Esqueci de Te Esquecer...

 

Capitulo 39

Quando ele ligou o carro o ar condicionado ligou automaticamente. Aquele clima gelado me fez relaxar, eu olhei pro doutor bonitão, ele me olhava com um sorriso lindo. Que vontade me deu de beijar aquela boca.

Pouca conversa até minha casa, Dr. Galã perguntou o que eu fazia de minha vida, perguntou sobre meu relacionamento com a Pam, se a conhecia a muito tempo, ele estava puxando papo.

Fiquei observando seus lábios mexerem ao falar comigo. Estava louca com aquele homem.

Chegamos ao portão o prédio.

- É aqui? – Perguntou.

- Sim... Sim, é aqui, Doutor.

- Pare! Não precisa me chamar de “Doutor” agente não esta no hospital, pode me chamar de Guilherme.

- Ok! Desculpa, hahaha. Obrigada pela carona Guilherme. – Agradeci inclinando para dar um beijo no rosto do galã. Mais o que eu queria aconteceu. O doutor uniu nossas bocas, que boca meu Deus. Suas mãos puxaram minha cintura, nossos corpos estavam colados um no outro, nem o ar condicionado diminuía o calor que estava no carro. Nossas línguas brincavam uma com a outra. Passei a mão em sua nuca o puxando mais pra mim, nunca havia sentido nada como estava sentindo ao beijar o medico bonitão. A luz da entrada foi ligada. – Droga – Pensei.

- Tenho que ir! – Falei ofegante.

- Vai não... – Pediu.

- Agente se vê depois. – Disse dando-lhe mais um selinho de despedida.

            Passei a mão pela porta a fim de abri-la. Consegui, o difícil foi desgrudar nossas bocas. Eu queria Guilherme, eu o desejava até a alma. Mais não podia tê-lo, pelo menos não agora.

- Xau!

- Tchau, até amanhã – Despediu o Doutor ofegante.

            Sai do carro sem olhar pra trás. Na porta dei uma espiadela rápida. Que homem, meu Deus.

Dentro de casa ainda sentia a sensação daquele beijo delicioso, que foi interrompido por minha mãe.

- Menina, você não tinha que estar trabalhando?

- É verdade, mãe! Ai eu não vou não. Liga pra lá e diz que to passando mal mãe? Por favor. – Implorei.

- O que houve Andreza, e que carro é aquele?

- Ê mãe, não perdeu a mania de ficar na janela Né? Aff o meu dia foi muito ruim pra mim. O que salvou foi essa carona. – Sorri involuntariamente. – Vou tomar um banho e já volto e te conto tudo, ta bom?

Tomei um banho, quando as gotas caiam sobre meu corpo, fiquei me lembrando do que aconteceu, o dia passou em câmera lenta, como se fosse um filme.

Acabei meu banho, me vesti e fui ate a cozinha falar com minha mãe.

- Pronto mãe! Podemos conversar. – Desabafei sentando-me na cadeira.

Respirei fundo. Contei tudo a ela, a história da Pam com o Luan, a gravidez, e o que tinha acontecido de manhã.

- Minha filha! Isso tudo parece coisa de novela. Se não fosse com você eu não ia acreditar.

- É mãe, mas minha vida infelizmente não é novela. E agora o que eu faço?

- Ô minha filha, com o Luan você não pode ficar né? Agora ele é pai, e pelo que você me contou, parece que os dois se gostam muito né. Eles podem acabar ficando juntos e você não pode se meter.

- Não é minha intenção mãe, ate porque eu conheci o doutor galã da Pam...

- Doutor galã? O que é isso minha filha? – Perguntou assustada, interrompendo-me.

- Ah mãe o medico da Pam. Ele é lindo. Trouxe-me ate aqui e acabou rolando um beijo... – Contei envergonhada.

- Nossa filha você também não perde uma hein. – Falou minha mãe rindo.

- Credo mãe! Bom, eu vou descansar porque amanhã tenho que levar o Luan pra ver os filhos no hospital. Preciso estar bem.

- Ta bom, filha. Dorme com Deus, e bom descanso.

- Obrigada mãe. Dorme com Deus também.

Dormi igual pedra. Eu estava muito cansada.

Quando acordei, fui logo por banho.

Ao voltar pro quarto vi meu celular piscar, era uma SMS do Luan. Ele já tinha chegado ao hotel e estava esperando. Tomei meu café da manhã o mais rápido que pude.

Me aprontei. Não demorou muito e já estava na porta do hotel. Não tinha muitas fãs ali, na verdade não tinha nenhuma, a passagem de Luan no Rio foi escondido de todos. Inclusive de seus fãs, pra não ter tumulto de gente e jornalistas.

Entrei no carro, lá Luan estava pensativo, não falou nada, absolutamente nada. Parecia nervoso, ansioso, o deixei com seus pensamentos.

No hospital já na porta, Luan respirou fundo, me olhou e deu o primeiro passo. Parecia com medo e com muita vontade de ver os filhos, mas inseguro em relação a Pam.

