- Não né, ta parecendo aquele cachorro Betthoveen.
- Engraçadinho! – Disse aproximando de Caio – Vamos... Eu quero ver o baby’s da Pami e do Luan.
- Baby’s da Pami. – Falou Caio caminhando em minha frente. Tive que correr um pouco pra poder alcançá-lo, ele era mais rápido que eu.
Aí que triângulo amoroso que a Pami foi se meter, eu sei que ela ama o Luan, mais e o Caio? Aquela guria sempre foi complicada. Dividia entre dois amores, nossa!
- Vamos Deza, para de dormir no ponto aí muié! – Chamou Caio.
- Nossa Senhora ta aprendendo a falar errado igual a Pami né, Dr. Caio, isso não é modos de um Doutor falar.
- Kkkkk É a convivência. – Concordou sorrindo.
Caio caminhava pelos corredores. Parecia saber muito bem o caminho, eu estava muito, mais muito, muito perdida, pra mim todos os corredores eram iguais. Chegamos ao tão esperado berçário.
- Ali estão eles! – Disse Caio de voz baixa, ele estava tão emocionado que não conseguiu conter a vontade de entrar.
Eu não pude ¬¬’ não deixaram. Fiquei só observando pelo vidro os pequeninos de minha amiga e de meu amigo. O Luan precisava ver isso, tirei uma foto, mais sem flash. Caio viu que eu iria tirar a foto e se distanciou, ele sabia pra quem eu iria mandá-la, se Luan o visse por perto ficaria muito triste tadinho. Seria complicado Luan segurar a raiva, afinal ele que é o pai e não pode estar presente no momento único de sua vida.
A menina estava quietinha não se mexia muito, ela estava enrolada em uma manta cor de rosa e com um macacãozinho branco coisa mais linda, parecia uma boneca, tão branquinha parecia o pai. Já o menino nossa, aquele era agitado, mexia as mãozinhas como se estivesse tocando alguma coisa, hahahaha, sapeca. Embrulhado em uma manta branca bordada com alguns detalhes em azul, ele vestia um macacãozinho azul não consegui reparar direito, o guri não ficava quieto. Nenhum dos dois choravam, até mesmo o menino que não parava sossegado ficava apenas brincando sem choro nenhum.
Caio parecia o papai babão, fiquei imaginando, qual seria a sensação que Luan sentiria ao ver seus filhos pela primeira vez. Medo? Felicidade? Pelo que conheço Luan, aquilo não se compararia a nenhuma das emoções que ele iria sentir.
Fiquei ali observando e boiando em pensamentos nem percebi quando Caio se aproximou de mim.
- Eles são lindo né – Disse passando a mão no vidro.
- Perfeitinhos... – Enfim falei limpando as lágrimas que escorriam de emoção.
Senti um perfume gostoso no ar, olhei pra trás e o vi se aproximar, o Doutor galã do hospital, ele sorri de vergonha deve ter percebido que eu o olhava, atenta a cada movimento seu, a cada detalhe de seu corpo coberto pelo jaleco branquinho modelado em seu corpo forte. Ele se aproxima, coloca o cotovelo no vidro como se estivesse apoiando seu corpo.
- Ela está acordada! – Disse em um suspiro atrás de meu corpo, arrepiei ao sentir seu hálito fresco passar pelo meu pescoço – Vou levá-los até a Pamela.
- Ah sim... Obrigado – Falou Caio dando uma ultima olhada nos anjinhos de minha amiga.
Caminhamos lentamente pelo hospital, não estava muito movimentado nesta tarde. O Doutor queria me matar só podia, ele me olhava parecia com vergonha mais não tirava os olhos de mim. Caio me matava de raiva, ele só ficava rindo e despistando como se não estivesse vendo nada. Aff ¬¬’ assim que ver a Pami vou contar tudo pra ela, pelo menos alguém nesse mundo dá um jeito no Caio. Tudo bem eu confesso que estava gostando das olhadas do Doutor Guilherme, caramba ele não era de se jogar fora, hahaha.
Continua...
maiss , eta qe com a deza não escapa ninguém kkkkkkkk
ResponderExcluir@FCluantesLS Ariannna
Quase morri aqui, ta perfeita! Parabéns!
ResponderExcluirBeijos!
@PaulaBenettiLS
Ah! Que lindos... O Lú vai ficar super feliz. Será que ele vai visitar a Pami no hospital? Ansiosa...
ResponderExcluirgna
Angélica
nossa realmente esse capitulo foi perfeito estou super anciosa pela continuaçao e o luan tem que ir visitar a pam em kkkkkkkkkkkk beijos
ResponderExcluiressa Deza num perde uma! Sempre na atividade! KKKKKKK Paami viva \o/ Mais, mais!
ResponderExcluirO Luan tem q chegar logooo!!
ResponderExcluirchorei gente com isso ai a pami quase morre mais encompensaçao a deza meu deus kkk ja ta de olho no medico bonitao haha vai deza num deixa escapar hahah mais...eu quero mais. (@luanbeijanos)
ResponderExcluirEbaaa, tudo bem com a Pami'
ResponderExcluirE a Deza vai se resolver com O Guilherme, e o Caio? Arranja logo uma namorada pra ele que a Pam é do Luan
Patricia Fc Luan Eterno Meteoro @SonhosdeAmorLS http://sonhosdeamorls.blogspot.com
Eu quase morri....
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