Esqueci de Te Esquecer...

Capitulo 48

Pami on:

O sol batia forte na cama. Levantei com um pouco de dificuldade, as enfermeiras não precisavam mais me ajudar, estava melhorando dia após dia.

Fui me sentar na poltrona perto da janela queria tomar um pouco de sol. O vento veio acompanhando, era tão bom sentir isso novamente, poder-me sentir viva de novo.

Bateram na porta.

- Pode entrar! – Gritei um pouco rouca.

Não olhei pra trás, sabia quem era esse perfume reconheceria em qualquer lugar.

- Senta aqui – Disse mostrando o espaço vago no sofá de dois lugares.

Respirei fundo, ainda não tinha encarado Luan.

- Eu queria te pedir desculpas – Disse finalmente olhando Luan, nossa como ele estava lindo, usava uma calça escura com all star, sua blusa era azul com gola V, em cima tinha uma camisa xadrez a cor era misturada não consegui identificar – Eu fui um pouco estúpida com você, desculpa...

- Meu amor... Você não precisa se desculpar tudo bem, a gente esta muito nervoso esses dias, somos pais.

- Tem muita coisa acontecendo Luan, minha família, meus amigos, sua mãe, eu sou mãe.

- E eu sou pai... - Retrucou Luan.

- Luan, não vamos começar ta bom? Tipo, a gente ficou, mas isso não confirma que você é o pai...

- Mas isso confirma – Interrompeu Luan levantando um envelope branco.

- O que é isso? – Perguntei curiosa.

- O exame saiu Pam... Deu positivo – Dizia ele quando eu lia o exame.

- Isso ta errado – Falei entregando novamente o exame a Luan.

- Não tem como estar errado Pamela... Mas que porra por que você não assume que somos pais droga.

- Por que não somos PAIS, os gêmeos sãos MEUS filhos e só meus.

            Levantei com raiva do sofá, Luan me seguiu, estava prestes a me deitar novamente em minha cama, quando sinto a mão de Luan segurando minha cintura. Arrepiei e congelei no caminho.

            Luan com um movimento só, me virou nos deixando cara a cara. Sua boca estava muito próxima, qualquer movimento estaríamos nos beijando. Luan sabia disso, ele se junto mais e mais, respirações irregulares, corações acelerados. Cada lembrança veio à tona.

            Sua mão passou em meu rosto, fechei os olhos, eu o queria de novo, mas não podia tê-lo. Sai de perto de Luan.

- Que droga Pam... Por que você faz isso comigo?

Deitei em minha cama.

- Sai daqui Luan, sai... Por favor, fica longe de mim, é pro seu bem...

- Pro meu bem? Você ta doida?

- SAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai daqui Luan – Gritei – Eu to indo embora, não podemos voltar ao passado, acabou...

- Não... Você não vai embora.

- Vou sim, e vou levar meus filhos comigo.

- Há mais num vai mesmo.

As lagrimas queria cair, fui forte não deixei.

- Eu não vou deixar você tirar meus filhos de mim Pam, eu os queria, eu queria você e queria que...

- Você não queria nada Luan... Sai daqui, some garoto, para de fazer isso comigo... – Não consegui mais segurar, elas caíram, as lágrimas caiam sem dó, em meio as soluços, pedi de novo – Poooooooooooor favor Luan... Me deixa...

Luan não continuou ali, abaixou a cabeça, seu olhar ficou triste, mas estava dando pra ver a raiva que o fiz passar. Saiu furioso da sala, me deixando sozinha. Que ódio! De novo não meu Deus, mais uma briga entre a gente, isso tinha que parar, que droga. Burra! Burra! Burra como eu sou burra!

- EU TE ODEIO LUAN! – Gritei jogando a almofada na porta já fechada.

Caio on:

            O curso estava muito cansativo, a Pami ainda no hospital, e esse transito do Rio de Janeiro, Ah que saudades da minha Bélgica, Bruxelas é tão mais tranqüila. O semáforo abriu sai arrancando com o carro precisava chegar na maternidade logo, não gosto de deixar a Pami com o Luan, sei que ele vai estar lá. Ele sempre está.

            Cheguei à maternidade, estacionei o carro com facilidade. Na garagem encontrei o Dr.Guilherme.

- Olá Dr. como vão as coisas?