- O Caio ta ai Deza? – Perguntou meio tristonho. Sua voz baixinha me preocupou.

- Não Luan, ele está no curso. Mais só foi quando falei que iria passar o dia com ela.

- Ele sabe que eu vim?

- Não. Achei melhor não contar.

- Tudo bem então. – Luan voltou a sorrir mais aliviado.

Entramos no hospital. Na maternidade, a primeira coisa que fiz foi levar Luan pra ver os filhos. Seus olhos brilhavam. Aquele sorriso lindo que só ele tem ficou estampado em seu rosto por um longo tempo. Luan estava meio bobão, não pude conter a emoção. Era lindo vê-lo ali. Suas mãos passavam pelo vidro e fazia carinho, como se pudesse encostar-se a eles.

- São lindos Deza. Lindos! – Desabafou sorrindo com lagrimas nos olhos.

- A menina é a sua cara Luan.

- Eles já tem nome Andreza?

- Ih, sabe que não sei. A Pami não me disse os nomes. Na verdade nem sei se ela já escolheu.

- Ela podia colocar os nomes que eu tanto sonho né? Nicole e Breno.

- São nomes lindos Luan.

- São mesmo. – Não era a voz de Luan, mas eu conhecia muito bem. Era o doutor galã. Meu coração disparou. Não olhei pra trás, não sabia o que fazer, e Luan tava ali né? Não queria que ele percebesse. Luan se virou pro doutor.

- Parabéns papai.  Seus filhos são lindos e os nomes também. – Disse o Doutor sorridente.

- Não são os nomes não, doutor. Eu bem que queria, mas a mãe que vai decidir.

- Ah sim... – Fez silêncio – Tudo bem Andreza? – O doutor me perguntou.

- Tudo sim – Respondi envergonhada, meu rosto ficou vermelho. Não olhei nos olhos do doutor. – Luan vamos falar com a Pam?

- Claro, vamos sim. Doutor, obrigado. Mas agora temos que ir.

- Tudo bem, nos vemos pelos corredores. – Doutor passou por mim e segurou meu queixo, forçando-me a olhar em seus olhos.

Ele sorriu e saiu. Luan me olhou estranho tentando entender o que houve ali.

- O que foi isso Andreza? – Perguntou quando caminhávamos pelos corredores.

- Nada ué! Fica quieto Luan...

-  “Nos vemos pelos corredores” ta me traindo?

- kkkkkkkkkkkk Eu te traindo Luan? Desde quando estamos juntos? – Perguntei sorrindo.

- Sempre estivemos. Você é minha e não desse doutor bonitão ai.

- Luan, ciúmes a essa altura do campeonato não dá. E somos amigos não esquece. Agora você é pai de duas crianças lindas e não posso mais me envolver com você.

- Você ta brincando né? – Disse Luan parando no caminho.

- Mais ou menos. Não podemos ficar assim a vida inteira. Eu preciso de alguém, você também. E quem sabe agora você não se acerta com a Pam?

- Será mesmo? Ela te disse alguma coisa?

- Não Luan – Sorri – Bom... Vocês tem que conversar e tentar se acertar né.

- Verdade... Ah, mas eu não quero deixar você. - Disse me abraçando.

- Você não vai me deixar. Vamos continuar sendo amigos. Como sempre fomos.

- Você promete? Promete mesmo que, mesmo eu sendo pai agora, e mesmo se eu ficar com a Pam, tu não vai me deixar? Não vai me esquecer?

- Jamais... Como posso esquecer você? Tu faz parte da minha vida, meu amor.

- Ta bom, mas e você e esse doutorzinho ai, eu senti um clima ta?

- Aff!  Ta bom Luan vou contar, ontem ele me levou em casa, eu tava muito cansada pelo o que tinha acontecido, e no fim rolou um beijo. Muito bom por sinal.

- Sabia que tava me traindo. – Falou com uma cara de bravo, mas logo abriu um sorriso – O beijo dele é melhor que o meu? – Agora foi cara de carente.

- Luan, não vou responder.

- Ah, então foi. Pode ficar com ele, eu não te quero mais não. – Disse fazendo birra.

- Luan,seu ciumento.  Para com isso, você tem um espaço enorme no meu coração, ta bom gatinho?

- Ta bom... Gosto muito de você viu?E quero sua felicidade. Mesmo que seja com esse doutor bonitão ai. – Desabafou sorrindo, e dando-me beijo no rosto.

- Ok, amor. Obrigada por tudo, mas então. Vamos a Pam? Ela já deve ter acordado. – Chamei, segurando sua mão.

 - To nervoso!

- Fica calmo, vai dá tudo certo. – Estiquei pra alcança Luan e dar um abraço nele. O garoto é alto. – Preparado?

- Não! – Fez bico.

- Bobo! Respira fundo. – Mandei e bati na porta. – Posso entrar?

- Pode! – Ouvi uma voz baixinha, meia roca lá de dentro, permitindo a nossa entrada, a minha na verdade, Pam não sabia quem estava junto comigo...

Continua...