- Está tudo bem Caio, veio ver a Pamela?

- Sim! Você viu se o Luan Santana está no hospital?

- Não! Ainda não vi, acabei de chegar, hoje vou dá plantão sabe como são essas coisas, 12 horas de trabalho pela frente.

- Eita que saudades disso viu, lá em Bruxelas nem é tanta correria como aqui no Brasil, mas cansa a mesma coisa.

- Hahaha, todo lugar é igual...

- Verdade.

            Entremos no elevador que daria direto no andar do quarto da Pami. Dr. Guilherme seguiu para outro lado devia ter ido atender algum paciente que já o aguardava. Caminhei lentamente pelo corredor silencioso, passei pelo berçário, os nenês da Pami estavam lá, quietinhos como sempre, a enfermeira ajeitava a manta do menino. sapequinhas.

            Não sei por quanto tempo fiquei parado olhando aquela cena, eles eram tão lindos, pareciam com o Luan devo confessar, mas tinham muita semelhança com a mãe, os olhos, as mãos... Enfim, era uma mistura bem planejada de Pami e Luan.

            Sai do berçário e fui ao quarto da Pam, no caminho encontrei Luan, ele estava com uma cara muito estranha, parecia com raiva de algo, pisava firme no chão, suas expressões não eram tão agradáveis, tanto que nem me viu. Passei despercebido por ele, entrei com pressa no quarto. Tropecei em uma almofada no chão.

- Pami? – Chamei levantando o rosto pra ver minha menina, preferia não ter levantado. Estava aos prantos, chorava muito, suas mãos tentavam limpar as lágrimas mas não conseguia, seu choro era de dor, soluçava. Não parei nem pra perguntar o que tinha acontecido ninguém fazia minha Pami chorar, ninguém, nem mesmo o pai dos filhos dela. Quem estava furioso agora era eu e não Luan.

- C-a-i-o... – Tentou dizer em meio as soluços mas não conseguiu.

            Fechei a porta novamente, o Luan iria ver o que era bom pra tosse.

            O encontrei na frente do berçário, suas mãos e sua cabeça estavam coladas no vidro.

- O que você fez com ela? – Perguntei me aproximando do cantor. Ele nada disse isso me matava de raiva, uma chama subia dentro de mim, Pami acima de tudo era minha amiga, façam alguma coisa a ela que isso reflete em mim. – Ei cantor, não ta me ouvindo não? Ficou surdo?

- Não fiquei surdo não! Só não sei por que você ta falando assim comigo, não te fiz nada.

- Não fez nada comigo, mas fez com a Pami, que é a mesma coisa. Anda me diz o que você fez com ela?

- Não fiz nada, a Pam que é cheia de frescura...

- Cara não me provoca! ME DIZ O QUE VOCÊ FEZ COM A Pami? – Elevei a voz.

- Porra cara já disse que não fiz nada, e deixa curtir meus filhos! – Luan se exaltou.

- Eles são MEUS filhos... – Irritei Luan, estou puto com ele.

- Não, eles são MEUS filhos e ta aqui o Teste de DNA pra provar, agora você não vai se apossar deles. – Luan jogou o teste em minhas mãos. Li é realmente verdade, ele era o pai das crianças.

Mas não ia deixar barato, precisava colocar tudo pra fora.

- É por isso que ela ta chorando? Cara você não vê que você querendo se aproximar dos seus filhos, você ta se afastando dos seus fãs?

- Não vou me afastar deles. Nunca. E eu só quero me responsabilizar de um ato que cometi.

- Assuma e deixe-a voltar pra Bélgica comigo.

- E eu vou ficar longe dos meus filhos? Você não me conhece.

- Não eu não conheço, e não quero conhecer, na verdade quero você longe de mim e da Pami, e dos filhos dela.

- São meus também – Luan disse, olhando em meus olhos, estava furioso, dava pra ver.

- Não serão, pois ela não quer! – Luan deu um passo a frente fechou os punhos, acho que vai me bater... Pode vir não tenho medo mesmo.

- Cara não me provoca! Ou...

- Ou então o quê? Vai vir pra cima? Eu to pronto e há tempos pra isso, não agüento mais você em cima da Pami!

- Eu em cima da Pam? Se toca cara, eu quero saber dos meus filhos...  Me deixa, sai daqui, ou não me responsabilizo....

Continua...